segunda-feira, 30 de maio de 2016

Inmetro afere índices de velocidade em novas lombadas na Duque

Inmetro afere índices de velocidade em novas lombadas na Duque

As novas lombadas eletrônicas instaladas na avenida Duque de Caxias a fim de reforçar o conjunto de mecanismos de educação e regramento no trânsito de veículos estão prestes a começar a funcionar em Lages nos próximos dias. Profissionais do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estiveram em Lages nesta segunda-feira (30), vindos de São José, na Grande Florianópolis, com a missão de testar diferentes velocidades e verificar o pleno funcionamento das novas lombadas.
Elas estão instaladas uma em cada lado dos dois sentidos de rolamento, fixadas em frente à loja JZago e da concessionária Citröen Confiance, na altura das esquinas com as ruas Nilo Peçanha e América do Sul.
O Inmetro também efetuou aferição de vistoria de rotina no aparelho “furão” do semáforo do cruzamento entre as avenidas Belizário Ramos (Carahá) e Presidente Vargas, próximo ao Hotel Le Canard. A regra na Duque é o tráfego de veículos em até 50 quilômetros por hora na pista de rolamento, contudo, ao se aproximar da lombada eletrônica deve ser de até 40. Agentes da Diretoria de Trânsito (Diretran) auxiliaram o Inmetro bloqueando o trecho necessário para a inspeção na Duque. Desvios foram feitos pela rua Humberto de Campos e no sentido contrário, próximo à AutoCenter, antiga Havita, com isolamentos feitos por cones. Ao contar os dois lados da pista, a aferição teve duração média de meia hora.

Verificação precisa

A técnica em atividades de fiscalização do Inmetro, Marilânia dos Santos, explica que foi realizada a verificação inicial dos medidores de velocidade das novas lombadas, com o intuito de concluir-se que estejam atendendo às normas específicas. Os aparelhos passaram por um ensaio, sendo que o próprio veículo do Inmetro, com a devida caracterização e identificação de fiscalização em suas placas, passou pelas lombadas de ambos os lados com diversas variáveis de velocidade na via.
Quando se trata da primeira vez de testes o veículo passa cerca de 20 vezes pela lombada. Após, a cada um ano, passa cinco vezes em testes obrigatórios e de rotina para ajustes de eventuais problemas. “No trabalho de hoje, na Duque, o veículo passa para que seja analisado se o equipamento corresponde às velocidades em que o carro atravessa. Se estiver dentro das conformidades, ficará aprovado e o radar já poderá operar e começarem a ser efetuadas as autuações. Caso contrário, havendo alguma diferenciação, ficará reprovado e a empresa de assistência técnica terá de proceder com a regularização, fazer a manutenção, tornando-o apto e liberando-o para um novo ensaio por parte do Inmetro”, esclarece Marilânia.
A empresa que acompanhou e anotou as velocidades para a devida comparação com os dados do Inmetro é a Telmesh/Aliança, prestadora de assistência técnica. O coordenador dos agentes de trânsito, Jean Tigre, atuou durante os trabalhos do Inmetro e reforça que a Diretran coube atribuir segurança para a execução da aferição, com estabelecimento de interrupção em alguns trechos e sua liberação. “Agentes mantiveram a pista livre com monitoramento no cruzamento de acesso ao Hotel Ibis. Sempre tentamos causar o menor transtorno possível aos motoristas”, salienta. “Em Lages há oito lombadas eletrônicas, seis ‘furões’ e inúmeras lombadas físicas”, contabiliza o diretor de Trânsito, Gustavo Oliveira.

Margens

A profissional alerta que, ao efetuar a verificação in loco nas pistas, percebe-se uma margem de medição por parte da empresa responsável pelas lombadas eletrônicas, que é de cinco quilômetros por hora. Já a legislação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) dá a margem de sete quilômetros por hora marcados no dispositivo da lombada. Ou seja, no caso da Duque, a regra é de 40, porém, o tolerável é 47 quilômetros por hora. Acima disto, a imprudência gera multa ao proprietário do veículo/condutor por conta do excesso. No caso da Duque, onde se deve passar  em até 40 por hora na lombada, se o motorista passar em 48, por exemplo, matematicamente o número volta para 41, sendo constatada infração média em que pese multa de R$ 85,12 e quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por ser constatado excesso do limite em até 20%. São três os pontos de infração: em até 20% sobre a velocidade permitida; entre 20% e 50%, e acima de 50%.

Passo a passo

A medição das velocidades é realizada a partir de um aparelho denominado cronotacômetro ou cronotacógrafo, instalado no próprio veículo do Inmetro, sendo que a constatação da velocidade acontece no instante em que o veículo passa por cima dos dois laços indutivos, que são desenhos sobre o a via. Ao rodar sobre os laços, é gerado um pulso eletromagnético, captado pelo radar, mecanismo que entende a velocidade cujo veículo passou. Quando passa pelo primeiro laço (são dois em cada mão de via) começa a ser calculado o tempo que o veículo levou para atravessar o segundo laço, com a velocidade, calculando-se também a sua velocidade. No momento em que passa no segundo laço indutivo a velocidade é congelada e registrada no dispositivo indicador que todos conhecem. Os laços estão a cerca de 40 metros do dispositivo indicador. Ao contrário do que grande parte dos motoristas imagina, a velocidade é constatada já desta distância, e não bem em frente à lombada.
As anotações feitas em Lages durante a tarde serão repassadas ao sistema do Inmetro, quando será lançada toda documentação em seu sistema, com emissão de laudos e certificados, com posterior envio á empresa Fotosensores, de Blumenau, de tecnologias para a mobilidade urbana. Este procedimento tem trâmite rápido, segundo a técnica. Vale ressaltar que o velocímetro fixado nos painéis dos veículos não é dotado de total confiabilidade, podendo haver margens de erro. Não é um instrumento exato, sendo que geralmente marca velocidade menor ou maior do que a real.

O que é

O cronotacógrafo é um instrumento ou conjunto de instrumentos destinado a indicar e registrar, de forma simultânea, inalterável e instantânea, a velocidade e a distância percorrida pelo veículo, em função do tempo decorrido assim como os parâmetros relacionados com o condutor do veículo, tais como o tempo de trabalho e os tempos de parada e de direção. Este procedimento estabelece uma operação otimizada no intuito de se obter resultados dos ensaios em um cronotacógrafo “in situ

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