24/09/2013 12h45 - Atualizado em 24/09/2013 12h45
Desde sexta (20), 73 cidades catarinenses foram atingidas por chuva forte.
Ponto de atenção é Itajaí, onde alta de maré pode causar alagamentos.
Comerciantes em Rio do Sul iniciam limpeza da cidade (Foto: Sergio Guimarães/RBS TV)
Desde sexta-feira (20), 73 cidades catarinenses foram atingidas por chuva forte, alagamentos e enchente. Com a trégua da chuva, os moradores e comerciantes das cidades começam a calcular os prejuízos. As cidades Agronômica, Agrolândia, Laurentino, Lontras, Presidente Getúlio e Rio do Sul assinaram decreto pedindo estado de calamidade pública.
Gado ficou ilhado em propriedade de Itajaí
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Um dos pontos de atenção nesta terça-feira (24) é Itajaí. Por causa da maré alta, pode haver novos alagamentos. Na cidade, cerca de 150 pessoas continuam desabrigadas. No interior do município, o gado de um dos criadores ficou acomodado na lama. Sem poder pastar, alguns comiam soja, mas o produto foi rejeitado por alguns deles. "Eu não sei o que vai acontecer, porque se ficar mais uns 10 dias assim, os que não comem morrem", diz o criador Arão Amorim.(Foto: Reprodução/RBS TV)
Por causa da correnteza, o canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes foi fechado, causando prejuízos para o setor, já que 15 navios deixaram de atracar. "O despachante aduaneiro é um trabalhador autônomo. Não havendo prestação de serviço, não há remuneração", explica Marcelo Petrelli, presidente do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros.
Em Rio do Sul, morador do bairro Canoas
atravessa rua de barco (Foto: Reprodução/RBS TV)
Em Rio do Sul, umas das cidades mais atingidas, algumas ruas do bairro Canoas permaneciam alagadas na manhã desta terça e o nível do rio Itajaí-Açu marcava 9,77m. Alguns moradores transitavam de barco nas ruas. Cerca de mil pessoas continuam em abrigos e 5 mil estão desalojadas.atravessa rua de barco (Foto: Reprodução/RBS TV)
Em Presidente Getúlio, diversos prédios foram invadidos pela água, inclusive o Fórum da cidade. "Grande parte do Centro foi atingido, estamos fazendo os levantamentos para ver o estado do município", explica Hélio Devigilli, secretário da administração de Presidente Getúlio.
Teresa da Silva e o marido, moradores de Lontras, a 70 km de Blumenau estão desde sexta-feira morando em um caminhão. "Meu marido pegou o caminhão do patrão dele. O chefe disse que enquanto tiver água nós podemos ficar no caminhão, uma mão lava a outra", diz.
Casal mora em caminhão para evitar enchente
(Foto: Reprodução/RBS TV)
No Norte, em Mafra, pelo menos 50 famílias estão em casas de parentes e amigos. O Rio da Lança transbordou. Em Rio Negrinho, lojas e casas foram alagadas. A população trabalha na limpeza das ruas e do comércio. "A estrutura da loja foi comprometida, há perdas por causa da falta de vendas e estou emocionalmente abalada", conta a comerciante Margareth Vicente Ribeiro.(Foto: Reprodução/RBS TV)
Em Blumenau, o Rio Itajaí-Açu chegou a ultrapassar os 10,50m e diversas regiões da cidade foram alagadas. Zenita Rosa da Silva está no abrigo desde domingo (22). "Começou a encher o rio atrás da nossa casa e fomos avisados que era para saírmos, senão íamos ficar preso no meio da água", explica.
Segundo o secretário de desenvolvimento social de Blumenau, Marco Antônio Wanrowski, há na cidade 125 abrigados nesta terça-feira (24). "Dos cinco abrigos, três devem ser desativados até a tarde desta terça. Dois abrigos, que estão com pessoas que tiveram perdas maiores, e não podem voltar para casa, devem funcionar por mais alguns dias", explica o secretário.
Chuva destruiu casas em Caçador, no Oeste
(Foto: Reprodução/RBS TV)
Em Lages, na Serra, cerca de 70 pessoas estão em abrigos. Mais de 100 casas foram atingidas pela chuva e 20 delas foram interditadas. Os locais mais atingidos são Passos dos Fernandes e Coxilha Rica. "A proposta é retirar as famílias dos locais de risco e pagar o aluguel social para elas", explica o secretário de habitação Ivan Magaldi.(Foto: Reprodução/RBS TV)
No Oeste, em Caçador, a Prefeitura decretou situação de emergência. A casa de Claudia Aparecida Moraes foi destruída pela chuva. "Era pra estourar o rio, e nós, com medo, com um monte de crianças pequenas, tivemos que deixar a casa", diz. Na cidade, 150 casas foram atingidads e 300 pessoas ficaram desalojadas. "O município está atento para a retirada destas pessoas", diz o prefeito Beto Comazzetto.
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