segunda-feira, 9 de março de 2015

Projeto Ciranda inicia cursos nos bairros de Lages

 
Uma mesma aluna não pode frequentar cursos em diferentes bairros, pois isso impede que outra pessoa tenha a mesma oportunidade
 
A Samt conta com 16 monitoras distribuídas entre os bairros de demanda (Foto: Nilton Wolff)
 
As qualificações de trabalhos manuais do Projeto Ciranda, disponibilizadas gratuitamente à população, foram iniciadas nesta segunda-feira (9), através da Associação de Assistência Social, Trabalho e Cidadania (Samt), e se estenderão até o dia 29 de novembro. O bairro Copacabana é um dos beneficiados; 45 mulheres começaram suas aulas no salão da paróquia São Judas. A professora Sandra Corso está ministrando noções de fabricação de peças comemorativas à Páscoa, com pintura em tecido, trabalhos em panô decorativo e guirlandas em feltro.
O panô resgata a tradição das roupas dos escravos confeccionadas com sacarias costuradas com sisal e que depois foram complementadas e decoradas pelos imigrantes italianos que uniam retalhos coloridos, produzindo colchas e tapetes, entre outras peças. Esse trabalho pascal irá durar 45 dias. Passada essa etapa, novos cursos com novos elementos de matéria-prima serão desenvolvidos, de acordo com a escolha das alunas. No leque de opções estão tricô, crochê, bordado, feltro, pintura em tecido e macramê.
A coordenadora do Ciranda, Rosângela Neves, comenta que os cursos estão começando em praticamente a cidade toda, abrangendo aproximadamente duas mil mulheres em 62 bairros – nesta segunda estão acrescidos o Bela Vista, Ipiranga, Caroba, São Miguel, Loteamento Nadir e Guadalupe. As aulas são desenvolvidas uma vez por semana em cada bairro, das 14h às 17h. Às terças-feiras são atendidos 12 bairros e assim sucessivamente, até as sextas-feiras.

Ainda há vagas
A Samt conta com 16 monitoras distribuídas entre os bairros de demanda. Ainda há vagas. Não há custos. Os materiais e insumos são fornecidos pela Samt. Basta entrar em contato pelo número 3224-2695, das 8h às 12h e das 14h às 18h, ou comparecer pessoalmente ou se dirigir diretamente ao local do curso no dia da aula para se inscrever. A idade mínima é a partir de 16 anos.
Uma mesma aluna não pode frequentar cursos em diferentes bairros, pois isso impede que outra pessoa tenha a mesma oportunidade. “A interessada pode morar num determinado bairro e frequentar em outro, mas não pode frequentar de forma salteada e em mais de um bairro”, explica Rosângela. Em 2014 o Projeto Ciranda formou cerca de duas mil mulheres. Este ano a ideia é expandir.

Aprendizado e distração
Depois de trabalhar como costureira por quase 40 anos, Nelci Terezinha de Liz da Silva, 68 anos, resolveu se dedicar aos trabalhos manuais do artesanato. A dona de casa mora com o esposo na rua Manoel Marques dos Santos. Este será o segundo ano em que participará dos cursos da Samt. “Eu fiz de vagonite (trabalho com tecido e linha, em bordado) e trabalho voltado ao Natal, um Papai Noel em calendário”, recorda. Para ela, o curso alia aprendizado e lazer. “A gente se sente muito bem. Este ano dobrou o número de meninas. Tenho muitas amizades”, observa, enfatizando que produz peças de vagonite para comercialização. “Dá pra vender por uns R$ 20,00”, revela.
Marlene Comin também é referência de determinação. Ela mora na rua Gustavo Lebon Régis e tem 52 anos. “A presença maciça sinaliza um bom começo e quer dizer que teremos um ano próspero de aulas”, ressalta. Ela gosta de trabalhos em tecido, mas já fez cursos de tricô, bordado, feltro epet,pela Samt. “Eu vendo muita coisa, me ajuda muito na renda de casa. Hoje eu trouxe uma guirlanda de Páscoa em feltro e pet para as meninas olharem. O valor é de R$ 80,00”, informa.
 

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