Governo quer suprir carência de docentes em exatas e biológicas.
Meta é atender 100 mil alunos do ensino médio e 10 mil de graduação.
O Ministério da Educação prepara um programa de incentivo para que os jovens do ensino médio possam seguir carreira acadêmica na área de ciências ou se tornar professor de educação básica, principalmente nas áreas de matemática, química, física e biologia. Segundo o MEC, o programa terá como meta atender 100 mil estudantes do ensino médio, além de 10 mil de alunos graduação em cursos de licenciatura.
Serão incorporados ao programa os estudantes medalhistas das olimpíadas de matemática e de língua portuguesa, entre outras. Universidades e centros de pesquisa vão oferecer bolsas de incentivo a estudantes do ensino médio e a professores da educação básica, e a professores, pesquisadores e alunos de universidades. Os professores que participarem do programa terão direito a bolsas e poderão ser incluídos em programas de formação e pesquisa.
O programa vai oferecer pós-graduação em universidades federais e particulares para professores de escolas públicas do ensino médio. Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (2) pela "Folha de S. Paulo", o programa vai atrelar o diploma de pós e um aumento no salário ao bom desempenho dos alunos do professor formado. O MEC, no entanto, diz que isso é uma decisão dos estados e municípios, e que não tem gerência na carreira docente de escolas da educação básica.
O coordenador do programa, Mozart Neves Ramos, disse ao G1 que ainda falta definir como será feita esta avaliação do desempenho dos alunos. "O principal objetivo é tornar atrativa a carreira do magistério no Brasil. Hoje a grande maioria dos jovens não quer ser professor. O país precisa reverter essa situação", diz o coordenador. Veja a entrevista:
O professor terá de melhorar o aluno para ganhar aumento e certificado?
Mozart Neves Ramos: Naturalmente isso cabe aos estados no âmbito de suas autonomias. Será importante que o esforço docente de qualificação e de bons resultados em sala de aula tenha um reconhecimento salarial no Plano de Carreira, mas isso cabe aos Estados, como disse, analisarem. Isto não cabe ao MEC. A ideia é que a certificação leve de fato a uma melhoria de desempenho do professor em sala de aula. É preciso ir além da titulação, é preciso que ela chegue até a sala de aula, e assim espera-se que a própria universidade acompanhe e auxilie esse professor após suas atividades na universidade. Esse esforço tem que ser traduzido na melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem escolar.
Mozart Neves Ramos: Naturalmente isso cabe aos estados no âmbito de suas autonomias. Será importante que o esforço docente de qualificação e de bons resultados em sala de aula tenha um reconhecimento salarial no Plano de Carreira, mas isso cabe aos Estados, como disse, analisarem. Isto não cabe ao MEC. A ideia é que a certificação leve de fato a uma melhoria de desempenho do professor em sala de aula. É preciso ir além da titulação, é preciso que ela chegue até a sala de aula, e assim espera-se que a própria universidade acompanhe e auxilie esse professor após suas atividades na universidade. Esse esforço tem que ser traduzido na melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem escolar.
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