Osmar Fratini, piloto do avião que transportava Luciano Huck e Angélica, dispensou o título de herói após conseguir salvar a família e os funcionários dos apresentadores - a aeronave sofreu uma pane no último domingo (24).
Apesar de considerar a aterrissagem mais difícil de sua carreira, de 31 anos, o comandante disse que tudo não passou de sorte.
“Tive sorte. Quando aconteceu, eu já estava negociando com o controle de tráfego aéreo o procedimento de aproximação para pouso em Campo Grande, a uns 10 minutos para chegar. Estava a 5.500 pés [1.676 metros] e 225 nós [416 km/h], porque a etapa de voo é curta e não dava para subir muito”, explicou em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”.
Fratini disse ainda que o apresentador foi fundamental para ajudar a acalmar seus familiares. “O Luciano [Huck] é dono de avião, ele percebeu o que havia. No início da situação ele chegou em mim e falou: ‘Comandante, estamos em monomotor, não?’ Então, a Angélica começou a gritar: ‘Ai, meu Deus, os nossos filhos. A gente não pode perder nossos filhos’", lembrou.
"Foi um grito de desespero. O Luciano foi um paizão, porque pegou essa parte que eu e o copiloto teríamos que fazer - acalmar os passageiros. Ajudou muito, porque eu me concentrei em fazer meu papel, de voar o avião.”
Contudo, o piloto reconheceu que todos poderiam morrer a qualquer momento.
“Eu estava quase impotente, sem saber o que ia acontecer mais adiante. Na verdade eu já tinha feito tudo o que era para ser feito. O avião não tinha potência segura para voar mais. Íamos chegar um momento em que atingiríamos a velocidade mínima de controle, o nome já diz, depois dali o avião estola e cai igual uma pedra. Não podia deixar acontecer isso aí, fui obrigado a pousar o avião na fazenda, aproveitando o resto de velocidade que a aeronave tinha, cortei os motores, não abaixei o trem de pouso para não capotar”, completou.
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