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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Guarda Costeira italiana resgata mais de mil pessoas no Mediterrâneo

Resultado de imagem para Guarda Costeira italiana foto divulgação

A Guarda Costeira da Itália resgatou 1.164 imigrantes e recuperou seis corpos no Mediterrâneo. Os imigrantes estavam à deriva no mar na tentativa de chegar à Europa.
Em comunicado, a guarda informou que eles foram socorridos em sete operações coordenadas pela Central Operacional da Guarda Costeira de Roma e estavam em seis botes e uma barcaça. A operação foi resultado de uma parceria entre a organização Médicos sem Fronteiras, a Marinha Militar italiana e um navio da EunavforMed, que patrulha o Mediterrâneo. Eles serão levados para centros de apoio a refugiados e hospitais locais.

Só neste ano, 4.715 pessoas já morreram na tentativa de cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Ataque turco mata 55 militantes do Estado Islâmico na Síria

No fim de abril, combatentes xiitas também realizaram ataque contra o EI no Iraque
A artilharia turca atirou contra membros do grupo Estado Islâmico na fronteira com a Síria, matando 55 militantes e destruindo três lançadores de foguetes e três veículos. A informação foi reportada pela agência de notícias estatal Anadolu neste domingo (8).
Os ataques militares turcos ocorrem no momento em que o país é alvo de uma dupla dose de ameaças por parte do PKK e do Estado Islâmico. Seis atentados suicidas já ocorreram na Turquia desde julho, deixando 200 mortos.Ao mesmo tempo, aeronaves de guerra turcas dispararam contra posições do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, conhecido como PKK, no norte do Iraque, atingindo abrigos de rebeldes e depósitos de munição, segundo a agência. As regiões alvo incluíram a montanha de Qandil, onde fica o centro de comando do PKK.
O Estado Islâmico tem disparado foguetes quase diariamente da Síria em direção à fronteira com a Turquia, matando 21 pessoas e ferindo 70 desde meados de janeiro. Os militares turcos tem retaliado esses ataques. Fonte: Associated Press.
    Leia tudo sobre: Estado Islâmico • Turquia • Síria

    sábado, 30 de abril de 2016

    Papa pede às forças de segurança que promovam a reconciliação e a paz


    Foto: Max Rossi/ Reuters)

    O papa Francisco apelou hoje (30) às forças militares e de segurança para que ajudem a construir uma sociedade baseada "na verdade e na justiça" e as encorajou a "ser elementos de reconciliação e semeadores de paz".
    "As forças da ordem, militares e polícias, têm por missão garantir um ambiente seguro para que cada cidadão possa viver em um ambiente de paz e segurança", disse o pontífice na audiência jubilar, no Vaticano, dedicada às forças da ordem.
    Por essa razão, acrescentou, as forças de segurança não têm só por missão ajudar a solucionar conflitos, mas também contribuir para a "construção da uma ordem baseada na verdade, na justiça, no amor e na liberdade".

    Participaram da audiência centenas de representantes das Forças Armadas e de segurança de vários países, como a Argentina, Bolívia, Colômbia, o Equador, a Espanha, Guatemala, o Peru, México e a República Dominicana

    domingo, 3 de abril de 2016

    Primeiro-ministro belga prevê novos ataques terroristas na Europa


    O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, afirmou, em entrevista ao jornal La Libre Belgique, que haverá novos atentados na Europa, incluindo na Bélgica, destacando que o “risco zero não existe”.
    Na entrevista, Charles Michel diz que o alerta de risco de atentado se mantém no nível três, de uma escala de quatro, que considera um nível preocupante.
    Reconhece também que a coordenação entre os diferentes serviços de informação deve melhorar, mas considera que uma nova reforma do Estado não resolverá nada na luta contra a ameaça terrorista.
    “A prioridade hoje é fazer funcionar as instituições existentes”, disse, defendendo: “Devemos pôr em marcha tudo o que for necessário para melhorar a nossa capacidade de ação no domínio da segurança”.
    Os atentados no aeroporto de Zaventem e na estação de metrô de Maelbeek, no passado dia 22 de março, provocaram 32 mortos e 340 feridos.
    Os ataques foram reivindicados pelos extremistas do Estado Islâmico e perpetrados por três bombistas suicidas.

    sexta-feira, 25 de março de 2016

    Estados Unidos matam número dois do Estado Islâmico


    O secretário de Estado da Defesa norte-americano, Ashton Carter, anunciou hoje (25) a morte do "número dois" do movimento extremista Estado Islâmico.
    "A remoção deste líder do Estado Islâmico vai dificultar a sua capacidade de conduzir operações dentro e fora do Iraque e da Síria", disse Carter sobre a morte de Abd ar-Rahman Mustafa al-Qaduli, a quem se referiu como Haji Imam.
    Segundo Carter, o vice-líder do Estado Islâmico era o responsável pelas finanças da organização terrorista que tem reivindicado vários atentados, no mundo árabe e na Europa, como os recentes ataques em Bruxelas e em Paris. O Ministério da Justiça dos Estados Unidos tinha oferecido até US$ 7 milhões por informações que levassem à sua captura.
    A morte de al-Qaduli é a segunda de um alto dirigente do grupo em apenas algumas semanas. Este mês, o Pentágono disse que também conseguiu matar 'Omar o Checheno', após um ataque no Norte da Síria.
    Al-Qadouli "era um terrorista conhecido nas fileiras do Estado Islâmico", disse Carter, lembrando a morte de 'Omar', que atuava como responsável na área de defesa.
    "Há alguns meses, eu disse que ia atacar a infraestrutura do Estado Islâmico. Primeiro atacamos os locais de armazenamento de dinheiro e agora vamos atacar a capacidade de gerir suas finanças", disse o responsável, considerando que "isso afetará a capacidade de pagamento e a contratação de recrutas".
    Segundo as fontes de segurança do Iraque e dos Estados Unidos, al-Qadouli nasceu em Mosul e estava no Afeganistão desde o final de 1990. Juntou-se à Al-Qaeda em 2004, e tornou-se "número dois" do líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, que morreu em 2006 num ataque dos EUA. Foi então preso e, depois da sua libertação, em 2012, juntou-se ao Estado Islâmico na Síria.

    terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

    Síria aceita cessar-fogo proposto pela Rússia e os EUA


    O regime de Damasco anunciou hoje (23) que aceita a proposta russo-norte-americana de cessar-fogo na Síria, mas que ia continuar a combater os "grupos terroristas" como o Estado Islâmico e a Frente Al Nosra, excluídos do acordo.
    "A República Árabe Síria anuncia que aceita a cessação das hostilidades, com base na continuação das operações militares para lutar contra o terrorismo do Estado Islâmico, a Frente Al Nosra e os outros grupos terroristas que estão relacionados, em conformidade ao anúncio russo-norte-americano", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio, em comunicado.

    quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

    Pelo menos 51 mortos e 78 feridos em ataque terrorista na Nigéria


    Pelo menos 51 pessoas morreram e mais 78 ficaram feridas em um duplo atentado suicida em um campo de refugiados em Dikwa, no estado de Borno, Noroeste da Nigéria, informou a imprensa local.
    O ataque ainda não foi reivindicado, mas as suspeitas recaem sobre o grupo extremista Boko Haram, que nos últimos anos provocou a morte de milhares de pessoas.
    Segundo a imprensa local, o atentado ocorreu terça-feira (9) de manhã, quando terroristas suicidas se infiltraram no campo quando as autoridades distribuíam o almoço, mas a notícia só foi divulgada hoje (10) devido à má qualidade das telecomunicações na zona.
    Apesar de não ter números oficiais, as pessoas do campo asseguram que 51 corpos foram enterrados em uma cova coletiva, a maioria mulheres e crianças.
    O grupo Boko Haram quer instaurar um califado no norte da Nigéria, maioritariamente muçulmano, ao contrário do sul, de maioria cristã.
    A violência do Boko Haram e da sua repressão pelas Forças Armadas nigerianas causaram mais de 13 mil mortes desde 2009 e perto de 1,5 milhão de refugiados e deslocados.

    domingo, 7 de fevereiro de 2016

    Crucificações públicas e degolamentos: líbios comentam vida sob Estado Islâmico

    Diversos militantes do Estado Islâmico, inclusive crianças, realizam decapitações a sangue frio

    BBC

    Cinco anos depois da violenta revolta que tirou do poder o ex-líder líbio Muammar Khadafi, combatentes do grupo extremista autointitulado Estado Islâmico (EI) estabeleceram uma base na cidade de Sirte, na costa do país.
    Com cerca de 1,5 mil soldados no local, segundo estimativas, a milícia começou a impor suas leis por ali, incluindo regras de vestuário para homens e mulheres, segregação nas escolas e o estabelecimento de uma polícia religiosa. As punições para crimes que vão de roubo e produção de bebidas alcoólicas até “espionagem” incluem prisão, amputações, crucificações públicas e decapitações. O grupo ainda criou sua própria “força policial”, que faz buscas nas casas e força as pessoas a frequentarem aulas de reeducação islâmica
    O chefe da inteligência do governo líbio na vizinha Misrata, Ismail Shukri, afirma que a maioria dos combatentes do Estado Islâmico em Sirte é de estrangeiros – vindos principalmente da Tunísia, do Iraque e da Síria. O acesso à cidade é perigoso para jornalistas, e o contato com as pessoas que moram lá é limitado – geralmente por medo de retaliações.
    A BBC conversou com ex-moradores que foram forçados a deixar a cidade para escapar do Estado Islâmico. Confira os relatos:
    Depoimento 1: Bint Elferagani, médico
    Eu trabalhava como pediatra no Hospital Ibn Sina. Agora, estou em Trípoli (capital da Líbia), para onde escapei com minha família em agosto de 2015, quando os conflitos estavam começando. Mas, como todos os outros, ainda tenho parentes morando em Sirte. Nós às vezes entramos em contato com eles pela internet, por meio de uma conexão via satélite. Em geral, lá não há mais acesso à rede ou a linhas telefônicas.
    Aqueles que continuam na cidade tendem a ser aqueles com menos condições financeiras, que não podem pagar aluguel em outros lugares. Têm chegado até nós notícias de que estão faltando remédios nos hospitais. Quem corre risco de morte, e tem como sair de lá, está fazendo isso.
    A matança é inacreditável. Eu perdi quatro primos do lado paterno da família, cinco do lado materno, outros três parentes e dois vizinhos. Um primo foi crucificado na rotatória Zaafran, outro na rotatória Gharbiyat e um terceiro foi decapitado. O quarto foi morto por um tanque de mísseis. Uma amiga perdeu três de seus irmãos mais novos. Ela se instalou em Zliten (outra cidade da costa da Líbia) recentemente. A situação é trágica: seu irmão foi morto em um ataque suicida em 7 de janeiro. Ele estava prestes a se formar na escola militar. Um momento de felicidade que se transformou em luto.
    Eu culpo os países da região pelo Estado Islâmico. Odeio ouvir o nome de alguns deles agora: Egito, Tunísia, Catar, Argélia, Sudão, Afeganistão, Síria. Nós, líbios, teríamos resolvido os nossos problemas nós mesmos se eles tivessem nos deixado sozinhos. Há líbios entre eles (EI), como os jihadistas das cidades de Benghazi e Derna. A Líbia é um lugar pequeno, todos conhecemos uns aos outros. Meu pai é um policial veterano e estava sendo ameaçado em Sirte. Todos que trabalham na polícia podem ser sequestrados ou mortos se não se juntarem a eles.
    As forças do Estado Islâmico se concentram no meio da cidade. Um amigo me disse que eles tomaram nossa casa vazia, assim como fizeram com os principais prédios do governo, o hospital onde eu trabalhava, a mesquita local e a universidade.
    Depoimento 2: Al-Warfali, ex-morador de Sirte
    Os soldados do Estado Islâmico tomaram a cidade em fevereiro de 2015. Mas não se tratou de uma invasão em si, e sim de uma combinação de acontecimentos: combatentes jihadistas locais (da milícia Ansar Al-Sharia) declararam aliança ao EI e depois receberam os reforço de homens que fugiram das forças do general Khalifa Haftar em Benghazi.
    Há pessoas de outras nacionalidades nas fileiras do Estado Islâmico. Notamos isso pelo sotaque e pela aparência deles. Há tunisianos e egípcios. Não são apenas árabes. Em abril de 2015 houve um desfile especial de boas-vindas para pessoas que eles disseram ser combatentes do Boko Haram, vindos da Nigéria.
    No início, o EI não estava muito focado em implementar sua severa interpretação da Sharia, a lei islâmica. A sensação era a de que eles estavam mais preocupados em conquistar a fidelidade e a obediência da sociedade tribal de Sirte. Apenas em agosto as regras de vestuário e comportamento começaram a ser implementadas de forma mais perceptível. Foi quando também tiveram início as crucificações e os chicoteamentos de pessoas condenadas, que ocorrem geralmente após as orações de sexta-feira.
    Até dezembro, quando saí de lá com minha família, entrar e sair da cidade era algo rotineiro. As únicas pessoas que tinham problemas para ir e vir eram aquelas associadas a outros grupos de combatentes ou suspeitas de serem “espiãs”.
    A maioria dos alimentos e produtos vendidos nas lojas estão levemente mais caros. Gasolina, não há um ano e meio. As pessoas que ainda recebem de Trípoli seus salários do serviço público escolhem ficar. Sair de lá simplesmente não faz sentido economicamente para a maioria da população.
    Cursos de 'reeducação'
    Folhetos e cartas têm sido distribuídos para lojistas e servidores públicos, convidando-os para cursos de “reeducação” ministrados pelo Estado Islâmico. Eles são realizados no Ougadougou Conference Centre, suntuoso prédio com paredes de mármore construido por Khadafi para sediar cúpulas pan-africanas.
    Nos cursos ali ministrados, os integrantes do EI instruem empregados sobre a importância de aderir à sua versão da lei islâmica. As cartas alertam: “Quem não comparecer estará passível de questionamento.”
    Depoimento 3: Ibrahim, autônomo
    Eu sou de Sirte, onde trabalhava como autônomo. Deixei a cidade com minha família em 17 de julho do ano passado, algum tempo após a chegada do Estado Islâmico. Agora, vivemos em Misrata. Estou, é claro, preocupado com minha família. Nós ainda temos parentes e amigos na cidade.
    Quando escapamos, eles deixavam as pessoas irem e virem conforme queriam. Ouço de amigos que elas ainda podem sair caso queiram. Também temos escutado que praticamente não existem remédios nos hospitais. Há comida disponível, mas por meio de “aproveitadores da guerra”. Pelo que sabemos, não há gasolina.
    Carta entregue pelo Estado Islâmico a servidores públicos com convocação para cursos
    O EI deve ter tomado Sirte com a ajuda dos militantes pró-Khadafi, que inicialmente chegaram lá com o pretexto de expulsar soldados de Misrata. Não há como esses combatentes estrangeiros conhecerem as entranhas da cidade sem a ajuda de locais. Eles começaram a crucificar pessoas na entrada da cidade dois meses após tomá-la. Seu “crime” era serem espiões do Líbia Dawn (grupo islâmico rival).
    Eu, pessoalmente, vi ao menos uma pessoa sendo crucificada. Depois, ouvi e li sobre outras 17, entre elas meu amigo Sharaf Aldeen e seu irmão sheik Meftah Abu Sittah (clérigo salafista). Ambos estavam mortos quando foram crucificados.
    A Sharia em Sirte
    Quadros de aviso orientando as mulheres sobre como se vestir de acordo com a Sharia foram espalhados por Sirte em julho do ano passado. Os cartaz dizem: "Instruções sobre como vestir o hijab de acordo com a Sharia"
    Deve ser fechado e não revelar nada
    Deve ser folgado (não apertado)
    Deve cobrir todo o corpo
    Não deve ser atraente
    Não deve lembrar as roupas de infiéis ou homens
    Não deve ser ornamentado e chamar a atenção
    Não deve ser perfumado

    Depoimento 4: Khaled, funcionário de instalação petrolífera
    Sou de Ras Lanuf e fiz faculdade em Sirte. Estou agora em Sidra (a 174 km dali), onde trabalho e cujo terminal petrolífero o EI está tentando tomar. Por enquanto, o Petroleum Facilities Guards (“Protetores de instalações de petróleo”, em tradução livre, grupo descrito como paramilitar) tem evitado seus avanços. A última grande tentativa ocorreu em 4 de janeiro. Eles explodiram um carro-bomba do lado de fora do portão onde os guardas estavam posicionados. Ao menos sete guardas e vários integrantes do Estado Islâmico morreram.
    O EI passou por nós em Sidra, durante seu caminho até Ras Lanuf, que fica a 15 km de distância. Eles tomaram uma área militar entre Ras Lanuf e a zona industrial. Os ataques nunca pararam. Eles sabem que eles não têm recursos para tomar o terminal de petróleo. Então, estão lançando mão da tática de “bater e correr”, o que inclui atear fogo em contêineres com combustível. O ataque ocorreu no último sábado (30 de janeiro).
    EI fez ataques a depósitos de petróleo perto de Ras Lanuf, cidade vizinha a Sirte
    Não estamos em um estado total de guerra, mas também não vivemos em paz completa. As pessoas estão tentando manter, até onde é possível, uma vida normal. Isso explica porque as escolas já foram reabertas após terem sido fechadas no início de janeiro.
    Estive em Sirte no fim de dezembro, ainda tenho amigos lá. A comunicação é difícil porque as linhas têm sido cortadas. Aqueles que partiram saíram pelo leste da cidade, a caminho de Misrata. A rota está aberta e é segura por ali. Na parte leste, no sentido do terminal de petróleo de Sidra, por exemplo, é perigoso porque ainda há confrontos. Fiquei sabendo que combatentes locais, de Ras Lanuf, estão preparando um contra-ataque em Sirte.
    O Estado Islâmico na Líbia
    A Líbia se viu envolta em caos após forças apoiadas pela Otan derrubarem Khadafi, líder que comandava o país havia décadas, em 2011. Eleições foram realizadas em 2014, mas aqueles que detinham o poder em Trípoli se recusaram a abrir mão dele. Uma facção rival montou seu próprio parlamento em outro lugar e grupos armados têm lutado pelo controle das cidades e do que resta da infraestrutura do país.
    O Estado Islâmico, segundo estimativas, não tem mais do que 2 mil ou 3 mil combatentes no país, segundo um relatório das Nações Unidas publicado em dezembro de 2015. Seus soldados estão divididos principalmente entre Derna e Sirte – cerca de 1,5 mil deles na última cidade. Eles tomaram controle de uma estação de rádio estatal, pela qual transmitem discursos de seus líderes religiosos.
    O chefe da inteligência em Misrata, Ismail Shukri, afirma que a maioria dos combatentes do EI são estrangeiros vindos da Tunísia, mas que figuras importantes do grupo, vindas do Iraque e da Síria, também buscaram refúgio na Líbia.
    Acredita-se que o número de integrantes do Estado Islâmico na capital, Trípoli, seja pequeno – seriam apenas entre 12 e 24 pessoas atuando em uma célula na cidade, segundo relatos. Entretanto, eles têm sido capazes de fazer sérios ataques, como o ocorrido no Hotel Corinthia, em janeiro, que deixou oito mortos, e a invasão de uma prisão localizada dentro da base aérea de Mitiga, em Trípoli, em setembro.
    Militantes do EI estão tentando avançar para o leste, a partir de Sirte, e têm realizado uma série de ataques em instalações de petróleo em Sidra e Ras Lanuf desde o início de janeiro.

    As consequências do lançamento de foguete pela Coreia do Norte

    Segundo a imprensa oficial, o líder Kim Jong-un comemorou o lançamento

    BBC

     Coreia do Norte lançou um foguete de longo alcance neste final de semana, o que foi interpretado por críticos como um desafio à comunidade internacional.
    O anúncio oficial da TV norte-coreana informou que o foguete colocou um satélite em órbita, mas suspeita-se que a real intenção tenha sido testar tecnologia de mísseis que poderiam transportar armas nucleares.
    Países como Japão e Coreia do Sul condenaram o lançamento. Os Estados Unidos pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), que deverá ocorrer ainda neste domingo em Nova York.
    Para o correspondente da BBC em Pequim (China), John Sudworth, o lançamento não altera de maneira significativa o equilíbrio de forças na região, mas é um ato de provocação, daí a reação dura de Seul, Tóquio e Washington.
    "O significativo é o momento desse lançamento, apenas um mês depois do quarto teste nuclear da Coreia do Norte e com o Conselho de Segurança da ONU ainda avaliando sanções por esse ato", afirmou.
    Segundo Sudworth, é improvável que o objetivo da operação tenha sido apenas um lançamento de satélite, pois o país poderia ter feito isso a um custo muito menor usando instalações da China, um antigo aliado.
    A China, diz o correspondente, continua a manter uma posição cautelosa em relação a Pyongyang, pois teme empurrar para o colapso um regime já isolado politicamente e sob fortes sanções econômicas.
    "Com esse lançamento, a Coreia do Norte dá mais um passo em direção a seu objetivo declarado de desenvolver um sistema de armas nucleares (algo que ainda provavelmente está a anos de distância), enquanto o impasse internacional sobre o que fazer em relação ao país deverá continuar", diz.
    ‘Vapor fascinante’ 
    Em nota, a agência de desenvolvimento aeroespacial da Coreia do Norte disse que o satélite de observação terrestre Kwangmyongsong-4 entrou em órbita 10 minutos após o lançamento, no centro espacial Sohae, na província de Phyongan do Norte.

    Um apresentador da TV estatal disse que a operação foi ordenada pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, e que o regime comunista planeja lançar outros satélites no futuro.
    "O vapor fascinante do satélite cruzando o céu limpo e azul no começo de fevereiro e no limiar do Dia da Estrela Brilhante", foi a descrição do lançamento.
    Um porta-voz do Minstério da Defesa da Coreia do Sul disse que um navio de guerra do país detectou o lançamento às 22:30 deste sábado (horário de Brasília).
    Em encontro a portas fechadas neste domingo com a agência de inteligência sul-coreana, deputados da Coreia do Sul foram informados que a operação deve ser considerada, na prática, um teste de míssil balístico, porque um eventual satélite usado na operação seria inútil.
    Isso porque, segundo essa avaliação, o peso estimado da carga do foguete é de 200 kg, o dobro de um foguete lançado pela Coreia do Norte em 2012, mas ainda assim muito mais leve do que a faixa de 800-1.500 kg, usual em lançamentos de satélites.
    Condenação internacional
    O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, classificou a operação como "flagrante violação" de resoluções da ONU e alertou para a adoção de "medidas significativas" para que Pyongyang justifique o ato.

    A China disse "lamentar" as ações, mas instou as "partes relevantes" nessa questão a "abster-se de tomar ações que possam agravar as tensões na Península Coreana".
    O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, condenou a operação como "absolutamente intolerável".
    O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, disse que Pyongyang deve interromper "ações provocativas".
    A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, pediu sanções ao que chamou de "ato de provocação". E anunciou que começará, com os EUA, os maiores exercícios militares conjuntos entre os países.
    As tratativas entre Seul e Washington incluem a possibilidade de implantar um sistema de defesa antimísseis na região. A China, principal aliado da Coreia do Norte na região, já se opôs a esse sistema no passado.
    Ambição nuclear
    Os testes de foguetes e de artefatos nucleares da Coreia do Norte são vistos como etapas cruciais rumo ao objetivo do país de obter mísseis de longo alcance com ogivas nucleares.


    Pyounyang diz que seu programa espacial é de natureza científica, e que suas iniciativas bélicas são necessárias para se defender do que classifica como décadas de hostilidade dos EUA. Resoluções do Conselho de Segurança da ONU vetam a realização de testes nucleares ou de mísseis balísticos pela Coreia do Norte.

    sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

    Brasil doa US$ 1,3 milhão para ajuda humanitária a sírios


    O governo brasileiro anunciou a doação de US$ 1,3 milhão para ações de assistência aos atingidos pelo conflito na Síria. O dinheiro será enviado por meio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur). O anúncio foi feito hoje (4) pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em uma conferência internacional em Londres para discutir a ajuda humanitária à Síria.
    Na mesma reunião, a Alemanha anunciou o repasse de US$ 2,5 bilhões para a causa; o Reino Unido, US$ 1,75 bilhão; e os Estados Unidos, US$ 890 milhões. Ao todo, os líderes mundiais anunciaram ajuda de US$ 11 bilhões para a Síria até 2020.

    De acordo com o Itamaraty, o dinheiro da doação provém de órgãos brasileiros como a Secretaria Nacional de Justiça e a Coordenação-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome do Ministério das Relações Exteriores. Já o arroz será fornecido pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério da Agricultura.Além da doação financeira, o Brasil pretende colaborar com 4,5 mil toneladas de arroz, o equivalente a US$ 1,85 milhão. A logística dessa doação ainda está em estudo e depende de um país-parceiro que auxilie o transporte.

    A Conferência Internacional de Apoio à Síria e Região foi organizada pela Alemanha, Noruega e Kuwait, além do Reino Unido, e teve o apoio da Organização das Nações Unidas. O principal objetivo do evento é angariar recursos emergenciais para a população síria que mora no país e os refugiados que estão acolhidos na região.
    Durante discurso em que anunciou o valor da doação brasileira, Vieira ressaltou a necessidade de uma solução política e não militar para a crise síria. Segundo o ministro, é preciso lutar contra o terrorismo, aliviar os sofrimentos da guerra, manter a Síria unida e reconstruí-la como nação.
    O chanceler brasileiro destacou que não basta apenas auxiliar os que sofrem com o conflito, mas é preciso conceder abrigo aos refugiados. Vieira também citou as políticas humanitárias do Brasil que já permitiram o acolhimento de mais de dois mil sírios desde 2013. 

    domingo, 31 de janeiro de 2016

    Boko Haram queima crianças vivas em atentado na Nigéria

    O grupo terrorista Boko Haram ateou fogo em crianças vivas durante um atentado na vila de Dalori, que fica a cinco quilômetros da Maiduguri, na Nigéria, informaram diversos jornais nigerianos neste domingo (31).
    Boko Haram já deixou muitos mortos na Nigéria

    Segundo testemunhas, ao menos, 65 corpos foram retirados do local, mas esse número deve aumentar já que nem todos os locais foram checados. Ao menos 100 pessoas ficaram feridas.
    Testemunhas contaram à imprensa que dezenas de corpos foram jogados pelas estradas que levam até a vila, que tem cerca de mil casas segundo o jornal "The Premium Times". Um dos sobreviventes conta que ouvia o grito das crianças enquanto elas ardiam em chamas. Ele conseguiu sobreviver porque se escondeu subindo em uma árvore.
    Ainda de acordo com as testemunhas, muitos foram mortos enquanto tentavam escapar porque duas mulheres-bomba ativaram os explosivos no meio da pessoas em fuga.
    Apesar do ataque ter ocorrido no sábado (30), o Exército da Nigéria chegou ao local apenas neste domingo e está ajudando na retirada dos cadáveres. O Boko Haram, que quer construir um califado no norte do território nigeriano, já matou mais de 20 mil pessoas nos últimos seis anos e obrigou mais de 2,5 milhões a deixarem suas casas e suas cidades.

     

    segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

    Tempestade de neve no Japão deixa pelo menos seis mortos e mais de 100 feridos


    Pelo menos seis pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas devido à tempestade de neve que atinge o Oeste, Centro e Norte do Japão e que obrigou o cancelamento de dezenas de voos.
    As autoridades da localidade de Nichinan, na prefeitura de Totori (Oeste), confirmaram hoje (25) a morte da última vítima, uma mulher de 88 anos que ficou presa após um deslizamento de terra provocado pela neve. Mais duas ficaram feridas, informou a emissora pública NHK. Nessa localidade, a neve atingiu 30 centímetros de altura.
    Em outra localidade, na província de Fukushima, a neve registrou 152 centímetros de espessura, enquanto na província de Hiroshima (Oeste) chegou aos 137 centímetros e em Niigata (Centro) aos 95 centímetros.
    As nevascas atingiram também as regiões do Sul do arquipélago japonês, como a Ilha de Amami, onde nevou pela primeira vez em 115 anos. Também na Ilha de Kume não nevava há 39 anos.
    Para hoje foram cancelados 109 voos nacionais e são previstos problemas nas estradas.
    Um total de 110 pessoas teve de passar a noite desse domingo numa estação de Okayama, no Oeste do país, já que uma parada de duas horas as impediu de utilizar o transporte necessário para voltar às suas casas.

    quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

    Coreia do Norte diz que testou bomba de hidrogênio e ONU convoca reunião


    O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião de emergência para hoje (6), depois de a Coreia do Norte ter anunciado a realização, bem-sucedida, de teste com bomba de hidrogênio. A reunião, a portas fechadas, entre os 15 países-membros foi convocada pelos Estados Unidos e o Japão, informou a porta-voz da missão norte-americana na ONU, Hagar Chemali.
    Nessa quarta-feira, o governo norte-coreano informou ter feito, com sucesso, o seu primeiro teste de hidrogênio, dando um passo significativo no desenvolvimento do programa nuclear. “O primeiro teste com bomba de hidrogênio da República foi realizado com sucesso às 10h [hora local] do dia 6 de janeiro de 2016, baseado na determinação estratégica do Partido dos Trabalhadores”, anunciou a televisão estatal.
    Vários centros de atividade sísmica detectaram hoje um abalo no país, levantando-se, de imediato, a possibilidade de ter sido causado por um teste nuclear.
    “Com o sucesso total da nossa histórica bomba H, juntamo-nos ao grupo dos Estados nucleares avançados”, anunciou o governo, acrescentando que o teste foi feito com um dispositivo em miniatura.

    No mês passado, durante uma inspeção militar, Jong-un sugeriu que o país já tinha desenvolvido uma bomba de hidrogênio, apesar de o anúncio ter sido acolhido com ceticismo por especialistas internacionais.O teste foi encomendado pessoalmente pelo líder norte-coreano Kim Jong-un e ocorre dois dias antes do seu aniversário.

    A bomba de hidrogênio, ou termonuclear, usa a fusão nuclear numa reação em cadeia que resulta em explosão poderosa.
    “O último teste confirmou que os nossos recursos tecnológicos, recentemente desenvolvidos, são precisos e demonstram cientificamente o impacto da nossa bomba H miniaturizada”, disse o apresentador de televisão, que transmitiu a mensagem do governo.
    A realização efetiva do teste ainda precisa ser confirmada pela comunidade internacional.
    O regime norte-coreano afirmou que não é o primeiro a recorrer à bomba e indicou que continuará a desenvolver sua capacidade de ataque nuclear. “Enquanto persistir a política dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte, não vamos parar de desenvolver o programa nuclear”.

    O país já tinha feito três testes nucleares, em 2006, 2009 e 2013, o que lhe valeu sanções da ONU. Várias resoluções das Nações Unidas proíbem o governo norte-coreano de desenvolver atividades nucleares ou ligadas à tecnologia de mísseis balísticos.

    segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

    Estado Islâmico executa supostos espiões britânicos, diz site

    supostos espiões britânicos executados pelo Estado Islâmico

    Premiê britânico é chamado de imbecil por integrante do grupo

    O Estado Islâmico divulgou vídeo de execução de supostos espiões britânicos por membros do grupo terrorista, que controla partes do Iraque e da Síria, informou neste domingo (3) a organização de contraterrorismo Site Intelligence Group, baseada no Reino Unido.
    No vídeo, segundo a organização, um extremista que fala inglês chama o premiê britânico, David Cameron, de imbecil.
    "Quão estranho é o líder de uma pequena ilha ameaçar-nos cheios de planos. [...] Parece que você é igual aos seus antecessores [Tony] Blair e [Gordon] Bown: arrogante e tolo. Na verdade David, você não é mais que um imbecil. Só um imbecil poderia desafiar uma luta contra uma terra que está sob as leis e onde Alá reina supremo e onde as pessoas vivem sob a justiça e a segurança da Sharia [lei islâmica", diz o militante segundo o jornal "The Telegraph".Na sequência, ao menos cinco homens identificados como espiões britânicos são executados a tiros por homens encapuzados. Ao fim do vídeo, uma criança também com sotaque inglês afirma que o grupo "matará todos os não-crentes onde quer que estejam".
    A Grã-Bretanha participa, desde dezembro de 2015, da iniciativa norte-americana que realiza ataques aéreos a posições do Estado Islâmico no Oriente Médio

    domingo, 27 de dezembro de 2015

    Tornados deixam 11 mortos no Norte do Texas


    Os tornados e as posteriores tempestades que atingiram, na noite de sábado (26), a região de Dallas, no Texas, deixaram pelo menos 11 mortos e afetaram centenas de casas. Alguns imóveis ficaram destruídos, revelaram hoje (27) as autoridades.
    A cidade afetada foi Garland, no noroeste da região metropolitana de Dallas. Na localidade, oito pessoas morreram num acidente rodoviário entre 12 veículos provocado por um tornado.
    Outras 15 pessoas foram resgatadas e transportadas de ambulância do local do acidente, na Autoestrada Interestadual I30, para hospitais da zona, informou o agente Pedro Barineau, porta-voz da Polícia de Garland, em entrevista coletiva.
    As outras três mortes aconteceram no condado de Collin, também a Noroeste de Dallas. Duas pessoas morreram em Copeville quando um tornado arrasou o posto de abastecimento de combustíveis onde estavam estacionadas. A terceira morte ocorreu em Blue Ridge, não sendo conhecidos mais detalhes.
    As equipes de emergência e os moradores da zona de Garland trabalham debaixo de uma forte chuva para reparar os prejuízos. Ao mesmo tempo, surgem novos alertas de tornados e inundações.Os meteorologistas preveem ventos e chuvas fortes e neve para a noite deste domingo.
    A passagem dos tornados por Garland deixou uma paisagem desoladora, com cerca de 600 moradias com danos ou destruídas, além de 60 pessoas feridas. “Foi uma destruição total um dia depois do Natal, é horrível”, disse Barineau.
    As autoridades procuram pessoas presas debaixo dos escombros, ainda que não haja indicação de desaparecidos. Ao mesmo tempo, recomendam aos habitantes da região que não saiam de casa e evitem usar os automóveis.
    O tornado que atingiu Garland foi classificado pelos meteorologistas como EF4, com ventos que alcançaram os 320 quilômetros por hora. A escala tem seis níveis, dos quais o EF5 é o mais grave.
    O único tornado dessa escala registrado na zona de Dallas ocorreu em 1927 e provocou a morte de 15 pessoas. Não há um número total de tornados que passaram na região, mas as autoridades emitiram cerca de 40 alertas durante a noite de sábado.
    Além dos tornados no Texas, há relatos de inundações em Saint Louis (Missouri), no Sul de Ohio e em Oklahoma.
    As tempestades no Norte do Texas elevou para 25 o número total de mortos de uma série de incidentes climáticos que ocorreram desde a semana passada nos Estados Unidos. As tragédias tinham causado 14 mortes no Arkansas, no Mississípi e no Tennessee.

    quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

    Ataques na Síria matam ao menos 20 civis


    Pelo menos 20 civis, entre eles sete crianças, foram mortos e dezenas feridos nesta quinta-feira (24) em ataques aéreos realizados pelo governo sírio de Bachar al-Assad contra uma localidade a sudeste de Damasco. A informação foi divulgada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
    Os ataques atingiram o centro de Hammouriyé, no Ghouta oriental. O local é considerado o maior bastião de rebeldes na província de Damasco e vem sendo regularmente bombardeado pelo governo.
    Dois civis foram mortos por disparos em Douma, a nordeste de Damasco, no momento em que Ghouta oriental era alvo dos violentos bombardeios.
    Em cinco anos, a guerra na Síria já provocou mais de 250 mil mortes e forçou o êxodo de milhões de pessoas.

    terça-feira, 22 de dezembro de 2015

    Grupo radical Boko Haram impede 1 milhão de crianças de ir à escola


    A ação do grupo radical Boko Haram impede mais de 1 milhão de crianças de ir à escola, informa o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), acrescentando que a questão educacional vai alimentar ainda mais o radicalismo na Nigéria e nos países vizinhos.
    Mais de 2 mil escolas estão fechadas na Nigéria, em Camarões, no Chade e Níger – os quatro países mais afetados pelos ataques do grupo – e centenas de outros estabelecimentos foram atacados ou incendiados pelos jihadistas, segundo a instituição.
    O presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, tinha dado ao Exército prazo até o fim deste ano ano para controlar o grupo islamita.
    A pouco tempo do fim do prazo, os radicais do Boko Haram, que juraram fidelidade ao grupo radical Estado Islâmico, continuam os ataques tanto na Nigéria quanto nos países vizinhos.
    Há duas semanas, no entanto, ele advertiu que as operações militares contra a rebelião do Boko Haram - cujo nome significa "a educação ocidental é proibida" - poderão durar mais tempo que o previsto.
    Mas, mesmo no caso de o Exército ser bem-sucedido, analistas lembram que o governo terá de lidar com o tumulto social decorrente de uma geração de crianças que não têm ido à escola.
    “Quanto mais tempo [as crianças] não forem à escola, maior é o risco de serem maltratadas, raptadas e recrutadas por grupos armados”, disse Manuel Fontaine, diretor regional do Unicef para a África Ocidental e Central.
    A ação do Boko Haram e a repressão por parte das forças de segurança deixaram 17 mil mortos e 2,6 milhões de deslocados desde 2009, informa a agência France Presse.

    segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

    Ao menos 91 desaparecidos em deslizamento de terra na China

    Socorristas procuram sobreviventes em Shenzhen

    Um gigantesco deslizamento de terra, que sepultou mais de 30 edifícios e provocou uma explosão de gás em um complexo industrial do sul da China, deixou pelo menos 91 pessoas desaparecidas, segundo um balanço atualizado.
    As testemunhas afirmaram que viram uma grande massa de terra e lama atingindo a zona industrial de Shenzhen, cidade próxima da fronteira com Hong Kong, no fim da manhã de domingo. A tragédia soterrou casas e fábricas.
    Mais de 1.500 agentes das forças de segurança e 104 caminhões dos bombeiros foram enviados ao local da catástrofe, que afetou vários hectares, segundo a agência oficial Xinhua.
    O ritmo do trabalho de resgate era lento por conta da chuva persistente, a pouca visibilidade durante a noite e o barro, afirmou Ao Zhuoqia, oficial do corpo de bombeiros de Shenzhen.

    segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

    Obama promete “destruir” o Estado Islâmico em discurso na TV


    O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu “destruir” o grupo Estado Islâmico , ontem domingo (6), em um raro discurso à nação a partir da Casa Branca. “A ameaça do terrorismo é real, mas vamos superá-la”, disse Barack Obama, num discurso transmitido pela televisão, apenas o terceiro que profere a partir da Sala Oval. “Vamos destruir o Estado Islâmico e qualquer organização que tente fazer-nos mal”.
    Obama, descreveu, o ataque em San Bernardino, (Califórnia), que deixou 14 mortos, como um “ato de terrorismo”. “Neste momento, não há qualquer indicação de que os atacantes foram dirigidos por um grupo terrorista a partir do estrangeiro”, afirmou Obama, para quem é, contudo, “claro” que o casal que perpetrou o ataque de quarta-feira “seguiu o caminho obscuro da radicalização”, “abraçando uma pervertida interpretação do Islã que apela à guerra contra a América e o Ocidente”.
    O presidente também apela para que sejam aprovadas leis mais rígidas para a compra de armas, citando em especial rifles de assalto, para que os americanos estejam mais seguros contra atentados terroristas e contra ações de grupos como o Estado Islâmico.

    segunda-feira, 23 de novembro de 2015

    Grupo dissidente do Anonymous diz impedir ataque do EI com espionagem online

    Grupo Anonymous lançou operação para atrapalhar Estado Islâmico

    Após os ataques de Paris, o grupo de hackers Anonymous declarou guerra ao autodenominado Estado Islâmico e afirma ter fechado milhares de contas de Twitter usadas por militantes do grupo extremista.
    Mas um grupo online menor também está em ação - e com uma estratégia bem diferente. Eles afirmaram que já conseguiram impedir pelo menos uma ação terrorista. Esse grupo é formado por dissidentes do Anonymous, insatisfeitos com a forma como este grupo lidava com ameaças de organizações terroristas.
    A gota d'água veio após o ataque à redação da revista Charlie Hebdo em janeiro. Os membros insatisfeitos romperam com o Anonymous e criaram um grupo chamado Ghost Security Group.
    "Eles [Anonymous] não têm nenhuma experiência em contraterrorismo", diz o diretor-executivo do Ghost Security Group, que falou com a BBC por telefone e pediu que sua identidade não fosse revelada por segurança. "Sentimos que não estávamos fazendo o suficiente e o ataque à Charlie Hebdodeixou claro que o EI não estava confinado ao Oriente Médio."
    Tática de espionagem
    Agências de segurança como o FBI se recusaram a comentar sobre o novo grupo - e é difícil verificar de forma independente as ações que eles reivindicam
    Ghost Security Group monitora mensagens em vez de derrubar sites do Estado Islâmico
    O diretor do Ghost Security Group disse que há voluntários que moram nos EUA, Europa e Oriente Médio, inclusive linguistas e "pessoas que têm familiaridade com técnicas de inteligência".
    Em vez de, como o Anonymous, tentar fechar contas e atacar websites jihadistas com "ataques de negação de serviço" (conhecido pelo acrônimo em inglês DDoS) - basicamente enchendo um site com muito tráfico para fazer ele sair do ar -, o Ghost Security Group atua mais como espião.
    Eles monitoram contas de Twitter do EI e se infiltram em grupos de discussão de militantes para juntar informações, que dizem repassar para serviços de segurança.
    "Preferimos tentar impedir ataques a fechar sites", diz o diretor-executivo. "Acho que ataques DDoS não causam muitos danos ao EI. O Anonymous está afetando alguns fóruns extremistas que podem ter um valor de inteligência, mas queremos que eles fiquem online para podermos ver o que as pessoas estão dizendo e reunir informações a partir daí."
    O grupo afirma que já ajudou a impedir um ataque na Tunísia ao captar mensagens dizendo que militantes atacariam um local específico na ilha de Djerba. O ataque se seguiria ao que matou 38 pessoas, principalmente turistas britânicos, em uma praia em junho.
    Relatos indicam que Djerba realmente aparecia em uma lista de alvos do EI na Tunísia em julho, mas é difícil verificar se o Ghost Group prejudicou a ação.
    A BBC também falou com um membro do Anonymous. Este acusou o grupo rival de buscar aproximação com governos e exagerar em suas conquistas. Ele rejeita as críticas à forma de atuação do Anonymous e diz que eles estão de fato atrapalhando ações de recrutamento do EI.
    "Isso (as ações do Anonymous) impede que eles falem. Impede que recrutem jovens que não têm para onde ir e pessoas que estão mal de cabeça", disse esse operador do Anonymous à BBC.
    Exemplo de mensagem interceptada pelo grupo:
    O Ghost Group trabalha em parceria com uma consultoria em segurança, a Kronos Advisory, que repassa as informações conseguidas por eles para serviços de segurança.
    Com a dissidência, o grupo afirma que conseguiu se distanciar da relação complicada do Anonymous com autoridades - no passado, o Anonymous alvejou diversas agências governamentais - como a polícia dos EUA após a morte de um homem negro em Ferguson, no Missouri.
    O diretor do grupo disse à BBC que vale a pena trabalhar em parceria com o governo dos EUA. "Nós temos dados. Não podemos fazer nada com estes dados a menos que trabalhemos com o governo dos EUA. Eles têm armas e tropas em solo, eles podem interromper ataques terroristas."

    Treinamento aprofunda conhecimentos a respeito de nova versão da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica a servidores municipais e a profissionais da sociedade conforme obrigatoriedade de uso a partir de 2026

      Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) nacional, documento fiscal digital com o desígnio de registrar as operações de prestação de serv...