“É lastimável a situação da casa. Na eventualidade de uma forte chuva e ventos, algo mais sério pode acontecer e todos eles estão impotentes se precisarem se deslocar; não têm como e nem para onde irem.” Aldori Freitas
Será analisado o mapa da cidade para averiguar a regularização da área ocupada pela família (Foto: Cao Ghiorzi)
Depois de a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) ter declarado a residência da família da aposentada Ana Paula Tomás em situação de alto risco, através de laudo, e após minuciosa vistoria, a equipe da Prefeitura de Lages esteve na rua Alberto dos Santos, no Santa Helena. A matriarca tem 89 anos e ocupa a casa junto ao marido José Maria de Lima, 97 anos, cadeirante, e os filhos José Maria de Lima, 55, e Gumercindo de Lima, 56, que utiliza bengala devido a uma fratura no fêmur e implantação de placas de platina. Os irmãos incrementam a renda familiar montando e vendendo prendedores de roupa, contabilizando R$ 40,00 mensais.
Representando o secretário de Habitação, Ivan Magaldi Junior, um dos diretores da pasta, Aldori Freitas, conheceu a família na quinta-feira (10), levando notícias sobre auxílio-habitacional, depois de acionado pelo presidente da associação de moradores, Nelson Bassuli. “É lastimável a situação da casa. Na eventualidade de uma forte chuva e ventos, algo mais sério pode acontecer e todos eles estão impotentes se precisarem se deslocar; não têm como e nem para onde irem”, constata.
A casa fica muito abaixo da rua, bem perto de um barranco. “Estamos aqui para ajudá-los”, conta Aldori. As tábuas de madeira que compõem o assoalho da antiga moradia estão apodrecidas, rebaixando o chão em diferentes cômodos, assim como a cobertura desestabilizada e as paredes que estão com as tábuas em fase de afastamento.
Casa antiga
A situação da casa compromete a integridade física dos seus moradores, que já se encontram com idade avançada e saúde debilitada. Ao todo, o casal tem seis filhos, sendo que uma delas, Terezinha Aparecida de Jesus, mora próximo, auxiliando o restante de sua família. “Eu já tenho cadastro na Secretaria de Habitação há dois anos; faz muito tempo que estamos nesta situação”, lamenta Ana Paula. Ela se refere ao pedido em relação à casa onde mora há 28 anos – a construção existe a cerca de 40 anos.
Suspeita de irregularidade
Será analisado o mapa da cidade para averiguar a regularização da área ocupada pela família. “Queremos saber se não está em área verde, o que impossibilita a reforma ou construção nova no mesmo local por se tratar de espaço irregular, em que não se pode haver escrituração e registros. Caso haja apontamento de proibição, uma alternativa será encaminhá-los ao aluguel social até que se equacione o problema. Resumindo, eles não ficarão desassistidos”, adianta Aldori Freitas.
Data: 15/04/2014
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