quinta-feira, 6 de março de 2014

Gaviões diz que só entregará suspeitos com garantia de liberdade

Gaviões volta atrás e diz que só entregará suspeitos com garantia de liberdade
A Gaviões da Fiel ainda está elaborando uma estratégia para lidar com as investigações da Polícia Civil, mas uma coisa já é certa: o advogado da organizada decidiu que não vai levar ninguém à delegacia se não tiver um acordo para que os torcedores continuem em liberdade. Na semana passada, o jurídico da entidade havia dito que apresentaria alguns suspeitos, como combinado com a delegada Margarete Barreto.
Na opinião de Ricardo Cabral, os pedidos de prisão feitos até agora são arbitrários, já que não há provas suficientes dentro do inquérito. A posição oficial da organização vai ser definida assim que conseguirem ter todos os documentos do processo em mãos.

"Não consegui ainda nem ter acesso à decisão de prisão preventiva que vocês da imprensa divulgaram. Sabemos que ela existe, mas ainda não consegui pegar. Cada vez o inquérito está com uma pessoa diferente e não está disponível. Espero vê-lo amanhã e aí sim tomaremos uma decisão. Mas uma coisa já está definida, não vamos apresentar ninguém lá se não tivermos a garantia de que essas pessoas continuarão em liberdade", afirmou o advogado, para o ESPN.com.br.
"Quero saber quem pediu a prisão preventiva. Havia um acordo informal feito, com palavras, de que a prisão temporária não viraria preventiva. Se foi a Polícia quem pediu isso, ela foi desleal. E aí não tem porque um advogado criminalista levar pessoas na delegacia, para serem presas", completou.
Neste momento, três pessoas estão presas e uma foragida - esta última faz parte da Gaviões da Fiel, é representada também por Cabral, mas não é da diretoria. Na semana passada, a Justiça transformou a prisão temporária, que tem duração de cinco dias, em preventiva, que dura até o julgamento, na teoria.
Além desses casos, a Polícia também conseguiu identificar alguns outros torcedores, mas ainda precisaria de dados mais completos para poder pedir mandados de prisão. Por isso, segundo o advogado da organizada, a delegada Margarete Barreto entrou em contato para pedir ajuda no reconhecimento e a apresentação de pelo menos mais cinco participantes da invasão, como mostram as imagens.
Tiago Aurélio do Santos Ferreira, que também esteve detido em Oruro (Bolívia), Tarcísio Baselli Diniz e Gabriel Monteiro de Campos, vulgo "República", são os três que continuam na cadeia. Embora na teoria a preventiva determine a prisão até o julgamento do caso, a soltura pode acontecer muito antes.
A Polícia Civil não vai comentar nada sobre o caso até o final desta semana.

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