Os alunos da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Susana Albino França estão eufóricos e vivenciando o que é estar sob os holofotes, com o reconhecimento merecido de serem vencedores de um prêmio a nível nacional. Tudo graças ao trabalho incansável do professor de língua portuguesa Carlos Eduardo Canani, o Cadu, que é o Professor Nota 10, escolhido entre mais de 40 mil trabalhos inscritos em todo país.
Nesta quinta-feira (1) eles participaram de um filme documental com objetivo de registrar todas as etapas do projeto vencedor “Por um fio de memória”, que foi desenvolvido ao longo de dois meses. Profissionais que atuam na produtora TV Trup Filmes Ltda. foram enviados pela Fundação Victor Civita, da Editora Abril, e pela Fundação Roberto Marinho, da Globo, que promoveram o prêmio.
Eles passaram o dia todo na escola, junto aos alunos, para registrar como a ideia foi desenvolvida, passo a passo, com todos os momentos, produções textuais e compartilhamento com os avós sendo recriados. Após ampla divulgação dos projetos vencedores pela fundação, a premiação oficial deverá ocorrer no dia 17 de outubro, em São Paulo.
O documentário será exibido no dia da entrega do prêmio e também em intervalos comercial da programação da Globo, com pequenos trechos de cada projeto vencedor. “Este momento é muito importante também para os alunos, com a oportunidade de serem protagonistas de um documentário produzido por uma equipe de TV a nível nacional, além de reviver um projeto tão marcante na vida deles”, destaca o professor Cadu.
Avós participam de gravação
Alguns familiares que fizeram parte do projeto, contando suas memórias aos alunos, foram convidados a participar do documentário. Lúcio Tadeu dos Santos Moura é avô de João Vitor, que está no 9° ano. “Foi uma boa surpresa o projeto ter sido vencedor. É importante para os alunos esse reconhecimento”, diz. Nilza Borges de Lima, 64 anos, também ficou feliz por ter feito parte desse resgate. “Contei aos meus netos como eram as nossas brincadeiras antigamente”, exemplifica.
E recordar o passado e tirar lições para o futuro foi o que impulsionou a avó Alvina Pessoa Felipe. Ela conta como os tempos antigos tinham mais dificuldades que agora, sem muito acesso à informação, lazer e entretenimento. “Acredito que hoje somos fortes e corajosos devido às batalhas que enfrentamos no passado. Tínhamos que acordar muito cedo e andar três quilômetros até chegar à escola. Quando voltávamos tinha muito trabalho em casa pra fazer, pois ajudávamos nossos pais em tudo. Hoje as crianças têm mais liberdade e tempo para estudar, eles precisam aproveitar isso”, argumenta. “As brincadeiras também eram muito diferentes. Nós mesmos confeccionávamos nossos brinquedos, fazendo bonecas com espigas de milho, e carrinho de madeira, pintados com tintas feitas com as plantas. Éramos criativos”, relembra.
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