Manifestante empunha faixa com os dizeres "Eu sou Charlie", em homenagem a mortos em massacre
A imagem, vazada nesta segunda-feira nas redes sociais e assinada pelo desenhista Luz, mostra Maomé com o semblante triste e uma lágrima no olho esquerdo, sob a frase 'Tout est pardonné' (Tudo perdoado).
Esse número, o primeiro após o atentado de quarta-feira passada, no qual morreram oito de seus jornalistas, entre eles o diretor, Charb, e quatro dos caricaturistas mais conhecidos da França, terá uma tiragem especial de três milhões de exemplares.
'Charlie Hebdo' costumava colocar à venda 60 mil exemplares, quantidade que foi multiplicada para responder ao interesse e a avalanche de pedidos recebidos tanto na França quanto no exterior.
O advogado da revista, Richard Malka, já tinha adiantado hoje mais cedo que esta próxima edição incluiria caricaturas de Maomé e piadas com políticos e religiosos, porque esse 'é o espírito de 'Eu sou Charlie'', disse ele a emissora 'France Info'.
'Nunca vamos ceder. Se não, nada disto faria sentido', defendeu o advogado e colaborador da revista atacada por dois jihadistas supostamente em represália por publicar esse tipo de caricatura do profeta do islã.
O ataque à revista, e outros dois posteriores cometidos nos dias 8 e 9 de janeiro por outro islamita radical, que causaram a morte de outras cinco pessoas, deram lugar ontem às maiores manifestações de protesto da história da França, com cerca de quatro milhões de participantes em todo o país.
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