“É um sonho que se realizou. Jamais pensei que iria ganhar uma casa assim, inteira. Não tinha mais como continuar naquela outra.” Maria Aparecida da Silva Aguiar
A antiga casa de Maria Aparecida tinha pelo menos 40 anos. Estava enterrada no solo, abaixo do nível do asfalto, numa área de enchente (Foto: Sandro Scheuermann)
A dona de casa Maria Aparecida da Silva Aguiar, 62 anos, está transferindo seus pertences a partir desta quarta-feira (30) para a nova casa que recebeu, gratuitamente, da Secretaria de Habitação. Ela faz parte de uma das quatro famílias realocadas das áreas de abrangência das obras de revitalização da rua Cirilo Vieira Ramos, em frente ao Clube Caça e Tiro 1º de Julho, no bairro Habitação.
Enquanto aguarda, está alojada na casa do ex-marido José Castanheiro, atrás da nova residência. “O impacto da mudança foi mínimo, pois as moradias antigas apenas foram recuadas para trás de onde já estavam, livrando o espaço para as obras. Por outro lado, outros problemas foram eliminados, ou seja, o risco de alagamentos e a precariedade das residências, ameaçando a integridade física das famílias, já que estavam com a estrutura comprometida por causa do tempo de edificação”, explica o diretor de Habitação, Aldori Freitas.
A antiga casa de Maria Aparecida devia ter 40 anos. “Estava enterrada no solo, abaixo do nível do asfalto, numa área de enchente; fizemos um aterro de 1,5 metro e foi erguida com cepos de 70 centímetros. Mesmo que não houvesse as obras, teríamos de realocá-la por necessidade extrema”, revela. Foram doados os materiais de construção, além de telhas, materiais para instalação elétrica e mão de obra. Janelas de ferro e porta são doações de voluntários.
Por orientação do secretário de Habitação, Ivan Magaldi Junior, a equipe solicita às famílias que pintem a parte externa das casas doadas para que o tempo de conservação se expanda com a impermeabilização e defesa contra a chuva, que vai embolorando as paredes, e do sol, conforme Aldori Freitas.
Uma casa maior
Maria Aparecida mora na Cirilo Vieira Ramos, na esquina com a rua Erva-Mate. Construída um pouco maior do que o tamanho padrão entregue pela prefeitura (30 metros quadrados), foi respeitado o espaço da casa anterior (cozinha e sala conjugadas, dois quartos e banheiro de alvenaria completo, com todas as peças). Ela se emocionou ao lembrar da dificuldade de sobreviver sem renda fixa (não está aposentada ainda, assim como o ex-marido).
Ela recebe ajuda também de outros segmentos municipais, a exemplo das cestas básicas que busca no Centro de Referência em Assistência Social (Cras) a cada três meses. “Minha casa estava caindo, com goteiras, assoalho quebrando, piso se desfazendo, banheiro ‘deitando’. Ganhar esta nova moradia é um sonho que se realizou. Jamais pensei que iria ter uma casa assim, inteira. Não tinha mais como continuar naquela outra”, desabafa. Quem desejar ajudar Maria Aparecida com algum tipo de doação poderá ligar para (49) 3224-8622 e falar com Aldori.
Data: 30/04/2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário