A vacina é inativada e aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias entre elas. Foto: Divulgação/Ebserh
As unidades hospitalares da Rede Ebserh fazem parte de um grupo de 12 centros no Brasil que participam da fase 3 do ensaio clínico nacional, coordenado pelo Instituto Butantan, em São Paulo. O ensaio foi autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e irá testar a eficácia do produto desenvolvido pela farmacêutica Sinovac Biotech. A ação nas unidades hospitalares da Rede Ebserh é feita em parceria com a UnB e a UFPR.
A vacina é inativada e aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias entre elas. Os resultados apresentados na fase 2 de desenvolvimento foram considerados promissores e demonstraram a produção de anticorpos neutralizantes em 90% dos participantes que receberam a imunização. Depois de aplicadas as duas doses, os pacientes serão avaliados com regularidade para verificar se desenvolveram os anticorpos neutralizantes para o vírus.
“A vacina é bastante promissora, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido até ser disponibilizada para a população. Além disso, o desenvolvimento da vacina não pode ser considerado motivo para a população relaxar na prevenção com o uso de máscaras, higienização das mãos, isolamento e distanciamento social”, recomenda Dayde Mendonça, gerente de ensino e pesquisa do HUB.
O grupo que desenvolverá a pesquisa no HUB conta com uma equipe multiprofissional de 25 pessoas especificamente dedicadas ao projeto, com a responsabilidade de incluir e acompanhar em torno de 850 voluntários. O HUB preparou a infraestrutura para acolher adequadamente os participantes e o projeto será desenvolvido seguindo rigorosamente as normas nacionais e internacionais de boas práticas em pesquisa clínica.
No HUB, após os dez primeiros vacinados, poderão participar do estudo outros 842 profissionais de saúde, entre eles, trabalhadores de hospitais da rede de saúde do Distrito Federal. Será disponibilizada plataforma online para inscrição dos candidatos. “No dia da vacinação, serão feitos testes para verificar se os profissionais de saúde estão sadios e se não tiveram o novo coronavírus”, explica Dayde Mendonça.
Podem se candidatar ao estudo apenas profissionais de saúde que cumpram os seguintes critérios: trabalhar em serviço de saúde atendendo pessoas com Covid-19; ser maior de 18 anos; não ter sofrido infecção assintomática ou a doença causada pelo Sars-CoV-2; apresentar condição de saúde normal e ter disponibilidade para realizar o acompanhamento periódico por um ano após a vacinação.
Tem atuado na realização de treinamento de funcionários da Rede, promoção de webaulas, definição de fluxos e instituição de câmaras técnicas de discussões com especialistas. Promoveu processos seletivos emergenciais com a possibilidade de contratação de aproximadamente 6 mil profissionais temporários para o enfrentamento da pandemia
Também disponibilizou R$ 274 milhões para ações contra o coronavírus, recursos do Ministério da Educação (MEC) liberados pela Ebserh de acordo com a necessidade e urgência de cada unidade hospitalar. A verba está sendo utilizada em adequação da infraestrutura, aquisição e manutenção de equipamentos, compra de medicamentos e outros insumos, além de equipamentos de proteção individual.
Em algumas regiões, as unidades da Rede Ebserh têm atuado como hospitais de referência ao enfrentamento do Covid-19, enquanto que em outras, atuam como retaguarda em atendimentos assistenciais para a população, por meio do Sistema Único de Saúde.
Assessoria de Comunicação Social da Ebserh
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