Muitos casais resolvem subir ao altar com a esperança de ter uma vida mais tranquila e feliz ao lado de quem amam. Mas é preciso dosar a expectativa diante do parceiro e da relação para que não haja uma frustração. Até porque, como muitas mamães e vovós dizem por aí, casamento não é um mar de rosas. E quando os problemas surgem e as mágoas se acumulam, a relação pode ficar vulnerável.
Nessa hora, há mulheres que tentam engravidar para salvar o casamento, por exemplo. "É muito arriscado apostar nisso. Que filhos é uma benção e trazem alegria para os pais é um fato, mas também trazem muito trabalho e nos primeiros anos de vida podem afastar o casal. Pode ser que, no passado, filho segurasse casamento, mas hoje em dia não mais", explica a psicóloga clínica e psicoterapeuta Triana Portal.
Além disso, quem cria uma expectativa de que a relação não terá mais brigas após o casório, pode encontrar um cenário bem diferente. "Quem espera o paraíso do casamento pode ter uma decepção muito grande. Quanto maior a expectativa, maior a queda", enfatiza.
Então, que tal olhar o casamento de uma maneira bem mais natural e realista evitando sofrimentos? Para te ajudar, reunimos a seguir algumas dicas da especialista.
Engravidar para salvar casamento
"É arriscado apostar nisso. Que filhos é uma bênção e trazem alegria para os pais é um fato, mas também trazem muito trabalho e nos primeiros anos de vida podem afastar o casal. Existe um número alto de divórcios antes de o filho completar três anos e muitos relatam estresse como um dos motivos. A mulher foca na criança, um não tem mais tempo para o outro, não dormem direito, o sexo fica menos frequente, as responsabilidades aumentam. Pode ser que, no passado, filho segurasse casamento, mas hoje em dia não mais", opina a psicóloga Triana Portal.
Depois do casamento não dá para mudar aquela mania dele (a)
"Se o parceiro estiver disposto a mudar, seja lá o que for, pode ser que mude, independentemente de casar ou não. Ou seja, a mudança não precisa ser antes ou depois do casamento para ter sucesso, basta que haja investimento emocional e vontade. E isso deve ser uma iniciativa da própria pessoa e não outro. Não se obriga ninguém a mudar o que não deseja ou não percebe como problema", afirma Triana.
Casamos: casa cheia de amigos?
"Pode ser que sim, no caso de quem gosta de receber, ou quando o casal tem amigos em comum ou afinidades. Mas isso se a relação for bem resolvida, equilibrada. No entanto, o que é mais comum acontecer é a mudança de interesses: a família passa a ser o foco, chegam os filhos, bem como alguns projetos em comum. Aí, a vida de solteiros (sempre com os amigos) ficará morna e em segundo plano", observa.
O amor será sempre um mar de rosas após o casamento
"Dificilmente será assim. Problemas existirão e aos montes. Conviver é um desafio constante e a vida nos prega peças. Tem altos e baixos, ambos passam por períodos de turbulência e, se conseguirem manter a união, o relacionamento vai se fortalecer e ganhar um sentido muito maior. Quem espera o paraíso do casamento pode ter uma decepção muito grande. Quanto maior a expectativa, maior a queda", diz Triana.
Rotina de casados
"Cuidado para não cair na monotonia e deixar a rotina arruinar a relação. Sair do script, arriscar, fazer surpresas, desvios no caminho e mudanças, no geral, são saudáveis", adverte a psicóloga clínica e psicoterapeuta Triana Portal.
É fato: a vida sexual piora após o casamento e não há mais liberdade
"Discordo. Liberdade para quê? A vida sexual pode até melhorar se o casal estiver em boa sintonia. A monotonia vem com o passar dos anos, com o acúmulo de mágoas, a falta de diálogo. Mas também não é regra: há quem consiga manter o desejo sempre", opina Triana.
Os problemas de antes deixarão de existir após a troca de alianças
Dependendo do problema pode melhorar ou piorar. Questões práticas e logísticas relacionadas à rotina, por exemplo, o fato de morar longe um do outro ou sustentarem duas casas, coisas desse tipo, podem se ajustar. E aí, sim, o casamento vai trazer mais conforto para o cotidiano do casal. "Mas encrencas familiares, características de personalidade ou vícios pessoais podem ser entraves para a boa saúde da relação, principalmente se o casal, ou um dos dois, deposita no casamento muita esperança de mudanças", completa a psicóloga clínica.
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