“A municipalidade apoiará o evento e defende a causa, pois é preciso cuidar das crianças e dos jovens.” Elizeu Mattos
A instituição atua na prevenção de problemas sociais originados ou acarretados pela ausência da relação afetiva entre pais e filhos (Foto: Sandro Scheuermann)
No mês de comemoração à padroeira de Lages (15 de agosto), o Instituto Paternidade Responsável promoverá o Mutirão de Reconhecimento da Paternidade para reduzir a demanda da falta de nomes e sobrenomes do genitor nas certidões de nascimento. Para isso está sendo firmada parceria com a Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac), com apoio da Prefeitura de Lages. O evento, que acontecerá no dia 20 de agosto, com local a ser definido, foi anunciado durante a assinatura do convênio que contempla o Instituto com R$ 50 mil, na manhã desta terça-feira (29), pelo prefeito Elizeu Mattos.
O Paternidade atua na prevenção de problemas sociais originados ou acarretados pela ausência da relação afetiva entre pais e filhos. “A municipalidade apoiará o evento e defende a causa, pois é preciso cuidar das crianças e dos jovens”, analisa. Nos casos em que não acontece o reconhecimento espontâneo da paternidade, o Poder Judiciário é acionado e o exame de DNA se faz necessário, sendo realizado, gratuitamente, no Laboratório de Análises Genéticas da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) em Lages.
Laboratório atinge mais de dez mil exames
Inaugurado há sete anos, o Laboratório de Análises Genéticas do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Udesc, em Lages, ultrapassou dez mil laudos de testes de paternidade no final de 2013, nos casos quando se faz necessário acionar a Justiça. Esta é a única instituição pública que realiza esse tipo de análise em Santa Catarina e atende as 153 comarcas estaduais.
A instalação foi resultado de um convênio entre diversos órgãos, incluindo a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional (SDR). “Quando eu estava à frente da SDR (de 2003 a 2006) iniciou a discussão da necessidade de um laboratório de análises de DNA em Lages, pois os resultados iam para fora (Cascavel, no Paraná) e demoravam muito para virem, aumentando ainda mais o desgaste e a ansiedade das famílias”, recorda Elizeu.
O juiz da Vara da Fazenda e idealizador do Instituto, Silvio Dagoberto Orsatto, lembra que em 1996 os primeiros exames no Brasil custavam, cada um, o equivalente a um automóvel popular da época. Antes, processos de paternidade, que demoravam até dez anos para serem resolvidos, agora levam cerca de seis meses para terem seus desfechos. “O laboratório tornou Lages referência na realização de exames com gratuidade em processos judiciais”, finaliza.
Data: 29/04/2014
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