No Jardim Corumbá, bairro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, onde morava o homem que diz ter matado 43 pessoas em 9 anos, na Baixada, o clima é de muito medo e revolta.
Próximo à residência de Sailson José das Graças, na Rua Thomaz Schwedimer 188, vizinhos comentavam indignados, na tarde desta quinta-feira, a descoberta de que um matador estava entre eles.
Filho de Fátima de Miranda, de 64 anos, assassinada na terça-feira, Igor Miranda de Souza, de 24, disse que após a descoberta do corpo da mãe, os próprios moradores das redondezas investigaram para saber quem foi o autor do crime.
Na região, já se comentava a existência de um “maníaco da faca”, em virtude de ter havido, nos últimos dois meses, pelo menos outras quatro mortes a facadas na região.
As buscas dos próprios moradores chegaram a Sailson, que foi denunciado à polícia e preso.
Fátima morava a cerca de 200 metros da casa do criminoso. Ela foi morta a facadas na madrugada de terça-feira, dentro de sua residência, na Avenida Eduardo Pacheco Vilena.
— Os moradores quiseram bater nele. Mas não sou a favor da violência. Tiraram a vida de uma pessoa muito querida para mim e para toda a comunidade. A televisão de minha mãe estava próxima ao corpo dela, embrulhada. Como se alguém tivesse tentado roubá-la. Além disso, levaram uma prancha de alisar cabelo, o celular e o aparelho de DVD dela — disse Igor. — Foi muita covardia com a minha “neguinha”.
Próximo à residência de Fátima morava Francisco Carlos Chagas, de 49 anos, assassinado em 23 de outubro a facadas, também dentro de casa, na Rua José Regattieri Filho.
Segundo a filha de Francisco, o pai estava tendo um caso com Cleusa.
Os dois foram vistos bebendo cerveja num bar nas proximidades, na noite do crime.
Segundo a jovem, que pediu para não ser identificada, o pai teria dito à mulher que tinha R$ 1.600 guardados em casa, para a renovação de sua carteira de habilitação.
Francisco era motorista de van numa linha que fazia o trajeto Nova Iguaçu-Corumbá.
Em determinado momento, ele decidiu ir em casa tomar banho, mas avisou a Cleusa que retornaria ao bar. O que não aconteceu. Vizinhos contaram que Sailson vivia com outras três pessoas — Cleusa e outros dois homens — numa casa humilde
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