- Cruz Vermelha pede 94 milhões para atender a 100 mil famílias vítimas do tufão; 800 mil pessoas
MANILA - A ONU fez um apelo nesta terça-feira para a arrecadação de 301 milhões de dólares em ajuda para as cerca de 10 milhões de pessoas afetadas pelo tufão nas Filipinas, das quais 800 mil estão desabrigadas. Vários países enviaram navios de guerra ao arquipélago asiático, mas o mau tempo está prejudicando os trabalhos de resgate, devido à chegada de uma nova tempestade.
A sub-secretária-geral para Assuntos Humanitários e Ajuda de Emergência das Nações Unidas, Valerie Amos, chegou a Manila, capital do país, para chefiar a operação de ajuda. A ONU já havia liberado 25 milhões de dólares para atender as necessidades imediatas dos sobreviventes.
- Acabamos de lançar um plano de ação com foco nas áreas de alimentação, saúde, saneamento, moradia, remoção de entulhos e também de proteção dos mais vulneráveis e espero sinceramente que nossos doadores sejam generosos - afirmou.
Em entrevista à BBC, Valerie relatou os desafios para se ter acesso a áreas devastadas, mas disse que a falta de comunicação e as dificuldades de transporte começaram a ser combatidas. Ela afirmou ainda que a tempestade tinha sido muito pior do que o esperado, e que as pessoas nas regiões afetadas estão “absolutamente desesperadas”.
- A logística tem sido um pesadelo - disse. - Demorou três dias para chegar alguns carros de Manila a Tacloban. No sábado, quando as nossas primeiras equipes chegaram, não puderam deixar o aeroporto. Era muito difícil logisticamente, com escombros por todas as partes.
A Cruz Vermelha, por sua vez, pediu 94 milhões de dólares em ajuda. A organização disse que o dinheiro atenderá a 100 mil famílias com alimentos, água potável, abrigo e outras medidas essenciais durante os próximos 18 meses. O presidente da organização no país, Richard Gordon, advertiu:
- Será um longo caminho de recuperação.
O apelo também veio da Europa. O Comitê de Desastres e de Emergência do Reino Unido fez um chamado urgente pela ajuda dos sobreviventes do tufão Haiyan. O comitê, que representa 14 agências de ajuda humanitária britânicas, disse que testemunhas compararam as áreas mais afetadas à devastação deixada pelo tsunami no Oceano Índico em 2004, que matou 220 mil pessoas.
Nova tempestade atrasa a ajuda
Enquanto as autoridades correm para tentar chegar aos sobreviventes, a depressão tropical Zoraide alcançou hoje as Filipinas, trazendo mais chuvas. Embora muito mais fraca do que o Hayan, ela chegou a acumular 9,6 cm de chuva em alguns pontos.
Zoraide atrasou a entrega de ajuda na província de Iloilo e os voos para a província de Cebu, mas aviões militares continuam a decolar para o local. Ao anoitecer, os voos deveriam diminuir ainda mais devido à falta de eletricidade e iluminação nas pistas de pouso.
Na expectativa de resgate, mais de 3 mil pessoas acamparam perto do aeroporto de Tacloban e invadiram a pista quando dois aviões de transporte C-130 das Forças Aéreas chegaram ao local nas primeiras horas da manhã. Dezenas de soldados e vários policiais conseguiram conter a multidão.
O número de mortos continua uma incógnita, e a maioria dos sobreviventes está sem assistência. A devastação em todo o país e o isolamento de áreas afetadas impede a chegada de ajuda humanitária.
As autoridades contaram nesta terça-feira 1.774 corpos, mas estimam que o número pode ser muito maior, chegando a 10 mil vítimas. Segundo último balanço do governo, o tufão feriu mais 2.487 e desalojou 660 mil pessoas de suas casas.
A sub-secretária-geral para Assuntos Humanitários e Ajuda de Emergência das Nações Unidas, Valerie Amos, chegou a Manila, capital do país, para chefiar a operação de ajuda. A ONU já havia liberado 25 milhões de dólares para atender as necessidades imediatas dos sobreviventes.
- Acabamos de lançar um plano de ação com foco nas áreas de alimentação, saúde, saneamento, moradia, remoção de entulhos e também de proteção dos mais vulneráveis e espero sinceramente que nossos doadores sejam generosos - afirmou.
Em entrevista à BBC, Valerie relatou os desafios para se ter acesso a áreas devastadas, mas disse que a falta de comunicação e as dificuldades de transporte começaram a ser combatidas. Ela afirmou ainda que a tempestade tinha sido muito pior do que o esperado, e que as pessoas nas regiões afetadas estão “absolutamente desesperadas”.
- A logística tem sido um pesadelo - disse. - Demorou três dias para chegar alguns carros de Manila a Tacloban. No sábado, quando as nossas primeiras equipes chegaram, não puderam deixar o aeroporto. Era muito difícil logisticamente, com escombros por todas as partes.
A Cruz Vermelha, por sua vez, pediu 94 milhões de dólares em ajuda. A organização disse que o dinheiro atenderá a 100 mil famílias com alimentos, água potável, abrigo e outras medidas essenciais durante os próximos 18 meses. O presidente da organização no país, Richard Gordon, advertiu:
- Será um longo caminho de recuperação.
O apelo também veio da Europa. O Comitê de Desastres e de Emergência do Reino Unido fez um chamado urgente pela ajuda dos sobreviventes do tufão Haiyan. O comitê, que representa 14 agências de ajuda humanitária britânicas, disse que testemunhas compararam as áreas mais afetadas à devastação deixada pelo tsunami no Oceano Índico em 2004, que matou 220 mil pessoas.
Nova tempestade atrasa a ajuda
Enquanto as autoridades correm para tentar chegar aos sobreviventes, a depressão tropical Zoraide alcançou hoje as Filipinas, trazendo mais chuvas. Embora muito mais fraca do que o Hayan, ela chegou a acumular 9,6 cm de chuva em alguns pontos.
Zoraide atrasou a entrega de ajuda na província de Iloilo e os voos para a província de Cebu, mas aviões militares continuam a decolar para o local. Ao anoitecer, os voos deveriam diminuir ainda mais devido à falta de eletricidade e iluminação nas pistas de pouso.
Na expectativa de resgate, mais de 3 mil pessoas acamparam perto do aeroporto de Tacloban e invadiram a pista quando dois aviões de transporte C-130 das Forças Aéreas chegaram ao local nas primeiras horas da manhã. Dezenas de soldados e vários policiais conseguiram conter a multidão.
O número de mortos continua uma incógnita, e a maioria dos sobreviventes está sem assistência. A devastação em todo o país e o isolamento de áreas afetadas impede a chegada de ajuda humanitária.
As autoridades contaram nesta terça-feira 1.774 corpos, mas estimam que o número pode ser muito maior, chegando a 10 mil vítimas. Segundo último balanço do governo, o tufão feriu mais 2.487 e desalojou 660 mil pessoas de suas casas.
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