sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA


O que nos reserva para o século XXI
Autores diferenciam os primeiros períodos da humanidade a partir das mudanças nas características centrais do modo de produção dominante e nos grandes ciclos econômicos. Nesse período, possuir grande quantidade de terra era um indicador fundamental de riqueza e de poder de uns homens sobre os outros.
O segundo momento da humanidade com relação ao modo de produção inicia-se com a Revolução Industrial, que teve na maquina a vapor dos irmãos Watt, na segunda metade do século XVIII, seu marco inicial, e desenvolvimento surpreendente a partir dos séculos XIX, com o descobrimento das leis. O capital, assim como o lucro que gera a partir da mais valia obtida com a compra do trabalho dos operários, é o fator principal da produção.
O terceiro momento da humanidade relativo ao modo de produção inicia-se na segunda metade do século XX, com base sobretudo nas mudanças profundas e constantes que ocorrem na tecnologia e nos meios de comunicação. As informações acumulam-se e se modificam de maneira rápida e constante, exigindo de um trabalhador reciclagem contínua e domínio de conhecimentos tanto específicos quantos gerais. Tendo em vista a facilidade de comunicação, outra característica desse modo de produção que começa a se delinear é a de que em muitos casos o local de trabalho não necessita ser o mesmo para todos os empregados de uma empresa. O gráfico mostrado a seguir, de Richard Oliver (1999, p. 16) sistematiza esses três períodos da humanidade com relação ao modo de produção dominante.
A concepção das novas atribuições da educação, e conseqüentemente, da função social da escola tem sido bastante debatida. Nos anos 90, por exemplo, a Unesco (órgão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) instituiu a Comissão Internacional sobre a Educação para o Século XXI, que veio a produzir um relatório no qual a educação é concebida a partir de princípios que constituem os quatro pilares da educação:
  • Aprender a conhecer: significa não tento a aquisição de um vasto repertório de saberes, mas o domínio dos próprios instrumentos de conhecimento. Supõe aprender a aprender, exercitando os processos e habilidades cognitivas: atenção, memória e o pensamento mais complexo (comparação, análises, argumentação, avaliação, crítica).
  • Aprender a fazer: exprime a aquisição na o somente de uma qualificação profissional, mas de competências que tornem a pessoa apta a enfrentar
  • Aprender a conhecer: significa não tanto a aquisição de um vasto repertório de saberes, mas o domínio dos próprios instrumentos do conhecimento. Supõe aprender a aprender, exercitando os processos e habilidades cognitivas: atenção, memória e o pensamento mais complexo (comparação, análise, argumentação, avaliação, crítica).
  • Aprender a fazer: exprime a aquisição não somente não somente de uma qualificação profissional, mas de competência que tornem a pessoa apta a enfrentar variadas situações e trabalhar em equipe. Aprender a fazer envolve, assim, o âmbito das diferentes experiências sociais e de trabalho.
  • Aprender a conviver: que dizer tanto a direção da descoberta progressiva do outro e da interdependência quanto a participação em projetos comuns.
  • Aprender a ser: significa contribuir para o desenvolvimento total da pessoa: espírito e corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade pessoal, capacidade para se comunicar, espiritualidade. Significa também a pessoa aprender a elaborar pensamentos autônomos e críticos e formular seus próprios juízos de valor, não negligenciando nenhuma de suas potencialidades individuais.
A educação assim concebida indica uma função da escola voltada para a realização plena do ser humano, alcançada pela convivência e pela ação concreta, qualificados pelo conhecimento. Historicamente, as escolas se preocuparam mais em desenvolver as duas primeiras aprendizagens (aprender a conhecer e aprender a fazer); há que se construir uma escola. Essa construção demanda uma travessia que geralmente se inicia pela passagem do âmbito dos princípios para o de um projeto pedagógico, e deste para a praticas e ações dos educadores. E essa travessia pressupõe uma reflexão de todos os envolvidos sobre todas as decisões que dão forma a uma escola, desde as relativas ao currículo, passando pelas relacionadas à aula e às metodologias, até as que se referem à gestão escolar.
Tendo em vista as mudanças profundas que ocorrem no âmbito da civilização lembradas e entendendo o currículo como uma trajetória de formação dos alunos, cuidado especial deve ser dado à definição dos conteúdos escolares. Eles constituem peça importante para ser colocada sobre os pilares de sustentação acima descritos. Nenhum currículo pode fixar-se por muito tempo. Deve haver um repensar constante sobre sua contemporaneidade, ou seja, sua atualidade e sua adequação ao que está acontecendo no mundo real. Os alunos precisam de conhecimentos que lhes sirvam para melhor entender a sociedade global e melhor conviver e agir em sua comunidade e no seu trabalho.
É chegado o momento de encerrarmos a nossa conversa. Esperamos que você tenha apreciado fazer esta jornada conosco. Refletimos sobre tantas coisas que não é simples, ao final, resumir em poucas palavras o caminho percorrido.
Começamos por estudar Escola e Mundo Contemporâneo. Nessa Unidade, debruçamo-nos sobre a função social da escola, analisando seu papel na transmissão de conhecimentos, no desenvolvimento pleno da pessoa humana e na formação para a cidadania. Vimos que nenhuma outra instituição ocupa este lugar na sociedade. Atentamos também para a função social que a escola tem exercido no Brasil, observando que no passado a escola atendia uma clientela reduzida. Pouco a pouco, essa tendência vai se modificando e há uma gradativa expansão da escolaridade obrigatória para todos as crianças. Ainda assim, muitos problemas permanecem. Analisamos também o papel reservado à educação na Constituição de 1988 e na legislação educacional.
Discutimos sobre a Escola e Sociedade do Conhecimento, concentrando-nos nas principais características da educação na sociedade do conhecimento. Vimos que na era da informação a escola é chamada a oferecer respostas a novas exigências de educação: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a conviver e aprender a ser. Tudo isso requer da escola novas bases de convivência com as tecnologias da informação, e em particular com o computador.
Procuramos refletir sobre Escola e Democracia, mostrando a íntima relação entre ambos. Destacamos a importância da democracia como valor e como processo. Ao mesmo tempo, apontamos pistas para diferenciar uma cosia da outra. Observamos a presença dos princípios democráticos na Constituição e na LDB, indicando a articulação entre a escola e a gestão democrática.
Refletindo sobre Escola e Comunidade, caracterizamos a escola como um espaço social onde todos aprendem, observando o quanto a articulação entre uma e outra contribui para uma gestão bem-sucedida e para o sucesso de todas as crianças. Buscamos também identificar os problemas que podem dificultar a relação entre escola e comunidade, apontando mecanismos e estratégias de integração.
Finalmente, discutimos Escola e Cultura, apontando a relação recíproca entre valores culturais da comunidade e da cultura escolar. Procuramos ainda explicar a escola como pólo cultural e de desenvolvimento da comunidade.

CRONOGRAMA
O tema do projeto proposto, a ação do pedagogo mediante os projetos de trabalho, na formação de professores e práticas pedagógicas no mundo globalizado e contemporâneo, será estudado de acordo com a proposta abaixo relacionada.
AtividadesJulhoAgostoSetembro
1. Procura de bibliografias a cerca do temaX
2. Leitura e estudo das bibliográficasX
3. Elaboração/revisão e digitação do projetoX
4. Entrega do projetoX

CUSTOS
Pesquisa Bibliográfica (xerox)R$ 18,00
Impressão (digitação)R$ 15,00
EncadernaçãoR$ 2,00
CorreioR$ 30,50
TotalR$ 65,50

BIBLIOGRAFIA
AUSUBEL, D. Educational Psychology: a cognitive view. Nova York: Holt, Rinehart & Winston, 1968.
BRASIL, Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 4.024/61.
BRASIL. MEC. Gestão escolar e formação de gestores. In: Em Aberto, nº 72, vol. 17. Brasileira:INEP, jun. 2000.
BRASIL. MEC. SEF. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CASTELLES, M. A África na era da Internet. Folha de S. Paulo, Mais! 20. ago. 2000.
DEWEY, J. Democracia e Educação. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1959.
DRUMOND DE ANDRADE, C. Mãos dadas. In: Sentimento do Mundo: poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1977.
FERREIRO, E. A revolução da informática e os processos de leitura/escrita. In: Pátio – Revista Pedagógica. Ano 3, nº 9. p. 59-63, maio./jul. 1999.
FORQUIN, J. C. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar, Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 35. ed. São Paulo: Cortez, 1997.
GIROUX, Henry. Escola crítica e política cultural, 3. ed. São Paulo: Cortez, 1992.
HERNÁNDEZ, Fernando, VENTURA, Monsteserrat. A organização do currículo por projetos de trabalho, 5. ed. Porto Alegre: Arimed, 1998.
ITT, Diários Projeto de Trabalho. 1. ed. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação a Distancia, 1998, 96 p.
ITT, Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas Transversais, 1. d. Brasília: Ministério da Educação e do Desporto, 1998, p. 436.
LEVY, P. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e competitividade: desafios educacionais do terceiro milênio, 5. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
REVISTA PEGAGÓGICA, Belo Horizonte: Lancer, v. 1. m. 1., Jan/fev 1983
REVISTA PRESENÇA PEDAGÓGICA , Belo Horizonte: Dimensão. V. 4. m. 3, mar./abr. 1998.
ROMANELLI, O. História da Educação (1930-1973). 23 ed. Petrópolis: Vozes, 1995.
SACRISTÁN, Gimeno. O que é uma escola para a democracia? In: Pátio – Revista Pedagógica. Comunidade e escola – a integração necessária, ano e, nº 10, p. 57-63. Porto Alegre: Artes Médicas, ago./out. 1999.

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