- 0/07/2014 11h34
- Brasília
Ivan Richard – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger
Terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, o candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, disse há pouco a empresários da indústria que o atual modelo político do país, baseado na coalizão de partidos, “esclerosou e faliu” e, por isso, precisa ser revisto para viabilizar as mudança que possibilitem tornar o país mais competitivo. “Precisamos compreender que a solução antes da economia é na política”, disse. Além de Campos, foram convidados para a sabatina os candidatos de PSDB, Aécio Neves, e do PT, Dilma Rousseff.
“Não tem solução para o que está aí, sem um debate político profundo no Brasil. O padrão político de governança esclerosou, faliu e não vai dar uma nova agenda de competitividade para a economia brasileira. O novo padrão político que se exige é um software que compreenda o que acontece no mundo para levar o Brasil a um ambiente seguro para investir e que anime os investidores”, discursou Campos.Durante abertura de sabatina dos presidenciáveis promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), Campos prometeu comandar uma reforma política que acabe com “essa lógica patrimonialista, fisiologista e atrasada que tem a cabeça no século 19”.
Ministro no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Campos criticou o atual modelo de gestão petista que, segundo ele, levará o país para trás. “O presidencialismo de coalização não vai levar o Brasil a um bom lugar. Só levará o Brasil para trás. Eu tenho a confiança de dizer aos empreendedores brasileiros que eu e a Marina [Silva, indicada a vice] representamos a única possibilidade de quebrar o presidencialismo de coalizão e unir o país em torno de uma nova visão de desenvolvimento e governança”.
Campos disse que o Brasil vive o desafio do desenvolvimento industrial para fazer o setor sair da estagnação. “Essa é uma situação que exige de nós uma reflexão profunda, mais do que uma simples crítica ou buscar culpados e responsáveis. Responsáveis somos todos nós. Temos potencialidades enormes, temos desafios antigos e novos criados na conjuntura mais recente do país por uma governança macroeconômica que precisa ser revista”.
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