Vacinadas 1.825 pessoas sábado contra hepatite B

“Temos ciência de que o contingente das hepatites está bem maior, pois há pessoas que ainda não descobriram que são portadoras. Aconselhamos à população que faça check-ups e exames periódicos com acompanhamento médico.” Márcia Spíndola

Em Lages estão registrados cerca de 340 casos dos tipos B e C (Foto: Sandro Scheuermann)

Esta segunda-feira, 28 de julho, marcou a passagem do Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Mas a semana de mobilização estadual iniciou no sábado (26), seguindo até sexta-feira (1). No sábado foi realizado o Dia D contra a hepatite B na Central de Vacinas da Vigilância Epidemiológica e nas 23 salas de vacina em Unidades Básicas de Saúde (UBSs). De acordo com a diretora de Vigilância em Saúde, Rose Cristina Possato Penso, 1.825 pessoas foram imunizadas nesse dia em Lages. O foco são as da faixa etária entre 15 a 49 anos, mas outras também podem solicitar a vacina. A Vigilância disponibiliza exames gratuitos de HIV/Aids, sífilis e hepatites virais, no Laboratório Municipal, anexo à instituição, no Centro. No sábado, 42 pessoas se submeteram aos exames. “A hepatite é uma doença silenciosa e demora a demonstrar os sintomas, podendo, inclusive, levar à morte. Há dois meios de se prevenir: pela vacina e com o uso de preservativos. É preciso conscientização”, salienta  a gerente da Vigilância Epidemiológica, Márcia Spíndola. Para ter eficácia na imunização contra a hepatite B, é preciso respeitar o esquema vacinal, ou seja, a aplicação das três doses. Após a primeira, a segunda deverá ser feita 30 dias depois e a terceira, 180 dias depois da primeira. Bebês tomam a primeira dose ao nascer, na sala de vacinas do Hospital Tereza Ramos. Os nascidos em clínicas particulares devem ser levados à unidade central ou nas UBSs. Cuidando da saúde O motorista Márcio Fernando de Sá Branco, 35 anos, decidiu procurar a imunização logo pela manhã, no sábado, na Vigilância Epidemiológica. “É importante a gente cuidar da saúde, ainda mais que a vacina é de graça. Outro dia fiz a da gripe também”, conta o morador do Centenário. Números Em Lages estão registrados cerca de 340 casos de hepatites B e C (em acompanhamento pelo Ambulatório Municipal); 800 notificados, de pacientes portadores de Aids/HIV e cem casos de sífilis, sendo 32 de gestantes, notificados. “Temos ciência de que o contingente das hepatites está bem maior, pois há pessoas que ainda não descobriram que são portadoras. Aconselhamos à população que faça check-ups e exames periódicos com acompanhamento médico”, enfatiza Márcia. Sobre a doença A hepatite A é transmitida por água, alimentos e fezes contaminados ou de uma pessoa para outra. Já os vírus da B e C são transmitidos, sobretudo, por meio do sangue, assim como pelo uso de seringas, agulhas e materiais cirúrgicos contaminados e por transfusão de sangue não testado. A atenção deve ser redobrada com relação a materiais de estúdios de tatuagem, consultórios odontológicos, salões de depilação e de beleza. O vírus da hepatite B pode ser transmitido, ainda, durante relações sexuais desprotegidas.