O Ministério Público de Três Passos (RS) emitiu, nesta quinta-feira, parecer contrário à revogação da prisão temporária do médico Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo Uglione Boldrini. O pedido foi feito pelo advogado Jáder Marques na noite de quarta-feira e deve ser analisado pelo juiz Marcos Agostini nesta sexta-feira. A prisão temporária vigora até 13 de maio, dia em que o polícia também deve concluir o inquérito que investiga a morte do garoto, desaparecido de casa em 4 de abril e encontrado enterrado em um matagal de Frederico Westphalen, a 80 quilômetros de Porto Alegre, em 14 de abril. Desde aquele dia, Leandro, a madrasta Graciele Ugulini e a assistente social Edelvânia Wirganovicz estão presos.
Em seu parecer, a promotora de Justiça Dinamárcia Maciel de Oliveira sustentou que a ordem de prisão temporária, ao contrário do que alega a defesa de Leandro Boldrini, não foi expedida por meras suposições, desconfianças ou com base apenas nas palavras de Edelvânia. "Longe disso, vários outros indícios apontam a perfeita ciência do pai acerca da morte do filho antes mesmo de o corpo de Bernardo ser encontrado e quando todos procuravam o menino ainda, o que o coloca dentro do rol de suspeitos", afirmou.
Em depoimento dado à polícia na quarta-feira, Graciele alegou que a morte de Bernardo foi "acidental" porque teria sido provocada pela ingestão excessiva de medicamentos que ela deu ao garoto para acalmá-lo. Um laudo já emitido pela perícia indicou a presença de substâncias do sedativo midazolam no corpo do menino. A enfermeira isentou o marido Leandro de culpa no episódio, o que levou o advogado dele a pedir a revogação da prisão poucas horas depois.
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