Há uma série de serviços prestados pelo Centro de Controle de Zoonoses em Lages
A alta população de cães preocupa os especialistas de Vigilância em Saúde no município (Fotos: Zé Rabelo e Nilton Wolff)
A equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza o controle de doenças e infecções dos animais transmitidas para o homem. Entre elas estão a dengue, raiva e febre maculosa. Outra ação é o controle de animais sinantrópicos (baratas, moscas, pombos, morcegos, ratos) e peçonhentos (cobras, aranhas, escorpiões, marimbondos, formigas). “Quando aparecem na residência o morador nos aciona. Investigamos a causa do aparecimento do animal na casa e alertamos a pessoa a tomar providências, evitando novas situações”, explica o coordenador Bruno Hartmann.
O órgão também é responsável por recolher cães e gatos que apresentem doença e realiza a microchipagem, identificação eletrônica que facilita a localização do proprietário do animal. Quanto a doação, há cerca de 50 cães e aproximadamente dez gatos disponíveis. Interessados devem entrar em contato pessoalmente ou pelo número 3225-1412.
Cães e gatos
A alta população de cães em Lages preocupa os especialistas de Vigilância em Saúde. O ideal seria um cão para cada sete habitantes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mas segundo estimativas existem 90 mil animais na cidade, o que resulta em torno de 1,5 para cada morador. Os malefícios gerados pelo fato de os cães estarem pelas ruas é que os doentes podem transmitir patologias para os seres humanos e os saudáveis ocasionarem acidentes e danos ao meio ambiente (rasgar sacolas de lixo, defecar em calçadas). “Como o nome diz, somos um Centro de Controle e não responsáveis pela captura de cães saudáveis errantes, mas como em Lages não existe esse serviço, na medida do possível os recolhemos. Eles passam por análise veterinária e caso não apresentem doença são castrados, desvermifugados, vacinados, microchipados e disponíveis para adoção”, complementa.
Combate à dengue
O trabalho de prevenção e combate à dengue está sob a coordenação do CCZ. É desenvolvido por 13 agentes que realizam vistorias semanalmente em 612 armadilhas espalhadas pela cidade e mais 270 pontos estratégicos (cemitérios, borracharias, floriculturas). “Caso haja algum foco fazemos uma varredura de 300 metros; assim o eliminamos e mantemos a cidade livre do mosquito”, declara Bruno.
Além de todo esse trabalho são organizadas visitas de alunos à sede do CCZ e ministradas palestras em Unidades Básicas de Saúde (UBSs), universidades, colégios. Há parceria com o Projeto Amigo do Carroceiro do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc); Centro Universitário Facvest; Polícia Rodoviária Federal (PRF); organizações não governamentais (ONGs) e o Jornal Correio Lageano.
Data: 02/07/14
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