“Já estou trabalhando em salão, é um ganho a mais que eu tenho. Mais adiante eu quero abrir um centro de estética. Antes eu ‘era’ serviços gerais. O curso desperta a gente.” Ana Paula Macedo
No curso de cabeleireira elas aprendem a lavagem, escovação, hidratação, penteados e cortes de cabelos. No de manicure o foco é a higiene das unhas e da mão, fortificação, lixamento, mas há decoração também (Foto: Nilton Wolff)
Em comunhão com os preceitos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, de instigar as habilidades das populações nos bairros, atribuindo autonomia e atitudes inovadoras, o Centro de Referência em Assistência Social (Cras V), do bairro Santa Mônica, está comprovando o êxito de seus cursos de qualificação disponibilizados sem custo à comunidade. Nesta terça-feira (25) foi encerrado o curso básico de manicure e pedicure com 15 participantes.
Já nesta quarta será finalizada a qualificação de cabeleireira para 25 alunas. “Com duração de quatro meses, a ideia é oferecer noções básicas da prática destas profissões, pois as alunas poderão buscar se aprofundar e investir fortemente em suas carreiras ‘lá fora’. Todas as nossas alunas já trabalham na área e são apaixonadas pelo que fazem. Tem, inclusive, as que já são donas de salões de beleza”, conta a monitora Seomara Polleza.
De acordo com a coordenadora do Cras, Emilyn Mendes Rosa, já existem 30 pessoas em espera por novas turmas de ambos os cursos. “Reformulamos alguns pontos no Cras. A prioridade para as aulas será dos beneficiados pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), ou seja, adolescentes da faixa entre 15 e 17 anos que terão aulas práticas e os pequenos, dos 6 aos 14, noções de cuidados e higiene pessoal, assuntos que estão conectados aos cursos. Mas a comunidade será assistida. Formaremos duas turmas, com curso de cabeleireiro na terça pela manhã, e manicure e pedicure à tarde, no mesmo dia”, explica.
Oportunidades de vida
No curso de cabeleireira elas aprendem a lavagem, escovação, hidratação, penteados e cortes de cabelos. No de manicure o foco é a higiene das unhas e da mão, fortificação, lixamento, mas há decoração também. Janaína Tomacheski Antunes tem 24 anos e transformou o que era hobby em profissão. “Tenho um salão no bairro São Paulo há cerca de três meses. Comecei o curso, me identifiquei e abri o salão”, detalha. “O curso é muito bom, ensina o que a gente precisa saber para correr atrás de mais conhecimento”, enfatiza.
Ana Paula Macedo, 24 anos, fez o curso de manicure. “Já estou trabalhando em salão, é um ganho a mais que eu tenho. Mais adiante eu quero abrir um centro de estética. Estou estudando porque quero me tornar podóloga. Estudo nos livros. Antes eu ‘era’ serviços gerais. O curso desperta a gente”, avalia. Norma da Luz dos Santos Paim, 29 anos, é manicure, pedicure e cabeleireira. “Destas, o que mais faço é cuidar das unhas. Comecei há uns seis meses”, diz a moradora do Bela Vista. “O curso fez diferença pra mim”, conclui.
Data: 26/02/
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