Prefeitura executa obra de aterramento no Santa Helena

“Agora sim, depois de anos de espera, o problema está resolvido e os resíduos do córrego, quando chover muito, não deverão extrapolar com a vazão e inundar o local, pois os tubos possuem diâmetro em conformidade.” Vilmar Moraes

O problema de saneamento básico existia há mais de 20 anos (Foto: Sandro Scheuermann)

O tempo ensolarado de sábado (25) possibilitou que servidores da Secretaria de Infraestrutura executassem o aterramento da tubulação na rua Salustiano Manoel Joaquim, no bairro Santa Helena. Na semana passada foi iniciado o trabalho de instalação de 134 tubos de 1,20x1 metro cada, na extensão de um córrego receptor de resíduos sanitários. O problema de saneamento básico existia há mais de 20 anos. O trabalho regulariza o escoamento, eliminando o mau cheiro do esgoto a céu aberto. Outra vantagem é que os moradores de uma das margens do córrego poderão agora acessar direto à rua, sem precisar de pontes de madeira improvisadas, construídas por vizinhos. “Foi feito um trabalho de drenagem que resolveu o impasse e as dores de cabeça da comunidade”, acrescenta o secretário de Infraestrutura, Álvaro Mondadori (Joinha). O serviço de cobertura dos tubos começou às 7h30min de sábado. Segundo o coordenador de equipes, Adilson da Silva (Peixe), foi preciso aproveitar o sábado, quando os caminhões não estão sendo usados nos serviços rotineiros para agilizar a demanda no bairro, uma espera antiga, com reclamações contínuas. Cerca de 80 metros de extensão de tubos foram cobertos no sábado. Nesta terça-feira (28) serão reiniciadas as instalações. Moradores ajudam equipes da prefeitura O morador Vilmar Moraes, 57 anos, trabalha como autônomo, reside em frente ao córrego e chegou a construir uma ponte de madeira para possibilitar a passagem dos moradores. Ele mora no local há três anos. Moraes e os vizinhos, o pintor Evaldo Menezes, 63; o sargento bombeiro militar Paulo Roberto de Oliveira, 55, e o operador de máquinas Dorival de Jesus, 53 anos, estavam com suas enxadas ajudando a equipe da prefeitura a espalhar a terra por cima dos tubos, emparelhando o solo. No verão, dizem eles, não havia quem aguentasse o mau cheiro. “A minha esposa, hoje falecida, tinha problemas de úlcera varicosa nas pernas e eu tinha dificuldade de carregá-la para o socorro. A ambulância do Samu tinha trabalho para passar com a maca”, recorda Evaldo. O morador comenta que foram feitos de três a quatro abaixo-assinados em anos anteriores, inclusive um informativo sobre o problema foi impresso. “Antes ficava só na promessa”, relata. Vilmar ressalta que a terra foi ajeitada para que não pese e quebre os canos, ligados diretamente aos tubos. “Agora sim, depois de anos de espera, o problema está resolvido e os resíduos do córrego, quando chover muito, não deverão extrapolar com a vazão e inundar o local, pois os tubos possuem diâmetro em conformidade”, pontua Vilmar. Injeção de recursos municipais O mesmo córrego possui curvas em seu trajeto e a Secretaria de Infraestrutura já sinalizou aos moradores que providenciará o serviço para tornar o curso das águas retilíneo. O canal de vazão será alargado. A prefeitura, através da dotação orçamentária da Secretaria de Infraestrutura, está investindo R$ 23.811,00 nos 134 tubos, totalizando R$ 39.883,00 se contabilizados com as aquisições das pedras britadas junto à Britaplan.