sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Defesa Civil divulga relatório de atividades

 
O maior trabalho deu-se em função da chuva de granizo em 13 de outubro
 
O órgão atuou em diversas frentes de trabalho mantendo plantão 24 horas por dia (Foto: Sandro Scheuermann)
 
Em 2014, a Defesa Civil municipal atuou em respostas a desastres naturais. A de maior ênfase ocorreu no dia 13 de outubro de 2014, quando Lages foi tomada por um de seus maiores desastres naturais, o temporal de granizo que assolou 60% da cidade, absorvendo por meses mão de obra dos agentes municipais de Defesa Civil, em conjunto à Secretaria de Estado de Proteção e Defesa Civil e secretarias municipais.
O ocorrido movimentou centenas de servidores públicos municipais e ativou a solidariedade nas famílias lageanas. Em decorrência da forte tempestade de granizo, caracterizada por precipitação sólida de gelo de diâmetro igual e superior a cinco milímetros, houve vendaval. De acordo com o relatório oficial da Defesa Civil municipal, o fenômeno teve duração de cerca de 20 minutos, destruindo e danificando telhados de unidades habitacionais, imóveis públicos e comerciais, sendo decretada Situação de Emergência.
Foram afetados 44 bairros e loteamentos. Mais de 93.700 pessoas. Entre elas, 1.149 desabrigadas. De danos materiais foram mais de 31.200 unidades habitacionais, 33 instalações públicas de saúde, 39 de ensino, 36 de uso comunitário e duas prestadoras de outros serviços. Sobre o capital humano, 200 servidores foram destinados para reabilitação de cenários (obras públicas e serviços gerais) e 200 para busca, resgate e salvamento, além de 50 para segurança pública e mais 26 para ajuda comunitária. Outros foram direcionados para serviços de avaliação de danos. Recursos federais, estaduais e municipais foram injetados para o atendimento às famílias. Lonas, telhas de fibrocimento de quatro, cinco e seis milímetros, e kits de limpeza, higiene e de acomodação foram doados.

Demais atendimentos
Em dezembro foram entregues 200 cestas básicas a famílias carentes, moradoras dos bairros Ferrovia, Popular, Habitação, Morro Grande, Caça e Tiro, São Luiz e Loteamento Preá, doadas pela instituição Cidade da Esperança, de Rancho Queimado (SC). Pela parceria com a Secretaria de Estado de Proteção e Defesa Civil foram construídas 12 casas modulares no bairro Santa Catarina para famílias que estavam em situação de maior risco nos bairros Santo Antonio, Bom Jesus e Morro do Posto. As casas ainda não foram entregues – faltam alguns ajustes.
Em junho uma precipitação pluviométrica ocorrida entre os dias 26 e 28 provocou transbordamento dos rios que cortam o município, ocasionando inundações de ruas e residências e movimentação de massa (deslizamento de terra) sobre residências nos bairros Bom Jesus, Ipiranga, Morro do Posto e Morro Grande. Houve alagamentos em diversos bairros. Na zona rural, estradas vicinais foram parcialmente destruídas, com necessidade de novo cascalhamento. Pontes e bueiros foram danificados, sendo que uma ponte foi parcialmente destruída pela enxurrada. A estimativa é de que 117 pessoas estiveram desabrigadas, mas o total de afetados foi de 850.
Em abril foi criado Conselho Municipal de Proteção e Defesa Civil (Comupdec) e em setembro, o seu o regimento interno. Neste mesmo mês foi homologado o Plano de Contingência. No início de 2014, em fevereiro, uma forte chuva de granizo atingiu 11 residências na localidade rural de Tributo. Quanto ao número de expedição de documentos em 2014, foram 521 ofícios, 1.255 declarações, 30 notificações, realizadas quatro interdições, 949 ligações de água e energia elétrica deferidas, 16 deferimentos de demolição e 556 ocorrências rotineiras atendidas.
 

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