sábado, 1 de março de 2014

Rosas, Vai-Vai e Dragões despontam como favoritas

Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)
Por MSN Carnaval

Rosas de Ouro, Dragões da Real e Vai-Vai encerraram a primeira noite dos desfiles de São Paulo como favoritas. Porém, esta noite de 2014 será lembrada daqui a anos não pela qualidade das apresentações, que não chegaram a levantar o público. Mas, sim, pelo temporal que castigou boa parte da noite, com direito a chuva de granizo.
A água que caiu atrapalhou, e muito, as performances. Principalmente da Leandro de Itaquera, primeira a desfilar e que teve a Copa do Mundo como enredo, e a X-9 Paulistana, a terceira e que tratou da “loucura”.
Foram nessas duas apresentações que a chuva caiu com muita força, com a agremiação de Itaquera, que trouxe a polêmica Andressa Urach à frente de sua bateria, encerrando seu desfile debaixo de granizo.
Já a X-9, de Gracyane Barbosa, sofreu com as enormes poças formadas pela tempestade.
O fato deve prejudicar bastante o resultado dessas duas escolas, que acabaram ficando mais lentas e não evoluíram com a mesma leveza das demais.
A Rosas de Ouro, segunda do dia e com Ellen Roche à frente da bateria, foi muito bem com o enredo “inesquecível”, sendo um dos destaques da noite. Contudo, embora tenha escapado do dilúvio, muitas das suas fantasias, que já eram pesadas, ficaram ainda mais difíceis de serem carregadas pelos componentes.
Isso talvez tenha sido o principal adversário da Rosas de Ouro, que desponta como favorita ao lado da Dragões da Real, da ex-BBB Cacau Coluci, e da Vai-Vai, que trouxe Luiza Ambiel, ex-Banheira do Gugu.
A escola ligada à torcida do São Paulo homenageou as décadas de 70 e 80, enquanto a Vai-Vai apostou em alegorias grandiosas no enredo sobre a cidade de Paulínia. Algumas, contudo, pecaram no acabamento.
Enlouquecer a arquibancada foi tarefa que a Acadêmicos do Tucuruvi também não conseguiu, com o enredo sobre crianças. Apesar do samba leve, a escola fez um desfile apenas correto, com destaque para Livia Andrade à frente de sua bateria.
Quem fechou o primeiro dia, com o céu já claro, foi a Tom Maior, destaque negativo ao falar sobre Foz do Iguaçu. A agremiação apresentou problemas no eixo de dois carros alegóricos, sendo um deles o abre-alas, que demorou mais de dez minutos a entrar e prejudicou a evolução da escola. A agremiação teve de acelerar o passo para não estourar o limite de tempo.
FAMOSIDADES
Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)
Com direito a chuva de granizo. Foi assim que a Leandro de Itaquera abriu os desfiles das Escolas de Samba de São Paulo, nesta noite de sexta-feira (28).
O enredo 'Ginga Brasil, futebol é raça. Em 2014 a Copa do Mundo começa aqui” foi uma homenagem da agremiação da Zona Leste paulistana á Copa do Mundo, que acontecerá no Brasil em 2014 e terá sua abertura no futuro estádio do Corinthians em Itaquera, vizinho da escola vermelha e branca.
Sem craques dos gramados cruzando o Anhembi, a agremiação apostou nos atributos de Andressa Urach, a eterna vice do Miss Bumbum para chamar a atenção.
A modelo não fez feio como madrinha de bateria. Pelo contrário. Com uma generosa fantasia, deixou os marmanjos boquiabertos e também mostrou samba no pé mesmo debaixo de muita chuva, embora neste quesito tenha sido ofuscada pela Rainha de Bateria Vivi Brilho.
“Depois da Leandro ninguém se lembrará das outras escolas”, profetizou Urach minutos antes de cruzar a avenida.

Foi um discurso um tanto quanto pretensioso. O desfile da Leandro de Itaquera, que voltou para o Grupo Especial de São Paulo neste ano, foi para tentar manter a escola na elite. Dificilmente a vermelha e branca conseguirá alçar voos mais altos em 2014. No geral, foi uma apresentação fria, apesar do enredo bastante popular.

O público em poucos momentos se levantou. A bateria do mestre Pelé, vestida em homenagem ao Rei do Futebol, apresentou algumas paradinhas e ousadias, mas foi muito prejudicada pela chuva.
O samba puxado por Juninho Branco, com três refrões, não pegou.
A água que caiu atrapalhou a evolução, já que deixou as fantasias de boa parte dos 2.800 componentes, que passaram com muita garra, mais pesadas.

Algo que chamou a atenção foi a ausência de jogadores de futebol desfilando. Durante a preparação, a diretoria da escola sonhou com a presença de Pelé, algo que não ocorreu. Diante disso, um carro alegórico trouxe várias imagens de atletas atuais, entre eles Walter, o famoso gordinho do Fluminense. O repórter esportivo da Rede Globo, Mauro Naves, acabou sendo um dos mais assediados no desfile.

A comissão de frente atraiu bastante os olhares, com a coreografia simulando um jogo de futebol, com direito a cobrança de pênalti e malabarismo dos dançarinos, incluindo duas habilidosas jogadoras.
A comissão ainda fez uma homenagem ao jogador Tinga, do Cruzeiro, vítima de racismo em recente jogo da Libertadores.
O carro abre-alas trouxe uma enorme bola Brazuca, que será a oficial do Mundial do Brasil. Porém, apresentou problema logo no início e algumas alas tiveram que entrar em sua frente, algo que também atrapalhou a evolução.
As cinco conquistas brasileiras em Copas também foram lembradas. Houve ainda uma crítica social ao fato de a maioria dos jogadores virem de origem humilde.
FAMOSIDADES
Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)
A Rosas de Ouro fez jus ao enredo “Inesquecível” que levou ao Anhembi nesta madrugada de sábado (1).
A segunda escola a desfilar em São Paulo teve uma apresentação marcada pela emoção e criatividade, o que a coloca desde já como uma das favoritas à conquista, algo que escapou por pouco nos dois últimos anos, quando amargou o vice-campeonato. O último título veio em 2010.
Sem chuva, mas com a avenida ainda muito molhada pelo temporal que atrapalhou o desfile da Leandro de Itaquera, a escola arrebatou as arquibancadas assim que iniciou sua performance.
A Comissão de Frente foi marcante, trazendo dezenas de personagens inesquecíveis do grande público, como Ayrton Senna, Michael Jackson, Elvis Presley, Carmem Miranda, Professor Raimundo, Chacrinha, Chaplin e muitos outros.
A primeira impressão causada foi corroborada pelo restante do desfile, feito de ideias simples, mas muito bem executado. Dificilmente alguém que assistiu deixou de se identificar com algo “inesquecível” apresentado, o que não tornou a apresentação fria em nenhum momento.
As alegorias ilustram isso. Logo no abre-alas, o milagre da vida foi explicado com a encenação do menino Jesus. Angelina Basílio, presidente da escola, encarnou o papel de Maria, uma das surpresas da noite.
O segundo carro trouxe personagens que marcaram a infância de muita gente, como Fofão, a turma do Balão Mágico, Turma da Mônica e o Sitio do Pica Pau Amarelo. Houve também espaço para o terror, com José Mojica Marins fazendo o papel dele mesmo, de Zé do Caixão.
A escola não apresentou problema com o tempo em momento algum, o que evitou que seus componentes precisassem acelerar o passo. A evolução e harmonia foram, em mais um ano, os pontos fortes, assim como a simpatia e desenvoltura da Rainha de Bateria Ellen Roche. Foi o oitavo ano seguido que a atriz ocupou o posto. E as paradinhas do mestre Rafa levantaram a arquibancada.
O que pode atrapalhar a Rosas de Ouro pode ser o fato de muitas fantasias terem sido prejudicadas por conta da forte chuva que caiu quando a escola já estava na concentração. Algumas ficaram muito pesadas e um pouco danificadas, o que pode custar preciosos pontos no dia da apuração. 
FAMOSIDADES
Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)
A terceira escola a entrar no Anhembi nesta madrugada de sábado (1) sofreu com a forte chuva em São Paulo. O que, de certa forma, prejudicou o contagiante desfile da escola tricolor, que levou o enredo “Insano”.

Pois “insana” foi a forma como a água caiu. Choveu demais durante o desfile, principalmente na primeira metade, formando enormes poças, o que dificultou os passistas e a evolução da escola na avenida. Em alguns momentos a escola acelerou o passo, tendo que segurar no final com o tempo folgado.
No entanto, o ótimo samba enredo puxado por Royce do Cavaco amenizou o problema.

A letra, fácil, caiu no gosto do povo, que se esquentou na arquibancada o cantando a plenos pulmões. O trecho “eu vou ficar com certeza / maluco gerando gentileza”, que mistura a música de Raul Seixas com o poeta Gentileza era um dos mais divertidos. Uma loucura que contagiou o desfile.

A Comissão de Frente, uma das surpresas da X-9, representou os neurônios. Em seguida, o abre-alas tirou o fôlego de quem estava no Anhembi.

Ele, que tentava desvendar os mistérios da mente humana, trouxe vários componentes pendurados e fazendo acrobacias, enquanto a chuva não parava de cair, dando certo ar de tensão e aumentando a adrenalina do desfile.

Foram lembrados vários gênios da humanidade que foram tratados como loucos em sua época. Casos, por exemplo, de Galileu Galilei e Cristovão Colombo.

O carnavalesco Joãosinho Trinta, já morto e que inovou o Carnaval carioca pela Beija-Flor nos anos 70 e 80, também foi homenageado. É, claro, não pode faltar na apresentação uma menção ao Menino Maluquinho, personagem da literatura brasileira criado por Ziraldo.

A bateria do mestre Adamastor não deixou o ritmo cair em momento algum, embora tenha sido mais conversadora em relação à performance das escolas anteriores, que abusaram das paradinhas.
À frente, a bela e sarada Gracyanne Barbosa, mulher do cantor Belo, esbanjou samba no pé. O casal de mestre-sala e porta-bandeira João Carlos e Lais Moreira mais uma vez deu um show a parte.

Um detalhe triste do desfile ficou por conta de quatro baianas que ficaram fora. Por causa do temporal, as fantasias ficaram muito pesadas e elas não conseguiram se vestir a tempo de entrar com a tradicional ala.
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Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)
Por MSN Carnaval
Quarta colocada no ano passado, a Dragões da Real mostrou que veio para ficar entre as grandes do Carnaval paulistano com o enredo 'Um museu de grandes novidades'.

Nesta madrugada de sábado (1), a escola de samba ligada à torcida do São Paulo fez um desfile para brigar pelo título, comandada pela carnavalesca Rosa Magalhães, acostumada a vencer no Rio de Janeiro.

Em 2013, ela conquistou pela sexta vez o Carnaval carioca, ao levar a Vila Isabel ao troféu. Tenta, agora, seu primeiro feito em São Paulo, com um desfile digno de seu talento, apesar de uma falha.

O segundo carro alegórico trazia uma guitarra nas mãos do baterista da banda Kiss. O equívoco pode não atrapalhar na hora de os jurados darem as notas no quesito alegorias e adereços, mas não passou despercebido por quem conhece o conjunto.

O enredo procurava homenagear ícones dos anos 1970 e 80. Personagens, assuntos, filmes, novelas e brincadeiras marcantes das épocas foram lembrados.

A Comissão de Frente trazia Michael Jackson em cena do clipe 'Thriller', em coreografia em cima de uma alegoria. Foi um dos pontos altos do desfile e que surpreendeu o público.

Musa da agremiação, a ex-BBB Cacau Coluci saiu fantasiada de Mulher Gato, roubando a cena. Os ritmistas da bateria dos mestres Mi e Avelar vieram representando o desenho animado Corrida Maluca.

A chuva, que atrapalhou muito as performances da Leandro de Itaquera e da X-9 Paulistana, não foi problema para a Dragões da Real. São Pedro deu uma trégua para a caçula do Carnaval paulista, fundada apenas em 2000 e que está na elite dos desfiles desde 2012. A agremiação passou sob garoa, o que não prejudicou a evolução.
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Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)

A Acadêmicos do Tucuruvi fez um desfile de gente grande ao escolher 'Uma fantástica viagem pela imaginação infantil' como enredo.

Se não chegou a levantar as arquibancadas, com muitos clarões devido à chuva, a escola do Tucuruvi também não decepcionou e cruzou o Anhembi com uma apresentação correta. Um feijão com arroz bem feito.

O tema infantil forçou o carnavalesco Wagner Santos a apostar no contraste de cores, o que deu um visual bonito ao desfile, causando boa impressão.

A apresentação buscou retratar os gostos da criançada, com o abre-alas falando do mundo ideal das crianças. Porém, ao mesmo tempo, a performance fez um alerta aos pais, chamando a atenção para os vícios com a internet e comidas que fazem mal a saúde dos jovens. Cerca de 120 crianças desfilaram.

O samba, com três refrões, fluiu bem, embora não tenha caído no gosto do público. A bateria, agora sob o comando do mestre Augusto, abusou das paradinhas, causando impacto.

A chuva foi leve durante todo o desfile, livrando a Tucuruvi dos problemas enfrentados mais cedo por Leandro de Itaquera e X-9 Paulistana.

O chão molhado, ainda com algumas poças, não chegou a atrapalhar a evolução da escola. O vento forte em alguns momentos também não prejudicou.

De negativo o fato de algumas alas terem passado com integrantes calados, sem cantar o samba enredo, o que pode pesar na hora de os jurados darem as notas. O desfile foi completado dentro do prazo de 65 minutos. 
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Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)

O enredo 'Nas chamas da Vai-Vai. 50 anos de Paulínia' poderia fazer a Vai-Vai se perder devido à sua abrangência.

Porém, o desfile da tradicional escola de samba de São Paulo, na madrugada deste sábado (1), mostrou que a agremiação, sexta a se apresentar neste primeiro dia, vai lutar por mais um título. O último veio em 2011.

O carnavalesco Chico Spinosa, que retornou à escola após cinco anos afastado do Bixiga, amarrou bem o enredo, celebrando o jubileu de Paulínia, cidade do interior paulista que se emancipou há cinco décadas.

Spinosa apostou em alegorias para lá de grandiosas, em um desfile que contou com quatro mil componentes, recorde neste primeiro dia.

Mesmo assim a escola passou leve, sem ter ficado lenta, com a tradicional garra dos componentes do Bixiga. O samba era cantado com entusiasmos em todas as alas, apesar de não ter levantado a arquibancada.

O carro abre-alas, com quase 80 metros de comprimento, trazia três alegorias unidas, que representavam a locomotiva no início do vilarejo de Paulínia. Nele, lindas mulheres com os seios de fora roubaram a cena.

Já o terceiro carro trazia uma impressionante marionete de dez metros de altura, sendo um dos pontos altos do desfile.

O álcool etílico e o petróleo, que impulsionam a economia da cidade, também estiveram presentes na segunda parte. O esporte e a escola idem, já que o município é tido como o de menor índice de analfabetismo no Brasil. 
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Temporal, musas e trio favorito marcam primeiro dia de desfiles em São Paulo - 1 (© Rodrigo Dionisio Frame)
Por MSN Carnaval
Ao contrário de outras escolas, a Tom Maior não sofreu com a chuva em seu desfile.
Porém, a última agremiação a se apresentar neste primeiro dia no Anhembi foi a que mais apresentou problemas, com dois de seus carros alegóricos emperrando na hora de entrar na avenida e prejudicando toda a apresentação.
Menos mal que não houve atraso e o desfile foi concluído dentro do tempo de 65 minutos.
Com o enredo 'Foz do Iguaçu: destino do mundo. Sinfonia das águas em Tom Maior', a escola foi outra a apostar em enormes alegorias, mas o tiro saiu pela culatra.
O abre-alas, antes mesmo de entrar na avenida, emperrou. Quebrou o eixo e levou pouco mais de dez minutos para conseguir desfilar. Com isso, a escola ficou parada, prejudicando de cara a evolução.
Depois, durante o desfile, teve de ser empurrado por cerca de 60 componentes, que com bravura o levaram até o fim. Vários ficaram emocionados com o esforço.
O problema no segundo carro alegórico foi idêntico, mas corrigido a tempo de entrar no Anhembi.

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