A cidade de Houston (EUA) vai receber milhares de estudantes dos ensinos fundamental, médio e superior de 70 países entre 17 e 20 de abril.
É o Campeonato Mundial de Robótica (First Championship), realizado com apoio de grandes empresas como a Qualcomm, Google, Apple, LEGO e Boeing, além da parceria com a Agência Espacial dos Estados Unidos, NASA.
Entre as nove equipes brasileiras, estão duas de Santa Catarina, compostas por estudantes do SESI de Blumenau e Concórdia.
“Esse desempenho é inédito para Santa Catarina e mostra o quanto nossa educação de contraturno está alinhada aos movimentos STEAM (science, technology, engineering, arts e mathematics) e maker. As equipes passaram por uma avaliação muito completa. Sabem programar, fizeram um bom projeto de pesquisa e trabalham muito bem juntos”, destaca o superintendente do SESI e diretor regional do SENAI, Fabrizio Pereira.
As viagens espaciais são o tema desta temporada do torneio.
As equipes foram desafiadas a criar alternativas que ajudassem no bem-estar de astronautas e em pesquisas espaciais.
Os projetos catarinenses
A equipe Techmaker de Blumenau venceu o primeiro lugar na categoria design mecânico na etapa nacional.
Para minimizar os efeitos gerados pelo isolamento em missões de longa duração no espaço, estudantes do SESI de Blumenau desenvolveram um aplicativo que auxilia os astronautas a prevenir doenças, como o estresse e a depressão.
Amanda Borges Stroher e Lucca Mendes, ambos de 15 anos, da equipe Teckmaker, de Blumenau, desenvolveram o projeto de pesquisa Space Emotion Interact.
Um aplicativo será introduzido no diário de bordo do astronauta para que ele alimente com informações sobre seu estado emocional.
O app gera um protocolo sugerindo terapias ideais para a situação do astronauta.
Outro projeto que será apresentado é da equipe AgroRobots, de Concórdia, que criou uma solução para problemas de circulação de sangue enfrentados pelos astronautas durante as viagens espaciais.
Estudo feito pelos alunos do SESI evidenciaram que, no espaço, os fluidos tendem a se concentrar na parte de cima do corpo, desgastando músculos e ossos localizados abaixo da cintura.
Por isso, desenvolveram uma meia que aquece e ativa a circulação.
Durante o processo de criação, os alunos estudaram 300 artigos científicos sobre o assunto para identificar soluções que ativem a circulação sanguínea dos astronautas enquanto estão em órbita.
Ao analisarem empresas da região de Concórdia, os jovens se depararam com uma empresa que trabalha com turmalina negra, uma pedra que, ao ser colocada em contato direto com o corpo, é capaz de aquecer e ativar a circulação sanguínea.
Agora, para saber se o adereço funciona no espaço, os integrantes da equipe estão em contato com estudantes da PUC de Porto Alegre.
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