quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Parque Órion deverá oportunizar cerca de cinco mil empregos

 
“O Órion não será um Parque exclusivo para empresários, será de toda a comunidade legeana e serrana. A ideia é a integração, oportunidade de trabalho e qualificação de mão de obra.” Ricardo Martello
 
Prédio central deverá estar pronto até fevereiro. (Fotos: Sandro Scheuermann)
 
Já foram iniciadas as obras do quarto e último pavimento do prédio central do Parque Tecnológico da Serra Catarinense (Parque Órion), que contará com quatro mil metros quadrados, sendo que o território total da área compreende aproximadamente 90 mil metros quadrados, no bairro São Francisco. O Parque Órion foi idealizado para abrigar e apoiar iniciativas de Tecnologia da Informação (T.I.) e inovação, inclusive suporte a ideias acadêmicas que sejam transformadas em negócios promissores e economicamente viáveis. O diretor de Tecnologia e Inovação da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (SDETR), Ricardo Martello, explica que as obras do prédio principal do complexo estão cerca de 70% concluídas. “Já estão começando a quarta laje e estão bem avançadas. A previsão atual de término do prédio está entre final de janeiro e início de fevereiro de 2015. A licitação previa o término do contrato para final de janeiro, mas é natural que haja probabilidade de aditivos, melhorias nas obras”, comenta Martello.
A empresa JK Engenharia de Obras Ltda., de São José, está executando os serviços, estando prestes a iniciar os trabalhos de construção das estruturas metálicas, o que começará a dar uma identidade para a obra. “É uma obra grande e complexa. Tivemos alguns problemas, mas foram corrigidos a tempo”, pondera o diretor. Entre empresas incubadas e instaladas nos lotes ao redor do prédio, quando em operação plena, o Óriondeverá contar com até 50 empresas, o que significa em torno de cinco mil trabalhadores. Nos Estados Unidos (EUA) e na Europa, este tipo de Parque funciona como uma minicidade, com vida própria.

Estrutura ímpar

No moderno e audacioso projeto arquitetônico do edifício principal estará concentrado o centro administrativo de todo o Parque. Serão quatro andares, com laboratórios, elevador panorâmico, incubadora de empresas, auditórios modulares com capacidade para 400 lugares (com ajustes de espaço através de paredes divisórias, dependendo do evento), centro de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), salas de treinamento e de inclusão digital, empresas residentes, estrutura de apoio, áreas de convivência, praça de alimentação e o Museu da Tecnologia. Haverá amplo estacionamento com capacidade em torno de 347 vagas.

Infraestrutura

Quanto ao restante do complexo e seu loteamento, onde estarão instaladas estruturas físicas empresariais, além das incubadas no edifício central, Martello comenta que foi definido junto ao prefeito Elizeu Mattos e à Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) a questão da instalação da rede de coleta de resíduos de esgoto da área da rua Heitor Villa-Lobos, onde está o Parque. “A intenção é que a via coletora esteja incluída na dotação orçamentária de 2015 da Semasa, passando por esta rua e chegando até o emissário do rio Carahá, próximo ao Bar do Gordo. Portanto, a população moradora das adjacências da rua Heitor seria beneficiada, além do Órion e do Instituto Federal de Santa Catarina (Ifsc)”, observa Martello. Automaticamente, iniciará também a instalação da rede de água potável, ou seja, consiste num projeto hidrossanitário. O projeto de fornecimento de energia elétrica está sendo finalizado, tratando o Parque como loteamento industrial, incluindo ligação em rede de alta tensão e transformadores, numa estrutura apta a atender os futuros empreendedores e instituições do Órion.

20 incubadas e mais 12 lotes

Além de aparecer como o centro administrativo, o edifício central receberá entre 20 e 30 empresas, entre elas, SistemaMOB, Wi, Controle, Plasoft, SP eEchosis. Do lado de fora, serão doados 12 lotes para empresas que desejam construir filiais ou matrizes, conforme prevê o Masterplan (prévia de layoutdo complexo), mas há possibilidades de novos desmembramentos. Entre elas, Softecsul e NDDigital, e está em conversação uma nova unidade daFlex Contact Center. Há prospecções de empresas de fora do Brasil. Em geral, os lotes variam entre dois e quatro mil metros. Este é um processo complexo devido ao fato da necessidade da infraestrutura: rede elétrica, urbanização e vias públicas. “Estamos na fase final do desmembramento de cinco mil metros para o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac T.I.). O Órion não será um Parque exclusivo para empresários, será de toda a comunidade legeana e serrana. A ideia é a integração, oportunidade de trabalho e qualificação de mão de obra. No prédio do Parque será oferecida toda a estrutura: mobiliário, salas climatizadas, Internet com alta velocidade, servidores. Irá auxiliar tanto as que estão começando, como as já em maturação, a exemplo das provenientes da MidiLages”, reitera Ricardo Martello.

Estudos

A Procuradoria-Geral do Município (Progem) está estudando a melhor forma de viabilização dos terrenos para as empresas e instituições de ensino. “Será analisado se acontecerá via Lei Municipal número 3.626, de incentivos, ou se será elaborada uma específica. Os planos de negócios passarão pelo crivo do Conselho do Instituto Órion, composto pela Tríplice Hélice (iniciativas pública, privada e entidades representativas, e de ensino). A iniciativa tem de ser voltada à tecnologia, seja biotecnologia, ciências da computação, desenvolvimento de softwares. Estamos analisando formas de capacidade financeira para as doações de lotes, pois não se pode disponibilizar os terrenos sem que haja o mínimo de condições”, pontua Ricardo Martello. As empresas ou instituições que desejam pleitear, tanto um espaço dentro do prédio, com a estrutura básica, quanto uma área externa, deverão entrar em contato com o diretor de Tecnologia, via Secretaria do Desenvolvimento (3224-0600), ou diretamente com o Instituto Órion. As doações devem acontecer no próximo ano.

Recursos

Dos mais de R$ 5,7 milhões de custo da obra na entrega da ordem de serviço, R$ 5 milhões foram direcionados pelo governo do Estado e, pelo município, outros R$ 1,2 milhão. “Havia R$ 5 milhões para o projeto e obra do prédio principal. Anos anteriores foi adquirido o terreno pela prefeitura. Além do restante do valor da obra, o município terá de bancar a infraestrutura. A rede de esgoto custará cerca de R$ 700 mil; a elétrica, R$ 200 mil, mais cerca de R$ 300 mil para arruamentos, deslocamentos de terra e terraplanagem.”
Atualmente, está se trabalhando sobre o projeto executivo do loteamento, que dependerá de aprovação do Ministério Público e passará por cartório de registro. Também fazem parte do Parque os projetos urbanístico (já finalizado) e arquitetônico. “Após estas aprovações, estas novas obras de infraestrutura deverão ser licitadas”, adianta Martello. O projeto elétrico está sendo finalizado, o hidrossanitário, já concluído, e houve avanço na parte de projetos voltados às terraplanagens e estruturação das vias que serão abertas dentro do Parque. “Estamos correndo atrás dos recursos para o mobiliário, o que deve chegar à cifra de R$ 1 milhão. Solicitaremos auxílio à Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e Governo do Estado.”
 

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