terça-feira, 30 de junho de 2015

Adoção espontânea é a esperança de cães abandonados

 
“Se há um cachorro na rua é porque alguém abandonou. A castração é uma saída, mas só obterá resultados no longo prazo.” Bruno Hartmann
 
O CCZ tem capacidade para 80 animais, mas hoje a ocupação ultrapassa 120 animais. A média de adoção ainda é baixa e não chega a cinco por mês (Foto: Marcio Avila)
 
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Lages está com a estrutura, localizada no bairro Tributo, superlotada devido à quantidade de animais, entre cães e gatos, que são recolhidos das ruas da cidade. A procura pela adoção responsável tem aumentado, mas ainda é necessária a conscientização. O CCZ tem capacidade para 80 animais, mas hoje a ocupação ultrapassa 120 cães. A média de adoção ainda é baixa e não chega a cinco por mês.
De acordo com o coordenador do CCZ, Bruno Hartmann, quando abre uma vaga há uma grande quantidade de animais na fila para serem recolhidos. “O trabalho do Centro de Zoonoses consiste em recolher, controlar e monitorar a proliferação de animais sinantrópicos e peçonhentos, ou seja, animais que ocasionem riscos à saúde das pessoas”, explica.
O principal fator para a superpopulação de cães, segundo Bruno, é a falta de conscientização humana. “No caso dos cachorros, o Ministério da Saúde preconiza o não recolhimento de animais saudáveis, pois a superpopulação de cães não é sinônimo de risco à saúde pública, salvo os que apresentem algum tipo de zoonose”, relata. Os animais recolhidos pelos profissionais do CCZ passam por triagem. Nos casos menos complicados são reabilitados e ficam disponíveis à adoção. “Nosso trabalho não é o mesmo de uma ‘carrocinha’ e também não dispomos de todos os recursos para tratar todo tipo de zoonose que os cães apresentem”, detalha.
As pessoas que procuram um animal recolhido pelo CCZ para adotar estão cientes que se trata de um animal que veio das ruas, que não possui raça definida e na maioria dos casos são adultos. No momento da adoção os animais recebem um microchip de identificação onde constam os dados do novo dono, são castrados, vermifugados e vacinados. “Não liberamos o animal sem passar por esse processo, principalmente a castração”, afirma Bruno.
Além do controle e monitoramento sobre animais peçonhentos e sinantrópicos, a equipe do Centro de Controle de Zoonoses realiza palestras sobre o tema a estudantes e interessados. “Enquanto não houver consciência e as pessoas não pararem com o abandono, não teremos o controle populacional de animais de rua. Se há um cachorro na rua é porque alguém abandonou. A castração é uma saída, mas só obterá resultados no longo prazo”, finaliza.
 

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