| Agora sou um novo Diego, uma nova pessoa. Antes eu não gostava nem de mim.” | ||||
| Atualmente há cerca de 4.200 pessoas cadastradas, contudo, em torno de 430 são frequentes, incluídas nas atividades diárias. Muitas delas participaram da festa de Natal do Caps na noite de sexta-feira (Foto: Sandro Scheuermann) | ||||
| Dados do Ministério da Saúde apontam que em torno de 30% dos pacientes atendidos pelo Centro de Atenção Psicossocial - Álcool e Drogas (Caps AD) conseguem, aos poucos, retomar sua vida. Do total, 10% são mulheres. “É uma batalha. Cada dia sem contato com alguma droga é motivo de vibração. A dependência química é um fantasma a ser vencido física e psicologicamente todos os dias”, explica a coordenadora Patrícia Pereira da Silva. À medida que pacientes se recuperam e deixam o Caps AD, novas demandas surgem com frequência. Apesar das dificuldades enfrentadas com o trabalho diário de combate ao consumo abusivo de bebidas alcoólicas, cigarro e drogas ilícitas, como a maconha, cocaína e crack, o Caps AD conta com avanços para comemorar 2015. Uma das evoluções deste ano foi o início do serviço de desintoxicação. Na sede deste serviço da Secretaria de Saúde há oito vagas distribuídas em cadeiras de atendimento nos casos de estabilização após alto consumo alcoólico por parte de homens e mulheres. Nestas situações são submetidos à reposição de glicose no sangue através da aplicação de soro. A procura média está em 50 pessoas por mês. Todas as manhãs, de segunda a sexta, é oportunizada a disponibilização do médico clínico geral Rodolfo Reis. “O que quer dizer que não somente a desintoxicação, mas também estamos oferecendo o tratamento clínico, com atenção aos pacientes caquéticos, com alguma dificuldade física, porém, que não necessariamente passaram pela desintoxicação”, explica Patrícia. E recentemente o Caps AD iniciou um processo para atender crises de urgências. 430 pacientes Atualmente há cerca de 4.200 pessoas cadastradas junto ao Caps AD, contudo, em torno de 430 são frequentes, incluídas nas atividades diárias. Há grupos com até 35 pessoas que frequentam atividades internas e externas sob os cuidados de 20 profissionais entre coordenação, médicos, psicologia, serviço social, terapia ocupacional, enfermagem, técnicos de enfermagem, redutores de danos, educação física, monitoramento de artesanato e equipe auxiliar – recepcionista, auxiliar administrativo, auxiliar de serviços gerais, cozinheira, segurança e motorista. O tratamento preenche lacunas e exercita as capacidades e habilidades deterioradas pelos efeitos das drogas no cérebro e no restante do organismo dos pacientes. São oferecidas 22 oficinas. No mínimo quatro grupos funcionam todos os dias no Caps AD. Recentemente foi implementado o grupo noturno, das 18h30min às 19h30min. Um dos obstáculos a serem transpostos pelos profissionais ainda é levar a família para dentro do Caps AD como uma engrenagem de alicerce no sucesso do tratamento de seu ente. A ideia são encontros mensais na última quinta-feira do mês. Ainda em 2015 foi lançada uma cartilha de conscientização contra as drogas em forma de histórias em quadrinhos com desenhos criados pelos próprios pacientes. Foram distribuídos exemplares em Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), entre outras entidades, e para as famílias do grupo terapêutico. Superação O paulistano Diego, 18 anos (a identidade dos pacientes será preservada por questões éticas), foi atraído até o Caps por conta da dependência. Ele decidiu parar por vontade própria. Há 2,5 meses participa do tratamento. “Voltei a estudar. Faço supletivo e pretendo realizar sonhos quando tiver certeza que estou bem. Tenho dois filhos de 2 e 3 anos que pretendo registrar e visitar”, conta. Além de Diego, sua irmã, de 35 anos, também frequenta o Caps AD devido a problemas com entorpecentes. “Agora sou um novo Diego, uma nova pessoa. Antes eu não gostava nem de mim”, confessa. Para demonstra a vontade de mudar de vida está se profissionalizando. Ele participou da qualificação promovida entre a Marin Logística e o Banco do Emprego, em outubro e novembro, na área de tintas. Abel tem 22 anos e é atendido no Caps AD depois de apresentar dependência química, o que levou o rapaz a cometer atos infracionais quando menor de 18 anos. “O Caps me ajudou com o internamento em Santa Cecília e hoje me sinto um pouco melhor. Trato-me há dois anos”, conta. “Eu acredito que vou ficar bem. Vou tomar os medicamentos e ficar longe das armadilhas”, planeja. | ||||
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
DEPENDÊNCIA QUÍMICA, UMA BATALHA TODO DIA
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