terça-feira, 14 de abril de 2020

Pesquisa realizada pela ACIL e CDL junto aos seus associados aponta que empresas não estão demitindo mesmo sem estarem faturando


A Associação Empresarial de Lages realizou em parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Lages, uma pesquisa junto a seus associados para entender quais são as angústias dos empresários que se viram obrigados a fechar as portas para conter a pandemia e, por outro lado, tiveram a saúde financeira de suas empresas comprometidas. O levantamento foi realizado entre os dias 31 de março e 12 de abril. Foram obtidas 208 respostas, o que equivale a 10% dos associados da ACIL e CDL.

Os resultados demonstram que apesar de 42,8% das empresas não terem nenhum faturamento desde o dia 18 de março, quando teve início o isolamento, houve poucas demissões no período. A grande maioria das empresas manteve o número de funcionários, poucas deram férias ou reduziram a jornada de trabalho.

De acordo com as respostas recebidas, as maiores dificuldades enfrentadas pelas empresas são com relação a queda nas vendas, a falta de capital de giro, transporte dos colaboradores, pagamento de impostos e relações trabalhistas.

Nesse momento de crise, algumas empresas estão se reinventando, investindo no e-commerce, utilizando as redes sociais para manter contato com seus clientes e fortalecer a marca, estão negociando com fornecedores e clientes para se reorganizar.

Os resultados da pesquisa servirão para que a ACIL e CDL possam continuar a planejar ações e buscar soluções para que as empresas passem por essa crise com o menor dano possível.

Conheça os resultados na íntegra

Das empresas associadas a ACIL e CDL que responderam a pesquisa 44,3% são do comércio, 44,3% são prestadores de serviços, 10,33% da indústria e 1,07% do ramo do agronegócio. Sendo que, 40,4% destas empresas possuem de 3 a 10 colaboradores, 26% tem 2 colaboradores, 19,3% tem de 11 a 30 colaboradores, 9,1% acima de 51 colaboradores e 5,2% possuem de 31 a 50 colaboradores.

Sobre o faturamento das empresas, 42,8% responderam que não tiveram nenhum faturamento desde o início da quarentena em 18 de março, 28,4% reduziu seu faturamento em mais de 50%, 19,3% reduziu mais de 20%, 8,7% manteve o faturamento e 0,8% teve um crescimento de mais de 20%.

Com relação a força de trabalho 41,8% parou completamente neste período, 25% com menos da metade de seus colaboradores, 22,1% operou com mais da metade de seus colaboradores, 11,1% operou com todos os colaboradores. Sobre desligamentos e contratações de colaboradores, 72,6% das empresas que mantiveram o números de colaboradores, 12,1% demitiu um colaborador, 9,1% demitiram 2 ou mais colaboradores, 1,5% deram férias aos colaboradores, 1,5% não possui colaboradores, 1,5% irá demitir, 0,7% o colaborador pediu demissão, 0,5% contratou um colaborador, 0,5% contratou dois ou mais colaboradores.

Sobre as dificuldades que as empresas estão enfrentando desde o início da quarentena, 52% responderam que foi a queda nas vendas, 21,37% é capital de giro e falta de crédito, 8,81% tem maior dificuldade no transporte de pessoal e suprimentos, 4,23% respondeu que é o pagamento de impostos, 3,58% são as relações trabalhistas, 3,51% é legislação complexa, 2,6% falta de informação, 1,3% gerenciar a equipe a distância, 1,3% não tem dificuldades no momento, 1,3% reclamou sobre a demora na liberação das empresas para voltar ao trabalho, 1,3% citou a inadimplência, 0,65% tem dificuldade em garantir a prestação dos serviços, 0,65% em manter os alunos em atividade, 0,65% está tentando entender as necessidades das pessoas para oferecer soluções adequadas para o momento e 0,33% falou sobre a dificuldade junto aos bancos para efetuar pagamentos.

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