O incêndio que atingiu nos últimos dias a região serrana do Rio e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos foi considerado extinto agora à tarde pelo Corpo de Bombeiros e pela equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade (ICMBio). De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros da região serrana, coronel Roberto Robadey, a chuva de ontem à noite (19), que caiu na serra e que durou quase toda a madrugada de hoje (20), acabou com os focos de incêndio que atingiam a região serrana desde o último dia 7. Os dois últimos focos de fogo na região de Itaipava foram extintos com o auxílio de dois helicópteros. Segundo Robadey, como a mata era fechada e de difícil acesso, foi necessário o uso das aeronaves para encharcar o solo e promover a extinção completa dos focos.
O oficial do Corpo de Bombeiros fez um alerta à população que mora na região serrana do Rio para que não provoque queimadas e não queime lixo na porta de casa. "Todo dia o morador junta as folhas no quintal e coloca fogo. Isso é uma irresponsabilidade total nesta época de estiagem. A pessoa acaba perdendo o controle do fogo e ele atinge a mata".
Robadey explicou que o incêndio na vegetação acaba facilitando o deslizamento de terra em dias de chuva forte. "O incêndio tira a cobertura vegetal das nossas encostas íngremes da região serrana e, quando vem a chuva forte sem a proteção natural que as encostas têm, esse deslizamento pode acabar caindo sobre a casa dele. O morador não deve promover essas queimadas, até mesmo para se proteger de desastres ainda piores", alertou.
O coordenador de Emergências Ambientais do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Christian Berlinck, disse que os focos de incêndio foram controlados também na área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, que teve 1.840 hectares (um hectare equivale à medida de um campo de futebol oficial) de vegetação de Mata Atlântica destruídos. Segundo ele, um levantamento preliminar indica que "na região dos campos existe a possibilidade de a área ser recuperada em dois anos e na área de floresta não se tem uma avaliação de quanto tempo levará para a área ser recuperada".
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