Acompanhados pela secretária de Educação, Marimilia Coelho, do diretor da escola, Antônio de Moraes, e professores, foram recepcionados pelos idealizadores do projeto e passaram o dia visitando a universidade, conhecendo a estrutura, biblioteca e laboratórios. O que mais chamou a atenção dos estudantes foi o laboratório de Fotovoltaica, do curso de Engenharia Mecânica. “Foi emocionante ver a alegria deles ao entrar pela primeira vez na universidade. Ficaram eufóricos e imaginavam-se estudando lá. Muitos até já decidiram o curso que gostariam de fazer”, conta Marimilia.
À tarde participaram do evento, no auditório da UFSC, com a presença da embaixadora do Ministério das Relações Exteriores em Florianópolis, Carmen Lídia Richter Ribeiro Moura, do conselheiro para Assuntos Culturais e Educacionais da Embaixada do México no Brasil, Guilherme Palacios, da reitora da UFSC, Roselane Neckel, da secretária de Educação de Lages, Marimilia Coelho, e do coordenador do projeto e secretário-adjunto de Relações Internacionais, André de Ávila Ramos. Também estiveram presentes integrantes de uma comunidade indígena que participou do Imagine, a Aldeia Guarani Tekoa’Uy’A, representada pelo cacique Karaí Xondaro.
Projeto propõe inclusão científica e solidariedade internacional
O projeto é um sonho de André de Ávila Ramos que sempre pensou em fazer este tipo de atividade e encontrou apoio na Secretaria de Relações Internacionais, onde é secretário-adjunto, ultrapassando as fronteiras do país e tendo repercussão ainda maior do que esperava. André e sua equipe precisavam desenvolver pilotos em escolas com peculiaridades de serem afastadas e, como é originário da região de Coxilha Rica, escolheu o local como o primeiro do Brasil a ser explorado. Outras comunidades em quatro países participam do projeto: Angola, México, Peru e Marrocos.
Imagine é um projeto de solidariedade internacional que visa a inclusão científica e o intercâmbio cultural entre os povos. “Queremos mostrar que é possível a comunidade científica levar ciência para lugares de qualquer nível de compreensão, com equipamentos e técnicas que normalmente as pessoas leem e ouvem em programas, mas nunca tiveram acesso. Nossa intenção é possibilitar que tenham noções de como a ciência é realizada”, conta o professor e integrante da equipe, Paulo Roberto Hofmann.
O primeiro módulo, com o tema “DNA, diversidade e hereditariedade”, foi desenvolvido aproveitando a realidade local da Coxilha, como a fauna, a flora e as pessoas que ali vivem. Para isso a equipe do Imagine ficou durante uma semana na sede da Escola Itinerante, onde montaram um verdadeiro laboratório de biologia inteiramente à disposição dos alunos.
Foram feitas uma série de coletas de material da região, que os estudantes analisaram sob diversos pontos de vista e fizeram testes e simulações. “O depoimento dos alunos no final do projeto foi muito interessante, pois começaram a enxergar o entorno deles de uma maneira diferente. Encontramos um desejo muito grande daqueles garotos de saber e conhecer as coisas que eles não têm acesso normalmente”, afirma André.
Para a secretária Marimilia, é um privilégio para a comunidade receber este projeto, pois a universidade foi levada até eles e ampliou as possibilidades de acesso à informação e ao conhecimento. “Com certeza marcou muito a vida desses estudantes”, reitera. No final da tarde eles foram convidados a visitar pontos turísticos, como a Lagoa da Conceição e a Praia da Joaquina. Todos ficaram maravilhados com a beleza da capital.
Foto: Aline Tives
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