segunda-feira, 13 de julho de 2015

Lages pode sediar evento que é tendência mundial

 
A equipe acredita que a cidade é ideal para a realização devido à sua localização geográfica e a biodiversidade
 
Comparecem chefs de cozinha, apreciadores da alta gastronomia, estudantes do gênero, corpos políticos de vários Estados, someliers (Foto: Nilton Wolff)
 
Representantes do movimento Slow Food da América Latina e do Centro Vianei, através da Cooperativa Ecológica dos Agricultores, Consumidores e Artesãos da Região Serrana (Ecoserra), apresentaram ao prefeito Toni Duarte a intenção de trazer para Lages o festival gastronômico regional de Slow Food em abril de 2016. O encontro aconteceu quinta-feira (9).
O evento em Lages abrangeria os três Estados do Sul, valorizando os produtos locais, atraindo mais de dois mil visitantes do Brasil e do mundo com a participação de 500 produtores rurais da Serra e outras regiões de Santa Catarina, incluindo o Rio Grande do Sul e o Paraná. “Sentimo-nos felizes em saber que um movimento desse porte pensa em Lages. A administração municipal não medirá esforços para torná-lo realidade”, afirma o prefeito Toni.
De acordo com o secretário de Turismo, Flávio Agustini, esta é mais uma possibilidade para intensificar Lages como destino turístico. “Queremos fazer de Lages uma vitrina nesse encontro, que é tendência mundial, discutindo sobre alimentos e hábitos saudáveis e a valorização da matéria-prima local, no caso o pinhão, visando gerar mais trabalho e renda no campo para diminuir o êxodo rural”, analisa.
No município há um trabalho aprofundado sobre a cadeia produtiva do pinhão, através da Cooperativa Ecoserra, que se dedica à comercialização de alimentos agroecológicos, produzidos em propriedades da Agricultura Familiar. Nos últimos anos a Ecoserra dedica os trabalhos aos produtos da sociobiodiversidade como o pinhão e seus subprodutos, as frutas nativas como a uvaia, butiá, araçá e jabuticaba.

Do que se trata
O movimento Slow Food, que, em tradução livre significa “comida lenta”, surgiu na Itália na década de 1980. Hoje conta com mais de cem mil integrantes com escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido e apoiadores em 150 países.
A italiana Valentina Bianco é coordenadora do Slow Food na América Latina. Na reunião com o prefeito Toni Duarte ela explicou que o princípio básico do movimento é o direito ao prazer da alimentação. “Com essa preocupação defendemos a utilização de produtos artesanais de qualidade especial, respeitando o meio ambiente e as pessoas responsáveis pela produção”, destaca.
Segundo o articulador do Movimento no Sul do Brasil e Ecochefe, Bernardo Simões, o Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no mundo e defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, se tornando coprodutores. “São alimentos de qualidade que não poluem o meio ambiente, comercializados por meio de um mercado justo, atuando basicamente na defesa da agrobiodiversidade, para que tudo o que é cultivado no campo seja integrado à cultura alimentar local”, detalha.

Apostando em Lages
A equipe acredita que Lages é ideal para a realização do evento pela localização geográfica e a biodiversidade, tendo o pinhão como uma das oito fortalezas do Brasil. “Lages é o ponto médio entre o Paraná e o Rio Grande do Sul e a ligação entre o Litoral e o Extremo-Oeste de Santa Catarina. Vamos preparar o projeto e viabilizá-lo. Será um encontro regional (três Estado do Sul)”, destaca.
O evento atrai chefs de cozinha, apreciadores da alta gastronomia, estudantes do gênero, corpos políticos de vários Estados, someliers. “O Slow Food reúne o que há de melhor em termos de produtos locais e cultura alimentar. E é daí que partem as tendências gastronômicas. Confeccionaremos o projeto e traremos uma proposta concreta ao prefeito Toni”, finaliza.
 

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