O sábado (17), de muito sol, se tornou convidativo para grupos devidamente organizados, percorrerem um trajeto que traduz parte da história de Lages, contada a partir da obra do lageano Licurgo Costa, “O Continente das Lagens”. A programação fez parte do projeto Lages 250 Anos, e que conta com o apoio do Governo do Estado, através da Fapesc, e da Fundação Cultural de Lages. Assim, neste penúltimo dia da 29ª Festa Nacional do Pinhão, foi possível reacender a memória de muitos, com o resgate do passado da cidade. A narrativa, ao longo do trajeto foi feita pelas integrantes da Sociedade Histórica Destherrense (SHD), Pauline Kisner, que esteve devidamente caracterizada por um figurino do início do século XX, e Sara Nunes, ambas, historiadoras. O passeio ocorreu em três horários: às 10h, 13h30 e 15h30.
O roteiro, com início a partir do Calçadão da Praça João Costa (no Recanto do Pinhão) local que teve ligação direta com a família de Licurco Costa, e que se tornou o coração de Lages ao longo das eras. A caminhada seguiu levando os acompanhantes a uma viagem no tempo e no espaço. Mesmo com pouco tempo, foi possível saber um pouco mais sobre o Teatro Marajoara, a Catedral Diocesana (Igreja Matriz), o prédio da Prefeitura Municipal, o Colégio Santa Rosa, O Colégio Bom Jesus, a Igreja Presbiteriana, o Museu Thiago de Castro, o Grupo Escolar Vidal Ramos, o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, e por fim, a Praça Jonas Ramos (Tanque).
De acordo com os historiadores, os relatos durante a caminhada levaram em conta os escritos de Licurgo Costa, naquela que foi a sua maior obra, o livro “O Continente das Lages”, que, inclusive, será relançado em novembro, próximo. Foi um verdadeiro exercício de imaginação, de como era a cidade e de como viviam as pessoas antigamente. O grupo oportunizou aos acompanhantes a chance de aguçar a memória e devolver parte da identidade de Lages. “É preciso caminhar com o olhar para cima e ao largo da história. Devemos nos sentir mais parte do tempo e também ajudar a preservar todos os monumentos para as gerações futuras”, salientou Pauline, incorporada pelo pseudônimo de Joaquina.
Sociedade Histórica Destherrense (SHD)
É um grupo de pesquisas, coordenado por um núcleo de historiadores, que se dedica à reconstrução histórica, prática que consiste em reconstituir os aspectos da vida em outras épocas. O trabalho parte de uma profunda pesquisa em diferentes fontes históricas, nas quais se busca descobrir como as pessoas viviam e o que faziam por em Lages em outros tempos. Cada detalhe, dos trajes ao modo de caminhar dos personagens, é pensado para ser o mais próximo possível do original e estimular todos os sentidos.
Fotos: Carlos Alberto Becker
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