O Ministério Público de São Paulo vai iniciar uma investigação sobre as suspeitas de irregularidade na construção do Templo de Salomão. O complexo da Igreja Universal foi levantado tendo um alvará para reforma, documento que não seria adequado para um empreendimento com dimensões tão grandes, o qual necessitaria de um alvará para construção.
Conforme a investigação, o alvará de reforma permitiu que a Igreja Universal economizasse cerca de R$ 35 milhões, correspondentes a 5% do total da obra (R$ 680 milhões). Esse dinheiro que ficou nos cofres da Universal seria empregado em contrapartidas e melhorias exigidas pela Prefeitura de São Paulo.
O alvará de reforma havia sido fornecido por um setor da Secretaria Municipal de Habitação comandado por Hussein Aref Saab, que acabou sendo demitido em 2012 por suspeita de enriquecimento ilícito. Essa autorização permitia que fossem erguidos mais 64,519 metros quadrados em um terreno onde já havia uma área construída de 2.687,32 m². Entretanto, a Igreja Universal optou por demolir essa parte que já existia e construir o complexo com 74 mil m².
Para uma construção desse porte ser aprovada atualmente, a Universal seria obrigada a disponibilizar um espaço correspondente a 40% da área construída para moradias populares. Contudo, sendo considerada uma reforma aos olhos da lei, essa obrigação não existe.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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