“Daqui dois anos eu ‘tiro’ carteira de habilitação. Já tenho algumas noções de direção e estou me preparando para ser um bom motorista, zelar pela minha e pela vida dos outros.” Leandro Carvalho
Diretran monta minicircuito para demonstrar que o cotidiano do trânsito se traduz na integralidade de praticamente um único ingrediente: a atenção (Fotos: Toninho Vieira)
Bicicletas imitavam automóveis e crianças simulavam motoristas e pedestres na correria do dia a dia da cidade grande em um minicircuito montado pela Diretoria de Trânsito (Diretran) na quadra de esportes do parque Jonas Ramos (Tanque) na manhã desta terça-feira (24). Da atividade na Semana do Trânsito participaram crianças entre 7 e 12 anos, e adolescentes entre 13 e 17, do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) desenvolvido no Centro de Referência em Assistência Social (Cras IV) do bairro Tributo.
Eles vivenciarem os alertas e a disciplina para que tenham ciência, desde cedo, de que um veículo pode ser uma arma e tem de ser utilizado com toda a atenção e sangue frio, de acordo com a orientadora social Angela Melegari, lembrando os veículos acidentados, com perda total, expostos em rótulas pela cidade. No Centro de Assistência há 57 crianças e adolescentes participantes de atividades ligadas à cidadania, com temas transversais sobre meio ambiente, Dia da Árvore, higiene, educação, mercado de trabalho, cultura. “Pela primeira vez estamos atendendo essa faixa etária menor no SCFV, faz um mês”, comenta.
Frota elevada desperta maior atenção
A escolinha está sendo disponibilizada para ensinar alunos de escolas municipais, estaduais e particulares. “É uma rua improvisada, com bicicletas, semáforos, placas de sinalização, como se fosse tráfego de verdade. Eles aprendem a travessia na faixa de pedestre, significado das cores nos semáforos, estacionamento correto, infrações, multas, velocidade, placas verticais e horizontais, policiamento, direção defensiva”, lista a coordenadora de agentes, Claudia Silva, ao analisar que a alta frota na cidade (cerca de 90 mil veículos) tem provocado atenção maior dos motoristas e transeuntes, enfaticamente nos horários de pico: início e término da manhã, e início e fim de tarde, além do horário de conclusão das aulas nas universidades: 22h.
Mas a identificação das placas ainda gera dúvidas. “A campanha dá um choque de realidade, principalmente com a exposição dos veículos batidos, destruídos, em algumas rótulas, por motivos diversos: imprudência, fatalidade, visão deficiente, má conservação de carros, uso de bebida alcoólica, sonolência. Nossas crianças e jovens estão absorvendo as noções, pois eles estarão no comando a partir já dos 18 anos”, prevê.
Leandro sofreu os efeitos do perigo dentro de casa
Rodrigo Tristão de Carvalho é professor do Programa Mais Educação, do qual fazem parte 60 alunos frequentes do 2º ao 9º ano da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Frei Bernardino, no bairro Frei Rogério, que também estiveram na mesma dinâmica. “Alguns dos agentes mirins de trânsito (12) estiveram em palestras sobre o trânsito, ministradas pelos agentes adultos. Hoje vieram vivenciar o que ouviram, dentro de um contexto de que precisamos reciclar a consciência dos motoristas não só de Lages, mas de todo o país. Nas ruas ou nas rodovias, todos têm o mesmo direito e deveres, independentemente do carro que estão guiando”, acredita Rodrigo.
O jovem Leandro Carvalho, 16 anos, morador do bairro Tributo, presenciou os efeitos dos riscos no trânsito no próprio lar. “Meu pai sofreu acidente uns dois anos atrás na BR-282, perto do viaduto, no perímetro urbano. Minha irmã, no banco de trás, acabou se machucando. Estava de carro com minha mãe. Um carro de viagem bateu neles. Foram seis veículos envolvidos. Tudo que aprendi aqui vai refletir no futuro. Daqui dois anos eu ‘tiro’ carteira de habilitação. Já tenho algumas noções de direção e estou me preparando para ser um bom motorista, zelar pela minha e pela vida dos outros. Chega de tanta gente morrendo, se mutilando e se ferindo nas cidades e estradas”, avalia.
Eles vivenciarem os alertas e a disciplina para que tenham ciência, desde cedo, de que um veículo pode ser uma arma e tem de ser utilizado com toda a atenção e sangue frio, de acordo com a orientadora social Angela Melegari, lembrando os veículos acidentados, com perda total, expostos em rótulas pela cidade. No Centro de Assistência há 57 crianças e adolescentes participantes de atividades ligadas à cidadania, com temas transversais sobre meio ambiente, Dia da Árvore, higiene, educação, mercado de trabalho, cultura. “Pela primeira vez estamos atendendo essa faixa etária menor no SCFV, faz um mês”, comenta.
Frota elevada desperta maior atenção
A escolinha está sendo disponibilizada para ensinar alunos de escolas municipais, estaduais e particulares. “É uma rua improvisada, com bicicletas, semáforos, placas de sinalização, como se fosse tráfego de verdade. Eles aprendem a travessia na faixa de pedestre, significado das cores nos semáforos, estacionamento correto, infrações, multas, velocidade, placas verticais e horizontais, policiamento, direção defensiva”, lista a coordenadora de agentes, Claudia Silva, ao analisar que a alta frota na cidade (cerca de 90 mil veículos) tem provocado atenção maior dos motoristas e transeuntes, enfaticamente nos horários de pico: início e término da manhã, e início e fim de tarde, além do horário de conclusão das aulas nas universidades: 22h.
Mas a identificação das placas ainda gera dúvidas. “A campanha dá um choque de realidade, principalmente com a exposição dos veículos batidos, destruídos, em algumas rótulas, por motivos diversos: imprudência, fatalidade, visão deficiente, má conservação de carros, uso de bebida alcoólica, sonolência. Nossas crianças e jovens estão absorvendo as noções, pois eles estarão no comando a partir já dos 18 anos”, prevê.
Leandro sofreu os efeitos do perigo dentro de casa
Rodrigo Tristão de Carvalho é professor do Programa Mais Educação, do qual fazem parte 60 alunos frequentes do 2º ao 9º ano da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Frei Bernardino, no bairro Frei Rogério, que também estiveram na mesma dinâmica. “Alguns dos agentes mirins de trânsito (12) estiveram em palestras sobre o trânsito, ministradas pelos agentes adultos. Hoje vieram vivenciar o que ouviram, dentro de um contexto de que precisamos reciclar a consciência dos motoristas não só de Lages, mas de todo o país. Nas ruas ou nas rodovias, todos têm o mesmo direito e deveres, independentemente do carro que estão guiando”, acredita Rodrigo.
O jovem Leandro Carvalho, 16 anos, morador do bairro Tributo, presenciou os efeitos dos riscos no trânsito no próprio lar. “Meu pai sofreu acidente uns dois anos atrás na BR-282, perto do viaduto, no perímetro urbano. Minha irmã, no banco de trás, acabou se machucando. Estava de carro com minha mãe. Um carro de viagem bateu neles. Foram seis veículos envolvidos. Tudo que aprendi aqui vai refletir no futuro. Daqui dois anos eu ‘tiro’ carteira de habilitação. Já tenho algumas noções de direção e estou me preparando para ser um bom motorista, zelar pela minha e pela vida dos outros. Chega de tanta gente morrendo, se mutilando e se ferindo nas cidades e estradas”, avalia.
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