A disputa do Campeonato Brasileiro Feminino A-1 de 2019, a elite do futebol feminino nacional, começa neste sábado (16). No ano que promete ser o divisor de águas para a modalidade , não faltam ingredientes para todo mundo ficar ligado na disputa. Dezesseis clubes participam na edição 2019, que passou por reformulações no regulamento. Confira abaixo tudo o que você precisa saber para acompanhar o torneio:
- Quem são os participantes?
Quando o torneio começar, neste sábado (16), 16 clubes irão lutar pelo troféu do Brasileirão Feminino A1. São eles: Corinthians-SP, Santos-SP, Sport-PE, Flamengo-RJ, Vitória-BA, Ponte Preta-SP, Ferroviária-SP, São José-SP, Vitória-PE, São Francisco-BA, Kindermann-SC, Iranduba-AM, Foz Cataratas/Athletico-PR, Audax-SP, Minas ICESP-DF e Internacional-RS - estes dois são estreantes no torneio nacional.
De todos os participantes, 13 são remanescentes do Brasileiro Feminino A1 de 2018. Minas ICESP-DF e Vitória-BA (campeão e vice do Feminino A2 2018, respectivamente) foram promovidos à elite do futebol feminino nacional. Já o Internacional-RS herdou a vaga deixada pelo Rio Preto-SP.
- Os últimos campeões
Até hoje, nenhum clube levantou a taça do Brasileiro Feminino A-1 duas vezes. Em seis edições do principal torneio feminino do país, seis equipes diferentes foram campeãs: Centro Olímpico-SP (2013), Ferroviária-SP (2014), Rio Preto-SP (2015), Flamengo (2016), Santos (2017) e Corinthians (2018).
- Artilheiras
A primeira goleadora do Feminino A-1 foi Gabi Zanotti, que fechou a disputa do Brasileiro em 2013 com 12 gols pelo campeão Centro Olímpico. Em 2014, foi a vez de Raquel fechar a temporada como artilheira, com 16 gols. Já em 2015, a artilheira foi Gabi Nunes, então no Centro Olímpico, tendo balançado a rede 14 vezes.
Millene Karine foi a maior goleadora do Brasileiro em 2016, com dez gols no Feminino A-1; à época, a atacante defendia o Rio Preto-SP. A única gringa a ser artilheira do torneio nacional foi Sole Jaimes, com 18 gols feitos em 2017, número recorde de gols na competição. A última jogadora a ostentar a marca de artilheira foi Dany Helena, do Flamengo, com 15 gols feitos em 2018.
Uma curiosidade: à exceção da argentina Sole Jaimes, todas as artilheiras do Brasileiro Feminino A-1 já passaram pela Seleção Feminina. Gabi Zanotti e Raquel estavam no grupo que levou o ouro dos Jogos Pan-Americanos de 2015, enquanto Millene Karine integrou o elenco campeão da Copa América 2018. Gabi Nunes e Dany Helena também já foram convocadas para defender o Brasil.
- Recordes de público
A cada ano, o futebol feminino conquista mais fãs pelo país. O Brasileiro Feminino A-1 já arrasta milhares de torcedores aos estádios pelo Brasil, como também é responsável por alguns recordes de público da modalidade.
Na semifinal de 2017 entre Iranduba e Santos , 25.371 compareceram à Arena da Amazônia para prestigiar o duelo. O confronto, que terminou 2 a 1 para as Sereias da Vila, entrou para a história como o maior público de um jogo entre clubes do futebol feminino nacional.
Ainda em 2017, por exemplo, o maior público da Vila Belmiro (casa do Santos-SP) na temporada foi na final do Feminino A-1. Há dois anos, o clássico decisivo contra o Corinthians teve cerca de 15 mil pessoas presentes, enquanto o melhor público masculino (Santos x The Strongest) teve 13.132 presentes.
- Clubes recebem suporte financeiro da CBF
Visando fortalecer o cenário do futebol feminino nacional, a CBF irá arcar com diversos custos do Brasileiro Feminino A-1, aliviando a saúde financeira dos clubes. As equipes irão receber benefícios de ordem financeira como passagens rodoviárias até distâncias de 500 km limitadas a 25 pessoas ou aluguel de ônibus, a critério do clube visitante.
Além disso, a entidade será responsável por fornecer as passagens aéreas, para delegações limitadas a 25 pessoas, para distâncias superiores a 500 km. Haverá, ainda, a cobertura das despesas de alimentação e hospedagem, para delegação visitante limitada a 25 pessoas, quando atuar fora da sua cidade-sede.
Nas partidas como visitante, cada clube irá receber a ajuda de custo de até R$5.000,00 (cinco mil reais). Já nas partidas realizadas em sua jurisdição, cada clube receberá valores de até R$10.000,00 (dez mil reais) para cobertura das despesas com arbitragem, ambulâncias, gandulas e exame-antidoping.
- Modelo de disputa
A competição ganhou novos moldes para o ano de 2019. Antes, os 16 clubes eram divididos em dois grupos de oito cada. Agora, todas as equipes integram uma mesma chave. Os oito melhores colocados se classificam à segunda fase, quando serão disputadas as quartas de final. A partir dessa etapa, os classificados serão definidos em jogos de ida e volta.
- Fim do gol qualificado e pênaltis
Nada de critério do gol fora de casa! O critério de desempate não será mais usado a partir deste ano. Um empate na soma dos placares das quartas de final e/ou fases seguintes do Brasileiro Feminino A-1 leva a disputa aos pênaltis.
- Mandos de campo
Na terceira e quarta fases (semifinal e final), a definição dos mandos de campo dos duelos de volta atende a três critérios. São eles: maior número de pontos ganhos em toda a competição (soma das fases); maior número de vitórias em toda a competição (soma das fases) e maior saldo de gols em toda a competição (soma das fases).
Se mesmo após todos os critérios, os clubes permanecerem empatados, o mando será definido através de sorteio.
- Olho no Mundial!
Não faltam motivos para 2019 ser um ano promissor para o futebol feminino nacional, mas o Brasileiro Feminino A-1 é um atrativo à parte. Além da briga pela taça em si, será possível prestigiar atletas como Andressinha, Dany Helena, Gabi Zanotti e Millene - para citar apenas algumas das craques que entrarão em campo.
O torneio ainda pode servir como vitrine para a Copa do Mundo Feminina, que será disputada em junho, na França. Um bom desempenho das jogadoras no Brasileirão A-1 pode render uma vaga no grupo da Seleção: nas últimas três convocações feitas pelo técnico Vadão, 19 atletas atuavam em território nacional.
Créditos: Mauro Horita/CBF
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