Dia Mundial da Água com programação especial

“Temos a água de melhor qualidade do Estado. O objetivo destes projetos é manter este nível e evitar que problemas com a poluição, comuns em outras regiões do país, cheguem aqui.” Germano Güttler

Alusivo ao Dia da Água, a Secretaria de Meio Ambiente realizará a terceira edição do projeto Margem Limpa, no dia 21 de março (Foto: Marcio Avila)

No dia 22 de março será comemorado mundialmente o Dia da Água, uma data que tradicionalmente é marcada por atividades que proporcionem a consciência ambiental. No Brasil, em decorrência dos graves problemas de abastecimento com água potável na região Sudeste, a data deve ser ainda mais exaltada. Em Lages, lideranças ligadas às ações em prol do meio ambiente reuniram-se para debater o tema e as atividades que serão programadas para a Semana da Água. Participaram da reunião desta quarta-feira (25), na sala de reuniões do Fórum, o promotor Renée Cardoso Braga, representantes do grupo Garis, das Secretarias de Educação e do Meio Ambiente, do Serviço Social do Comércio (Sesc) e da Gerência Regional de Educação (Gered). A programação ainda está sendo elaborada, mas deverá envolver toda a comunidade, instituições e escolas, tanto estaduais quanto municipais e particulares. De acordo com a responsável pela Educação Ambiental das escolas municipais, KatjaVolkert, durante toda a semana que antecede a data serão realizadas atividades pedagógicas acerca do tema, com elaboração de dissertações, frases, maquetes e outros trabalhos que serão expostos à comunidade através de devolutivas em cada unidade escolar. “Todas essas atividades são muito positivas e mudam o comportamento dos alunos, influenciando inclusive a própria família e comunidade”, destaca Katja. Lixo Eletrônico Outra ação durante a Semana da Água será a distribuição de recipientes para armazenamento de resíduos tecnológicos – peças de eletrônicos, pilhas, baterias, celulares, lâmpadas e outros objetos de pequeno porte. A coleta será feita em todas as escolas, instituições e repartições públicas. “Uma bateria de celular jogada no meio ambiente polui mais que uma tonelada de lixo orgânico, pois possui metais pesados como lítio e chumbo, inclusive prejudiciais à saúde”, informa Germano Güttler, integrante do grupo Garis. A campanha Recicla CDL, uma parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e a Câmara de Dirigentes Lojistas será retomada. Nas últimas edições foram recolhidas toneladas de lixo eletrônico entregues pela comunidade. A novidade neste ano é que lâmpadas fluorescentes poderão ser coletadas, sem custo. E uma grande força-tarefa para o recolhimento de lixo eletrônico nas próprias residências será desencadeada nos bairros Guarujá e Santa Helena pelas equipes da Secretaria de Meio Ambiente. Margem Limpa Alusivo ao Dia da Água, a Secretaria de Meio Ambiente realizará a terceira edição do projeto Margem Limpa, no sábado, dia 21 de março, com contribuição da comunidade para a limpeza das margens do rio Carahá. A ação ocorrerá no período da manhã com o recolhimento de lixo. Segundo o secretário Mushue Hampel, a primeira edição teve a adesão de aproximadamente 150 pessoas da comunidade e funcionários municipais, quando foram recolhidas cerca de quatro toneladas de lixo. Na segunda edição houve um número maior de colaboradores, cerca de 200 pessoas participaram, com o recolhimento de duas toneladas de lixo. “Nossa intenção é essa, que cada vez mais pessoas abracem esta causa e menos resíduos sejam recolhidos, pois a consciência ambiental se dissemina e influencia os demais a não jogarem lixo no meio ambiente”, diz Hampel. Monitoramento das águas E uma boa notícia é que foi aprovado pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente (Comdema) o monitoramento de poluição do rio Carahá, com dez pontos de inspeção. O mesmo trabalho já é realizado na bacia do rio Canoas, através de um projeto elaborado por professores do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV/Udesc) e pelo Comitê Canoas. “Temos a água de melhor qualidade do Estado. O objetivo destes projetos é manter este nível e evitar que problemas com a poluição, comuns em outras regiões do país, cheguem aqui”, comenta o professor Germano Güttler.