“As mulheres não se calam mais. Não estamos falando somente em violência doméstica, mas em discriminação no trabalho, descrédito em si mesma e machismo.” Erli Camargo
O evento será gratuito e aberto à comunidade (Foto: Daniele Mendes de Melo)
Com o tema “Mulher x Violência: No contexto de emancipação”, será realizado o seminário em alusão ao Dia Internacional da Mulher, quinta-feira (13), no teatro Marajoara, das 14h às 18h, promovido pelo Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, da Secretaria de Assistência Social de Lages. O evento será gratuito e aberto à comunidade.
Na abertura do seminário haverá apresentação da banda comunitária da Polícia Militar, composta por crianças e adolescentes. A assistente social e membro do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Caçador, Janeth Anne de Almeida, abordará o tema.
A coordenadora e presidenta do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, de Lages, Erli Camargo, que também atua como assessora jurídica e pedagógica do Centro de Direitos Humanos (CDH) Irmã Jandira Bettoni, explicará, no seminário, o Protocolo de Atenção às Vítimas de Violência de Lages. O seminário será encerrado com apresentação cultural de dança. “O evento terá dois momentos: abordagem geral e o que nós dispomos para proteger as mulheres e o ser humano, enfim. As pessoas devem saber onde procurar ajuda, como nos Cras e Creas”, explica.
A profissional analisa que a violência contra a mulher não diminuiu, a prática de denunciar é que aumentou. “As mulheres não se calam mais. Não estamos falando somente em violência doméstica, mas em discriminação no trabalho, descrédito em si mesma e machismo”, detalha.
Casa de Apoio
A coordenadora da Casa de Apoio à Mulher Vítima de Violência, Luciane Alves Ozorio, apresentará as atividades deste equipamento de acolhimento à mulher em situação de vulnerabilidade social, inaugurado no dia 21 de novembro do ano passado. Trata-se de um local seguro e protegido, com atendimento integral a mulheres em situação de risco de vida iminente em razão da violência dentro de casa, na maioria das vezes, causada pelo companheiro.
A residência, em endereço mantido em sigilo, conta com cerca de 240 metros quadrados e foi montada com mobiliários, eletrodomésticos, utensílios, artigos de cama, mesa e banho, beliches, máquina de lavar roupas, jogo de sofá, pijamas, toalhas, roupas, alimentação, ou seja, tudo que uma casa digna precisa para acolher bem a mulher e seus filhos, onde permanecerão por um período determinado, até que reúnam condições suficientes para retomarem o curso normal de suas vidas. O imóvel comporta até quatro mulheres com uma média de cinco filhos cada uma, ou seja, atendimento para 20 pessoas, entre adultos, crianças e adolescentes.
Data: 07/03/2014
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