| “No Acre a situação é complexa. Em Lages cheguei praticamente trabalhando. Imaginamos que no Brasil teremos uma vida melhor.” Eddy Joseph | ||||
| Eddy Joseph, 30 anos; Wilner Magane, 42; Wisler Alfred, 39; Wilson Jean-Francois, 31, e Pedro Joseph, 35 anos, apostam na cidade-polo da Serra para vencer na vida (Foto: Marcio Avila) | ||||
| Na tarde desta sexta-feira (17), cinco haitianos, da cidade de Gonaïves, uma comuna do Haiti, e a quarta maior do país, recorreram ao Banco do Emprego em busca de oportunidades de trabalho. Eles são Eddy Joseph, 30 anos; Wilner Magane, 42; Wisler Alfred, 39; Wilson Jean-Francois, 31, e Pedro Joseph, 35 anos. Todos falam as línguas francesa e crioula. Da comitiva haitiana, Eddy é o único que arranha melhor o idioma português. Ele está em Lages há 1,5 ano e Wilson há dois anos. Os demais estão em Lages há dois meses. Os cinco homens estão morando juntos numa casa alugada no bairro Santa Helena e se desdobram para viver em um ambiente proporcionalmente pequeno, com dois quartos, uma cozinha, uma sala e um banheiro. O aluguel custa R$ 400,00, além das contas de fornecimento de energia elétrica e água. Somente Eddy está trabalhando oficialmente. Trabalho e comprometimento Quando chegou em Lages, vindo do Acre, onde esteve por dois meses, Eddy ficou pouco tempo sem trabalho. Logo começou na Fruticultura Malke, no plantio e colheita de maçã, onde permaneceu por três meses. Após atuou na Serralheria O Progresso, no bairro Santa Helena, por nove meses na função de serralheiro, e no Fast Burger, na avenida Marechal Floriano, no setor de cozinha, como chapeiro, onde está há quatro meses. “Trabalho das 17h até por volta da 1h. Procuro trabalho durante o dia, pois preciso de dinheiro para sobreviver e mandar recurso para minha família, que ficou no Haiti”, argumenta. Ele deixou esposa e três filhos de 9, 3 e 1 ano. Como é no Haiti, segundo eles “Nossa vida lá é complicada. Há muitas revoltas quando há trocas de comandantes do país, por exemplo. No Haiti é muito quente, verão praticamente o dia inteiro, com média de 30 e poucos graus”, descreve Eddy Joseph. “E no Acre a situação é complexa, aqui em Lages é melhor. Em Lages já cheguei praticamente trabalhando”, revela. E Pedro Joseph fala e entende espanhol e está em Lages há dois meses. Ele também abandonou tudo no Haiti para correr atrás de melhores oportunidades no Brasil. Com saudades da esposa e dos três filhos, de 7, 4 e 1 ano, ele ajuda a engrossar as estatísticas de haitianos que escolheram o Brasil para tentar a sorte na vida. Tratamento igual O gerente do Banco do Emprego, Paulo Roberto Branco, recepcionou os candidatos e lembra que já passaram também pelos guichês, em busca de vagas, estrangeiros da República Dominicana, Canadá, Síria, Paraguai e Argentina. “Ajudamos a todos como se fossem lageanos”, garante. Dois dos haitianos saíram do Banco do Emprego com esperanças na tarde desta sexta, pois participaram das entrevistas de seleção para oito vagas oferecidas pela empresa Casa do Lucas Sushi Max, a ser inaugurada na sexta-feira (24), na avenida Presidente Vargas. São postos de trabalho nas funções de auxiliar de cozinha, auxiliar de sushiman, barman, operador de caixa, recepcionista e garçons, segundo a gerente da empresa, Natali Machado. Os demais estrangeiros analisam a lista de vagas. | ||||
sábado, 18 de julho de 2015
Haitianos procuram trabalho em Lages
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1ª Gincana de Matemática do Sistema Municipal de Educação envolveu estudantes de doze escolas
A competição foi realizada no Ginásio Ivo Silveira e envolveu cerca de 120 participantes entre estudantes, professores e direções de 12 es...
-
Em um jogo de disputa direta Vasco e Corinthians se enfrentam na busca em não cair para a zona de rebaixamento. Para os cartoleiros este jog...
Nenhum comentário:
Postar um comentário