terça-feira, 22 de julho de 2014

Centro de Atenção Psicossocial atende em torno de 40 pacientes por dia

 
São oferecidos atendimento médico com psiquiatra, de segunda a quinta-feira, entrega de medicamentos, acompanhamento com assistente social através de trabalho individual, em grupos e familiar
 
O total de cadastrados chega a 330, mas frequentes assiduamente, cerca de 140 (Foto: Nilton Wolff)
 
Um dos mecanismos de apoio a pacientes vítimas de problemas mentais em Lages, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps 2), na avenida João Goulart, bairro Pisani, atrelado à Secretaria de Saúde, presta atendimentos específicos a portadores de transtornos mentais severos, como a esquizofrenia, a partir dos 18 anos de idade. A frequência ao Centro de Atenção depende do nível de gravidade da doença e da avaliação médica e psicológica sobre a intensidade do tratamento. “Há quem venha diariamente, ou três vezes por semana, ou ainda por período. Temos uma média de 40 pacientes frequentes ao dia”, informa a coordenadora Vanuza Brunetta.
O total de cadastrados chega a 330, mas frequentes assiduamente, cerca de 140. A maioria é portador de esquizofrenia e depressão profunda, moradores de diversos pontos da cidade. Por isso um ônibus é disponibilizado (gratuitamente). No local são servidas refeições (café da manhã, almoço e lanche).
São oferecidos atendimento médico com psiquiatra, de segunda a quinta-feira, entrega de medicamentos, acompanhamento com assistente social através de trabalho individual, em grupos e familiar. Psicóloga, enfermeira, técnicas de enfermagem e artesã fazem parte do quadro de colaboradores. Terapias ocupacionais; artesanato com pintura em vidro e panos de prato; pintura de quadros; desenhos; costura; atividades laborais; passeios e festas comemorativas auxiliam e integram os pacientes.
A caminho de uma vida nova
Amparado por um auxílio-doença, o fiscal de vigilância, Orlando César de Oliveira, morador do bairro Penha, 39 anos, está submetido ao atendimento do Caps 2 há três anos. Seu problema de esquizofrenia foi agravado depois de um assalto, enquanto desempenhava sua função de vigilante de transporte de valores (carro-forte). Está se reabilitando e se preparando para alçar novos voos. “Na verdade, meu problema é familiar. Acredito que meu avô morreu de esquizofrenia. Tenho um irmão e uma sobrinha com o mesmo problema”, conta.
Durante uma rota entre Florianópolis e Garopaba, Orlando foi vítima de assalto no Morro dos Cavalos. Ninguém foi ferido. “Então o problema se desenvolveu com maior intensidade”, revela. “Depois que cheguei no Caps, minha qualidade de vida melhorou muito. Eu tinha muito atrito familiar e com outras pessoas. Meu convívio social melhorou”, garante.
Sobre a doença
A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica endógena, que se caracteriza pela perda do contato com a realidade. A pessoa pode ficar fechada em si mesma, com o olhar perdido, indiferente a tudo o que se passa ao redor ou, os exemplos mais clássicos, ter alucinações e delírios. Antigamente os doentes eram internados em sanatórios, pois pouco se sabia a respeito da doença. Contudo, nas últimas décadas, houve grande avanço no estudo e tratamento da esquizofrenia que, quanto mais precocemente for tratada, menos danos trará aos doentes.
 

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