Cerca de 40 escolas, do ensino fundamental e infantil, aderiram ao projeto Lixo Orgânico Zero, idealizado por um professor do CAV. A intenção do prefeito Elizeu Mattos é que o incentivo chegue às demais unidades a partir do ano que vem
Nas escolas, o lixo é separado pelos alunos e professores, em lixeiras diferenciadas, para ser utilizado nos canteiros (Fotos: Sandro Scheuermann)
Uma das vertentes da Educação Ambiental, desenvolvido pela Sistema Municipal de Educação de Lages, é o projeto Hortas Escolares, implantado na maioria das unidades de ensino. Além de promover a consciência ambiental, tudo que é produzido pelos próprios alunos, de forma orgânica, é consumido na merenda escolar. Nesta sexta-feira (2) o prefeito Elizeu Mattos visitou o Centro de Educação Infantil Municipal (Ceim) Valéria Góss, no bairro Morada do Sol, acompanhado pela secretária de Educação, Marimilia Coelho, a fim de conhecer o projeto.
Recentemente uma parceria com o Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), fortaleceu a iniciativa. O projeto Lixo Orgânico Zero, idealizado pelo professor do curso de Agronomia, Germano Güttler, teve a adesão de mais de 40 escolas, no ensino fundamental e infantil. A intenção do prefeito é que o projeto chegue às demais instituições a partir do ano que vem.
Germano explica que os resíduos sólidos representam um grande problema ambiental da cidade e pode ser amenizado com a utilização do lixo orgânico nas hortas ou jardinagem. Nas escolas, o lixo é separado pelos alunos e professores, em lixeiras diferenciadas, para ser utilizado nos canteiros. Um exemplo é no Ceim Valéria Góss. Com cerca de 72 metros de canteiros, a estimativa é de que foram depositados mais de nove mil quilos de lixo orgânico, que se transformou em adubo através da compostagem.
Em seis meses os canteiros terão capacidade de produzir aproximadamente 500 quilos de hortaliças, que são consumidas pelos próprios alunos. “O projeto significa economia para o município em cerca de R$ 3 mil a R$ 4 mil mensais, pois além de incrementar a merenda com produtos frescos e orgânicos, que não precisarão ser comprados, ainda gera renda com a separação do lixo reciclável, que será comercializado”, afirma Germano.
A pedagoga Silvia Alves de Oliveira e a bióloga Márcia Spiller, que integram o projeto, explicam que para potencializar a compostagem estão sendo utilizadas cinzas provenientes da empresa Tractbel. Mais de 60 toneladas do material já foram distribuídas em cerca de cem receptores, entre escolas, residências e instituições que confeccionam as hortas na cidade. “As cinzas evitam a proliferação de plantas daninhas, então não é necessário capinar e isso facilita muito o trabalho”, afirmam.
Projeto poderá se transformar em programa municipal
Os vereadores Domingos Rodrigues, João Maria Chagas e Anilton Freitas fizeram questão de estar presentes com o prefeito Elizeu durante a visita às hortas. Eles fazem parte da Frente Parlamentar do Meio Ambiente, criada há cerca de um mês. A proposta é institucionalizar o programa Lixo Orgânico Zero e expandir para outras instituições públicas parceiras. “Em 2014, por obrigatoriedade, Lages precisará se adequar à Lei Nacional de Resíduos Sólidos e terá que instituir um Plano Municipal Ambiental. Por isso a Frente está se adiantando e solicitando a regularização da política ambiental do município”, afirma Domingos, presidente da Frente Parlamentar.
O projeto já foi apresentado na Câmara de Vereadores e o assunto voltará à pauta na sessão da próxima semana, onde os resultados serão expostos. Os vereadores solicitam a parceria com as secretarias municipais afins, como Meio Ambiente, Educação, Agricultura e Pesca e Saúde, para que o programa se torne realidade.
Data: 02/12/2013
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