quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Saúde capacita profissionais da Atenção Básica


O curso é organizado em três eixos temáticos. O um foi iniciado com reconhecimento de território, redes de atenção, conceitos, políticas e práticas de cuidado em saúde mental
O projeto vem ao encontro da demanda dos servidores que atuam no setor em todo o Brasil (Fotos: Ary Barbosa)
O projeto vem ao encontro da demanda dos servidores que atuam no setor em todo o Brasil (Fotos: Ary Barbosa)
A Secretaria de Saúde aderiu ao projeto Caminhos do Cuidado, do Ministério da Saúde. Até o fim deste primeiro semestre cerca de 380 profissionais que atuam na Atenção Básica passarão pelo curso de formação em saúde mental – crack, álcool e outras drogas. O projeto vem ao encontro da demanda dos profissionais que atuam no setor em todo o Brasil que, a partir do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ), que avalia a situação deste departamento da saúde pública no município, aponta os principais itens a serem melhorados.
Em Lages, o curso de formação é ministrado pelas tutoras e psicólogas Patrícia Pereira e Aline Bernardi. De acordo com Patrícia, a maior dificuldade apontada em nível nacional é a questão da dependência química. “Muitas vezes os profissionais se deparam com situações que não conseguem resolver ou mesmo orientar uma família adequadamente. Pensando nessa necessidade, o curso é focado no álcool e outras drogas, entrando no campo de saúde mental”, explica.
Entre os profissionais em processo de capacitação estão os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) e os Técnicos e Auxiliares em Enfermagem. “Eles são a porta de entrada da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na atenção básica, e muitos deles moram na comunidade em que atuam. A inserção se torna mais fácil”, relata.

Como funciona

O curso é organizado em três eixos temáticos. O eixo um foi iniciado com reconhecimento de território, redes de atenção, conceitos, políticas e práticas de cuidado em saúde mental; o dois aborda a faixa de ferramenta da ESF. “O eixo três é transversal, funciona como uma ponte de diálogo com os outros dois. Trata da reforma psiquiátrica, da redução de danos, da integralidade do cuidado como diretrizes para intervenção em saúde mental, no uso de crack, álcool e outras drogas”, diz Patrícia.
O foco vem da lógica sobre a redução de danos, para que as pessoas respeitem o direito das outras acerca de sua saúde. “Ao avaliar a forma de auxílio, pode-se oferecer um cuidado específico às pessoas que são resistentes ao tratamento, deixando o preconceito de lado e pensando na lógica da redução de danos”, afirma.

Nova percepção

Os trabalhadores seguem uma prática de intervenção na perspectiva da clínica ampliada e humanizada. Com carga horária de 60 horas, até junho os profissionais passarão por essa formação sendo 40 horas presenciais e 20 de atividades de dispersão. “São atividades que eles já fazem, mas é uma forma de interação para que os profissionais passem a ter um novo olhar, uma nova percepção de suas práticas”, explica. Com esse enfoque, a saúde mental ganhará muito na capacitação dos profissionais e isso refletirá no atendimento ao cidadão. “Os colaboradores estarão instrumentalizados e com maior autonomia para lidar com determinados casos”, reitera Patrícia.
Data: 29/01/2014

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