“Para nós mães, que temos de estar firmes 24 horas por dia, é uma ajuda e tanto.” - Dayane Correa Andrade | |||||||||
Amor, carinho e proximidade se elevarão durante o “Mãe me Quer”. (Fotos: Sandro Scheuermann) | |||||||||
Como uma ampliação do projeto da shantala, que consiste em uma massagem relaxante feita da mãe em seu bebê, ou pelo pai ou cuidador, foi idealizado, pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), vinculado à Diretoria de Atenção Básica, o projeto “Mãe me Quer” – “Slingar”, movimentar e tocar, composto pela própria shantala, alongamento e dança, utilizando um mecanismo mundialmente conhecido por seus benefícios à saúde da criança: o sling, palavra em inglês cuja tradução ao pé da letra seria “tipoia”, mas conhecida no Brasil como “canguru”, um carregador que compreende uma peça grande de tecido, envolta nos ombros e troncos da mulher, amarrada na barriga, onde seu filho será aconchegado, num contato mútuo e prazeroso para ambos. Este será um curso oferecido gratuitamente às mães, para as quais serão disponibilizados, ainda, materiais e apostilas. No “Mãe me Quer” também está inserido o ofurô para o pequenino. “As mães reivindicaram estas atividades alternativas porque retornam da gestação com tempo ocioso, sedentárias, sem retomada do peso anterior e até baixa autoestima, o que reflete na criança”, explica uma das implementadoras, a fisioterapeuta Dayane Vieira, reiterando que a prefeitura de Lages adquiriu, de São Paulo, 12 slings. O desenvolvimento e execução do projeto serão iniciados no dia 2 de dezembro, terça-feira, às 14h, na sede do Serviço Social da Indústria (Sesi), no bairro Gethal, espaço cedido para atender as mães em um local amplo. O curso é gratuito e aberto ao público dos demais bairros e loteamentos da cidade. O número de vagas é limitado. Os encontros acontecerão durante quatro terças-feiras consecutivas. As interessadas devem entrar em contato com a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Gethal ou pelo número 3225-1746 e inscrever-se antecipadamente. Modo de fazer divertido e amoroso O curso conta com os seguintes módulos: ensinamento da utilidade do “canguru” e realização de atividade física através de bolas suíças e com acomodação em colchonetes; shantala; banho relaxante de ofurô (baldes adequados para os bebês com idade entre 15 dias e dez meses, submersos em água com temperatura de 37 graus, em que é ensinado à mãe a altura e posições corretas, tempo suficiente e técnicas de relaxamento); dança de roda, numa proposta lúdica, a partir de músicas infantis; retomada dashantala e, finalmente, um piquenique. “Tudo isto envolvendo o contato corpo a corpo, fortalecendo o vínculo familiar entre mães e seu bebezinho. São momentos emocionantes que fazem toda a diferença. Além de paz, trazem qualidade de vida aos dois”, detalha a psicóloga Leiliane Goulart Raimundo, também implementadora. O ofurô, consecutivo à realização dashantala, pode oferecer duas horas a mais de sono para o bebê e, consequentemente, maior tempo de descanso à mãe, o que revigora suas energias e a pode deixar livre de irritabilidade, entre outros problemas. Em fevereiro o curso do “Mãe me Quer” começará para nova turma. “Este curso é pioneiro em Lages e na região. Nas políticas de saúde há um eixo denominado ‘práticas integrativas em Saúde’, em que está situado o nosso trabalho, focado não somente na técnica, mas no resgate da afetividade a amorosidade. Isto tem efeitos incríveis”, comemora Leiliane. Shantala e suas preciosidades A shantala já é um projeto consolidado desde maio deste ano, quando começou a ser executado em Lages. Até agora, 70 crianças foram beneficiadas, contemplando os bairros Gethal, São Carlos, Santa Helena (como incremento à puericultura, ciência médica que se dedica ao estudo dos cuidados com o ser humano em desenvolvimento), e Vila Mariza. O método, criado em 1976 pelo médico francês, Fréderick Leboyer, batalhador e defensor do parto humanizado. Consiste em sequências de movimento corporais feitos pela mãe na criança, deitada, nua ou seminua, com óleo apropriado e, entre suas vantagens, estão a redução de cólicas no bebê e de infecções respiratórias, melhoria do sono, diminuição de choro e irritabilidade, ativação da circulação sanguínea, melhoria da evacuação e aumento da imunidade, aspectos comprovados cientificamente e através dos questionários estruturados realizados pelas profissionais do Nasf1, Dayane e Leiliane. Nos questionários, 80% das mães relataram que a criança teve o sono melhorado e ficou mais calma. A massagem é ensinada gratuitamente e deve ter continuidade em casa, além das aulas, com duração entre 30 e 40 minutos, sendo aplicada em ambiente aquecido em cerca de 30 graus. “Lages apresenta preocupantes índices de mortalidade infantil. O projeto pode contribuir, porque quanto mais afetivo for o relacionamento, mais saudável será o desenvolvimento da criança e de quem cuida. Aspectos cognitivos, emocionais e até de amamentação são destacados e positivos”, pontua Leiliane. Poderão participar crianças com idade entre 15 dias (quando o umbigo esteja caído e já cicatrizado) e 12 meses. A shantala, com este nome, pode ser realizada até os seis anos de idade, após se chamará massagem. Respaldo estadual Em Florianópolis, nesta terça-feira (25) e quinta (27), as duas profissionais participaram do II Encontro Estadual do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), onde representaram a Serra, com dois projetos: Shantala e “Bem me Quero” (cuidando de quem cuida, para os funcionários da Saúde). Na manhã desta sexta-feira (28), as duas profissionais desenvolveram ashantala com mães e crianças do bairro Vila Mariza, onde foi iniciado na semana passada. Serão três encontros consecutivos, às sextas. Para outros bairros que solicitarem o treinamento, basta procurar o Nasf1, serviço da Secretaria da Saúde (3251-7600), mediante demanda. A mamãe Dayane Correa Andrade, tem 30 anos e trabalha como costureira. Sua filha Andriéle completou quatro meses nesta sexta-feira (28), e comemorou com a relaxante shantala. “Eu já fazia massagem nela porque tem muita cólica, para dormir bem e ficar mais calminha. Aqui aprendi a fazer direitinho. Dorme a noite inteira, praticamente. Ela chorava bastante durante o dia e agora está mais tranquila. Para nós mães, que temos de estar firmes 24 horas por dia, é uma ajuda e tanto”, conta Dayane, mãe de outra menina, de 11 anos. | |||||||||
sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Projeto estimula bebê e sua genitora a estarem mais perto um do outro
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