A fotógrafa Sian Davey, mãe da pequena Alice, passou a registrar os momentos da filha para se reaproximar da menina. Com muito carinho e sensibilidade, ela provou que o amor materno sempre falará mais alto
A psicoterapeuta e fotógrafa britânica Sian Davey é mãe. Mãe de Alice, uma encantadora menina com síndrome de Down que mudou completamente a vida de toda a família. Foi por meio de uma série fotográfica tocante que as duas puderam se reconectar, após o preconceito e as inseguranças maternas terem sido superadas.
No momento em que Sian viu a filha pela primeira vez, o seu mundo caiu. A primeira reação foi de desespero e rejeição por ter gerado um bebê que ela considerava como ‘imperfeito’. Com palavras honestas, a fotógrafa conta que a sua ansiedade, afastamento, impotência e o medo de fazer algo errado arruinaram incessantemente o seu relacionamento com a doce menina.
Em uma reflexão, ela percebeu que Alice estava sentindo a rejeição e isso causava uma enorme dor em todos. “Eu vi que a responsabilidade estava comigo; eu tive que escavar profundamente em meus próprios preconceitos e fazer brilhar uma luz sobre eles. O resultado foi que, com os medos dissolvidos, eu caí de amor pela minha filha”.
Para demonstrar que o amor materno venceu a guerra contra o preconceito social e os estereótipos delimitados pela sociedade, a fotógrafa decidiu se aproximar da filha por meio do projeto “Looking for Alice” (“Procurando por Alice”), um emocionante registro de fotos que retrata a conexão entre as duas
“Minha família é um microcosmo para as dinâmicas que ocorrem em muitas outras famílias. Nós não somos diferentes. Como psicoterapeuta, ouvi muitas histórias e é interessante que o que foi revelado a mim, depois de 15 anos de prática, não é como somos diferentes uns dos outros, mas sim como somos parecidos como pessoas”.
“É o que nós compartilhamos é o que realmente importa. As histórias variam, mas todos nós experimentamos emoções semelhantes. Somos todos vulneráveis a sentimentos de raiva, tristeza e depressão”.
Minha filha Alice, que nasceu com síndrome de Down, não é diferente de qualquer outro ser humano. Ela sente o que você e eu sentimos. No entanto, a nossa sociedade não reconhece isso e sua própria existência tem pouco ou nenhum valor”.
Fiquei profundamente chocada quando Alice nasceu como um bebê ‘imperfeito’. Não era o que eu esperava. Nossas primeiras experiências no hospital de nada adiantaram para acabar com essa ideia”.
“Examinando-a, o pediatra afastou suas pernas, empurrou os polegares com força contra sua virilha e, prontamente, anunciou que deveríamos levar Alice para casa e tratá-la como qualquer outro bebê”.
Mas ela não se sentia como qualquer outro bebê, e eu estava cheia de uma ansiedade que percorria todos os aspectos do meu relacionamento com ela. Minhas ansiedades penetraram meus sonhos”.
“Um dia, sonhei que Alice estava enrolada em um cobertor e eu tinha esquecido tudo sobre ela. Eu desembrulhei o pacote apertado para alimentá-la e descobri que ela estava coberta por um líquido branco – um fluído de negligência. E, ainda assim, eu era incapaz de alimentá-la e incapaz de responder às suas necessidades básicas”.
Refletindo, eu percebi que Alice estava sentindo minha rejeição em relação a ela e isso me causou mais dor. Eu vi que a responsabilidade estava comigo; eu tive que escavar profundamente em meus próprios preconceitos e fazer brilhar uma luz sobre eles. O resultado foi que, com os medos dissolvidos, eu caí de amor pela minha filha. Nós todos”.
“Eu me pergunto como Alice poderá um dia ser valorizada, sem distinção, sem exceção e sem uma ‘segunda olhada’”.
“Esse projeto é para ela, para Alice”.
Minha filha Alice, que nasceu com síndrome de Down, não é diferente de qualquer outro ser humano. Ela sente o que você e eu sentimos. No entanto, a nossa sociedade não reconhece isso e sua própria existência tem pouco ou nenhum valor”.
Fiquei profundamente chocada quando Alice nasceu como um bebê ‘imperfeito’. Não era o que eu esperava. Nossas primeiras experiências no hospital de nada adiantaram para acabar com essa ideia”.
“Examinando-a, o pediatra afastou suas pernas, empurrou os polegares com força contra sua virilha e, prontamente, anunciou que deveríamos levar Alice para casa e tratá-la como qualquer outro bebê”.
Mas ela não se sentia como qualquer outro bebê, e eu estava cheia de uma ansiedade que percorria todos os aspectos do meu relacionamento com ela. Minhas ansiedades penetraram meus sonhos”.
“Um dia, sonhei que Alice estava enrolada em um cobertor e eu tinha esquecido tudo sobre ela. Eu desembrulhei o pacote apertado para alimentá-la e descobri que ela estava coberta por um líquido branco – um fluído de negligência. E, ainda assim, eu era incapaz de alimentá-la e incapaz de responder às suas necessidades básicas”.
Refletindo, eu percebi que Alice estava sentindo minha rejeição em relação a ela e isso me causou mais dor. Eu vi que a responsabilidade estava comigo; eu tive que escavar profundamente em meus próprios preconceitos e fazer brilhar uma luz sobre eles. O resultado foi que, com os medos dissolvidos, eu caí de amor pela minha filha. Nós todos”.
“Eu me pergunto como Alice poderá um dia ser valorizada, sem distinção, sem exceção e sem uma ‘segunda olhada’”.
“Esse projeto é para ela, para Alice”.
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