O ex-pedreiro Santiago Meza López foi preso em 2009 no México por ocultação de cadáver. Ele confessou ter se desfeito de ao menos 300 cadáveres entregues a ele por um dos grupos que disputavam o controle do narcotráfico no estado mexicano da Baixa Califórnia, que fica próximo à fronteira com os Estados Unidos.
Desde o início das investigações, três fossas clandestinas já foram localizadas, mas acredita-se que há outras ainda por serem descobertas. Os mais de 300 corpos encontrados pertenceram a um número ainda incerto de pessoas que foram mortas durante os primeiros anos da guerra contra o narcotráfico e tiveram seus corpos dissolvidos em barris com ácido, soda cáustica e outros produtos químicos.
A guerra em Tijuana é uma das principais trincheiras entre o cartel de Sinaloa e o de Arellano Félix. Um dos líderes deste segundo grupo era Teodoro García Simental, conhecido como “El Teo”, que em 2008 abandonou o seu cartel para se unir aos rivais. Essa movimentação deu origem a uma guerra pelo controle de uma rota de tráfico na região, em que morreram 3 mil pessoas e desapareceram outras 900.
O ex-pedreiro insiste que só recebia cadáveres, ainda que centenas deles, mas que nunca matou ninguém. Quase todas as vítimas eram dissolvidas nos barris de ácido, o que deu a Santiago o apelido de “El Pozolero”, uma referência à palavra “poço” em espanhol, pois os restos humanos foram colocados em fossas clandestinas. Ao ver as fotos das vítimas, ele disse não reconhecer nenhuma delas.
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