Ministério das Cidades conhece projetos de transporte público de Lages

“O prefeito Elizeu foi elogiado por estar buscando humanizar a cidade.” Jorge Raineski

Foram apresentadas quatro áreas de abrangência: pavimentação e recuperação de vias, qualificação de abrigos, corredores exclusivos e microterminais (Foto: Divulgação)

O prefeito Elizeu Mattos esteve em Brasília na semana passada acompanhado do secretário de Planejamento, Jorge Raineski, e do arquiteto da pasta, Gastão Carsten, para apresentar um pré-projeto à equipe técnica da comissão de mobilidade urbana do Ministério das Cidades. Eles explicaram os quatro tipos de iniciativas de humanização e valorização do uso do transporte coletivo público em Lages. O trabalho foi assessorado pela empresa à qual está concedida a exploração do serviço no município. Foram apresentadas quatro áreas de abrangência: pavimentação e recuperação de vias, qualificação de abrigos, corredores exclusivos e microterminais. O documento contempla métodos de melhoria dos pontos de embarque e desembarque nos ônibus e das vias por onde os veículos passam. Seriam recuperados os trechos em que o asfalto está deteriorado e pavimentado onde ainda não há camada, evitando transtornos com poeira e barro em dias de chuva aos usuários. O projeto foi bem recebido. “O Ministério das Cidades se manifestou surpreso com nosso interesse. O prefeito Elizeu foi elogiado por estar buscando humanizar a cidade. Compreendemos que o ônibus perdeu muito de seus passageiros porque as pessoas passaram a ter maior acesso à compra de automóveis e motos, e é daí também que vem o problema. Não adianta ter carro se não existe lugar para estacionar no Centro, ou pagar caro para isso, ou ainda enfrentar congestionamentos e chegar atrasado aos compromissos”, observa Raineski. Vias exclusivas A prefeitura de Lages cogita implementar vias expressas exclusivas para ônibus em ruas e avenidas com maior fluxo e picos de congestionamento, a exemplo da Presidente Getúlio Vargas. Isso depende de se capacitar as vias paralelas para absorção do fluxo de automóveis, pois consequentemente haverá congestionamentos de veículos menores. No Planejamento pensa-se em uma solução, em que seria prolongada a rua Lauro Müller, construindo-se um viaduto por cima da avenida Belizário Ramos (Carahá), com desemboque na rua avenida Brasil, tendo continuidade da Lauro Müller como forma de deslocamento dos veículos menores para o bairro Coral, desafogando a Presidente Vargas e permitindo acesso controlado de veículos menores. Miniterminais No projeto especial do município está contemplada revitalização dos pontos de embarque nos principais bairros da cidade, de grande impacto, com construção de miniterminais cobertos, compostos por pracinha de embarque, formada por espaço de entrada e parada dos ônibus; meio-fio elevado para evitar quedas e facilitar a subida ao veículo em local pavimentado; quiosque ao lado; informatização seguindo-se a linha dosmartcity, em que os ônibus contém sistema de GPS, proporcionando ao usuário as principais informações sobre seu deslocamento, com central inteligente de monitoramento a partir de aplicativo – onde está o ônibus e quantos minutos faltam para o ônibus chegar ao ponto, por exemplo. Diferentemente do Terminal Urbano, os miniterminais têm a função de pontos rápidos de embarque, com agilidade. Outra intenção consiste na pavimentação de ruas do itinerário dos ônibus. “Pela apresentação do projeto e aceitação prévia dos técnicos, temos convicção de que o projeto será classificado para receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Mobilidade Urbana). É um sonho de todo administrador ver as ruas, por onde passam os ônibus, recuperadas e pavimentadas”, avalia o secretário. O projeto é de R$ 58 milhões. Os recursos seriam aportados pelo governo federal. “País desenvolvido não é aquele onde o pobre consegue ter seu próprio carro, mas aquele onde o rico anda de ônibus”, avalia. Prazo de dez dias A Secretaria de Planejamento terá de cumprir o prazo de dez dias, contados a partir de segunda-feira, dia 1, atribuído pelo Ministério das Cidades, para entregar novamente os projetos, com os ajustes propostos em Brasília. Não será necessária nova viagem, somente o envio. O governo federal ofereceu recursos para que se façam os projetos. “Esta é uma situação especial conquistada pelo prefeito Elizeu Mattos e foi possível pela sua proximidade com o Ministério das Cidades e com a vice-presidência da República. Poucas cidades têm este privilégio de poder apresentar um projeto de mobilidade urbana na capital federal, ainda mais desta forma, arrojada e audaciosa”, finaliza Raineski.