segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Cássio Taniguchi: “A cidade é para as pessoas”

 
Os gestores públicos devem dar condições de acessibilidade aos cidadãos, pois a cidade é para as pessoas. Compreende não apenas a mobilidade urbana, mas também a descentralização dos serviços públicos, melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável
 
Equipe que trabalha na criação do Instituto de Pesquisa e Planejamento Territorial de Lages participou do evento. (Fotos: Marcio Avila)
 
O superintendente de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Cássio Taniguchi, ex-prefeito de Curitiba, ministrou palestra em Lages, nesta segunda-feira (28), atendendo convite do prefeito Toni Duarte e do presidente da Câmara de Vereadores, Adilson Appolinário. O evento foi realizado no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). “Estivemos em Florianópolis no mês de maio, quando convidamos o Cássio Taniguchi para dar uma palestra, tendo em vista que estamos criando o Instituto de Pesquisa e Planejamento Territorial de Lages. O Cássio foi convidado pela sua grande experiência em urbanismo e sua palestra será de grande valia, especialmente para a equipe que está à frente da elaboração do projeto de criação desse importante instituto”, disse o prefeito.
Segundo Toni Duarte, em breve o Projeto de Lei do Ipplan será enviado à Câmara de Vereadores de Lages. “A cidade de Lages está crescendo e o planejamento urbano deve ser melhorado”, disse.

Palestra

Cássio Taniguchi falou para um público formado basicamente por engenheiros, arquitetos e acadêmicos e também para os membros da comissão que trabalha no projeto de lei de criação do novo instituto, comissão esta formada por 24 entidades. Mobilidade e Planejamento Urbano foi o tema da palestra.
Cássiou focou no exemplo da cidade de Curitiba, considerada hoje uma das cidades mais bem planejadas do mundo, principalmente no que se refere à mobilidade urbana e ao desenvolvimento sustentável.
Segundo Cássio, os gestores públicos devem dar condições de acessibilidade aos cidadãos, pois a cidade é para as pessoas. Esta acessibilidade compreende não apenas a questão da mobilidade urbana, mas também a descentralização dos serviços públicos, a melhoria da qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável, tendo em mente sempre a preservação do meio ambiente. “Tivemos de fazer isso em Curitiba, uma cidade que em uma década, de 1960 a 1970, apresentou crescimento de 68%. O caminho foi então a criação do Plano Diretor da cidade em 1970, e foi a partir daí que a cidade começou realmente a se desenvolver”, falou. “A grande pergunta é: para onde a cidade vai? Isto é, para onde a cidade tem condições de se expandir”, disse, explicando em seguida como funciona o sistema trinário de vias, uso de solos e o transporte de massas.
O uso do solo leva em conta o meio ambiente, já o sistema viário foca a questão do desenvolvimento econômico e o transporte público volta-se para o desenvolvimento social. Tudo isso centrado na “nova ética da convivência”.
Para Cássio Taniguchi, a frase de José Goldenberg sintetiza tudo isso: “O futuro é muito mais uma questão”, ou seja, a cidade deve ser bem planejada e atender e priorizar o bem estar das pessoas que nela vivem em primeiro lugar.
 

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