Foto: Paulo Cesar Santos/SDC-SC
Essa quarta-feira, 02, será um marco histórico para Sana Catarina. O Radar Meteorológico do Estado vai enviar para o Centro de Monitoramento, em Florianópolis, a primeira imagem gerada pelo equipamento. A próxima etapa será composta por calibrações, ajustes de configuração e testes do equipamento em funcionamento. A previsão é que este procedimento dure cerca de 30 dias. Depois disso, um treinamento em operação e manutenção do radar será realizado para os técnicos que vão operar o Radar Meteorológico. Isso deve levar em torno de 15 dias. A última fase será a operação assistida, onde técnicos da empresa fabricante acompanhará o manuseio e operação do radar, por parte dos técnicos de Santa Catarina.
Hoje, três radares operam em território Catarinense. No entanto, o Radar Meteorológico instalado em Lontras no Alto Vale do Itajaí, é o primeiro equipamento destinado exclusivamente para previsão do tempo. O radar é considerado o mais moderno da atualidade, no Brasil. É uma ferramenta essencial para previsão do tempo em curto prazo (nowcast). O equipamento será responsável pela geração de avisos meteorológicos e alertas. Será um ganho a população de Santa Catarina na antecipação de tempestades.
O radar poderá detectar tempestades severas a mais de 400 km de distância e num raio de até 200 km poderá quantificar as taxas e os tipos de precipitação, como chuva, neve ou granizo. Além disso deve apontar a velocidade e direção dos ventos. A tecnologia desse equipamento permite análises em 360º, o que dá maior confiança nas leituras que o radar captar. Serão pelo menos 191 municípios de Santa Catarina com cobertura de sinal do radar. Isso representa 77% do território Catarinense.
O radar meteorológico é uma ferramenta essencial para a previsão de curtíssimo prazo (nowcast), geração de avisos meteorológicos e alertas. Aliado com estações meteorológicas de superfície, estações de detecção de descargas elétricas, sondagens, modelos meteorológicos e imagens de satélite proporcionará um ganho significativo na detecção e antecipação de tempestades. As informações geradas pelo radar não vão evitar desastres naturais. No entanto, serão fundamentais para Estado e Municípios ampliarem ações que devem minimizar os efeitos na comunidade.
A aquisição do Radar Meteorológico de Santa Catarina custou aos Cofres Públicos, cerca de R$ 10 milhões. Os recursos são provenientes do Fundo Estadual da Defesa Civil – Fundec.
Local de instalação.
Antes de definir o terreno, em Lontras, uma equipe da Defesa Civil de Santa Catarina, acompanhada de técnicos da Epgari/Ciram e do Sistema Meteorológico do Paraná - Simepar, visitaram três pontos do Estado. Avaliaram um terreno em Santa Cecília, no Planalto Catarinense, Os Três Picos, na Serra Taboão, em Rio do Sul e o terceiro ponto e escolhido como melhor terreno, na Serra entre Lontras e Presidente Nereu, no Alto Vale do Itajaí.
A definição só foi possível, após avaliação de vários fatores, propostos por um estudo viabilizado pelo Simepar. O documento analisou os sistemas de meteorologia e topografia do terreno. O local está a 900 metros de altitude.
Modelo:
É um radar banda S de última geração, doppler, com dupla polarização e transmissor klystron. O equipamento é fabricado pela empresa norte-americana Enterprise Eletronic Corporation, do Alabama.
Sistema de Monitoramento e Alerta:
As ações para o completo desenvolvimento do sistema de monitoramento e alerta dependem da aquisição deste equipamento, investimentos paralelos como a modelagem hidrológica das bacias hidrográficas possibilitarão definir os níveis dos cursos d’água e o tempo de resposta dessas bacias após intensas precipitações. Desta forma, permitirão às defesas civis estabelecerem a área afetada, as famílias a serem removidas e por quanto tempo devem permanece fora de suas residências.
A integração, ampliação e fortalecimento da rede de monitoramento hidrometeorológico (estações meteorológicas, pluviômetros e sensores de nível dos rios), a aquisição de sistema de inteligência para o monitoramento e alerta, a construção de um Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres e a integração do sistema de alerta com os planos de contigência municipais serão fundamentais para a estruturação do Sistema de Alerta compatível com as demandas e desafios de proteção e defesa civil de Santa Catarina.
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