segunda-feira, 13 de julho de 2015

Samt e entidades querem normatizar atividades dos carroceiros em Lages

 
O que se pretende é reestruturar o trabalho com as famílias que utilizam cavalos para a coleta e transporte de materiais recicláveis em carroças até as cooperativas e empresas especializadas para comercialização
 
A iniciativa visa ainda a redução da alta mortalidade de cavalos. Estuda-se também a possibilidade de os carroceiros recolherem INSS (Foto: Cao Ghiorzi)
 
Na manhã de sexta-feira (10) foi realizada reunião na Associação de Assistência Social, Trabalho e Cidadania (Samt). Em pauta a preocupação com a questão da reciclagem do lixo em paralelo à responsabilidade junto ao meio ambiente e o bem-estar animal. Participaram representantes das Secretarias Municipais de Águas e Saneamento (Semasa) e de Meio Ambiente e Serviços Públicos (Gerência de Proteção Animal), do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Polícia Militar Ambiental e Samt.
O que se pretende é reestruturar o trabalho com as famílias que utilizam cavalos para a coleta e transporte de materiais recicláveis em carroças até as cooperativas e empresas especializadas para comercialização. A ideia é formar leis municipais para normatizar e organizar o sistema. Somente na região do loteamento Cristal, 16 famílias sobrevivem do ganho do recolhimento e venda de materiais. O oficial de gabinete da Semasa, Fredolino Vieira Schmitt, comenta a necessidade de elaboração de três leis de normatização: dispor sobre a circulação de veículos de tração animal, produtos recicláveis e ajustes dos coletores.
A iniciativa visa redução da alta mortalidade de cavalos em Lages. Estuda-se, ainda, a possibilidade de os carroceiros recolherem INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ao venderem os materiais. A Samt seria a coordenadora e gestora do programa. A presidente Rosa Abou Hatem diz que morrem de dois a três animais equinos por semana em Lages por inanição (abatimento, debilidade, fraqueza), fome, frio, maus-tratos. “O que os carroceiros ganham mal dá para alimentar a família e o animal fica em último”, observa.

Amigo do Carroceiro
O professor da clínica médica de grandes animais do CAV, Joandes Henrique Fonteque, assumiu a coordenação do Programa Amigo do Carroceiro em 2008. Idealizado pelo CAV, o Amigo do Carroceiro existe há 13 anos. Há 521 carroceiros cadastrados, contudo, frequentes aos atendimentos são somente 70. O programa divide-se em Projetos de Extensão Medicina Equina, de Extensão Medicina Preventiva e de Extensão Carroceiro Cidadão.
Paralelamente é oferecido o programa de educação, recreação, noções básicas de higiene, medicina preventiva para crianças e adultos, atividades educativas sobre trânsito e cuidados ambientais financiados pelo município (a prefeitura repassa R$ 2,4 mil por mês) e pela Udesc. Para controle do trabalho são feitos registros fotográficos, resenhas e placas nas carroças.
A participação dos carroceiros é voluntária. Os benefícios são concedidos a partir do momento em que são cadastrados e passam pelo perfil social. Geralmente os carroceiros fazem parte de classes desfavorecidas. “Tentamos compartilhar informações e noções sobre sua importância, valorização para o meio ambiente e o reaproveitamento dos materiais”, conclui Joandes.
 

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